#𝗳𝗮𝗰̧𝗮𝗺 𝘀𝘂𝗮𝘀 𝗮𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝘀 🧪

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cap (não muito bem) revisado.



EU NÃO SABIA AO CERTO QUANTO TEMPO HAVIA SE PASSADO DESDE QUE SAÍ DAQUELE PRÉDIO.

Mas sabia que aquilo, aquele jogo todo, não foi por um acaso. Quer dizer, as luzes vermelhas que começaram a surgir no céu, e até mesmo a carta no final da rua, - que vi enquanto remava sem parar - nada disso fazia sentido!

Eu estava em um hotel barato que, por um acaso, já conhecia de cor antes disso tudo: era muito comum acabar dormindo na rua para não levar esporro - o que não funcionava muito bem, se quer saber.

Estico o braço bom, ainda deitada sobre a cama de solteiro, afim de pegar o celular. A noite estava escura e os prédios, luzes vermelhas, toda aquela bizarrice havia se apagado, fazendo com que eu enxergasse minimamente o meu redor apenas com a luz do luar.

SEU VISTO EXPIRA EM QUATRO DIAS

Aquilo não me cheirava nada bem, na verdade, cheirava a problema. Suspiro, jogando o aparelho de volta na cômoda e me ajeitando melhor no colchão duro.

Problemas.. por falar neles, não consegui dormir até agora justamente por ter me metido em um, um dos grandes. Todas as vezes em que pregava os olhos, um pouquinho só, os barulhos de tiros invadiam meus ouvidos, fazendo com que a lembrança do adulto desmotivado morto seja ativada.

Eu me metia em muita confusão: já quebrei o braço de um cara que estava me irritando, e o nariz de uma menina metida, que tirava uma comigo. Sangrou? Pra caralho, mas isso não significa que eu gostasse ou até mesmo estivesse acostumada com o líquido vermelho.

Principalmente quando era em grande quantidade, ou melhor, quando essa quantidade significava a morte de alguém.

Não sou muito familiarizada com mortes; veja bem, nunca vou em funerais e evito ao máximo tocar no nome de pessoas que já partiram dessa pra melhor para impedir uma careta ou conversa melancólica.

Por isso, prefiro apenas ignorar. É minha válvula de escape, finjo que não tem ninguém faltando, até me acostumar com a ausência dela... E quando eu vejo, já se passaram meses, de vez em quando até anos.

Torço o nariz ao que uma brisa leve entra pela janela, atingindo meu rosto. Me encolho mais nos lençóis, tentando ignorar a dor latejante em meus joelhos.

Nunca havia corrido tanto na minha vida.

Estava toda fodida; minhas articulações doíam e minha perna esquerda tremia levemente quando tentava apoiá-la na cama, isso sem contar na mão e braço machucados.

Ok, eu não era sedentária, na verdade, estava longe de ser uma - considerando o fato de que sempre estive em forma. Mas as coisas são bem diferentes de correr por estar atrasado e correr pela sua vida.

A adrenalina com certeza mexeu com a minha cabeça, fazendo com que eu aposte em passar a noite em claro.

— Ah! — Resmungo, enfiando a cabeça no travesseiro para abafar o som. A imagem da Coisa ainda estava claro como água em minha mente.

Quem era ele? Existiam mais? Porque estava matando pessoas inocentes e confusas?

— Ótima hora para dar uma de moralista, Junko. — Murmuro, colocando o braço bom atrás da cabeça.

Eu sempre precisei limpar meu nome. Pessoas que jogavam culpa de seu azar em cima da minha sorte, que não aceitavam perder para mim, uma pirralha qualquer.

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⏰ Última atualização: Feb 04, 2021 ⏰

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