Climão

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Marinette:

No caminho para comprar os ingressos não pude tirar meus olhos de uma loja de maquiagem que era nova no shopping. Acho que Adrian acompanhou meus alhos para saber onde estava olhando então tomou partida e entrou na loja. Fui logo atrás dele com um sorriso encantada por ser atencioso tão atencioso.

- Hm, uma loja nova. Quer provar as maquiagens? - disse ele e eu assenti indo em direção às prateleiras e buscando uma base do meu tom de pele.

- É, parece que nenhum é tão claro. Queria ter uma pele mais bronzeada como a sua. - digo e ele pega um frasco na prateleira.

- será que esse não fica bom? - então segurou minha mão e aplicou a base. Tinha ficado mais escura que minha pele, mas não era exatamente isso o que chamava minha atenção agora, e sim o Adrian estar segurando minha mão. Tentei não corar e me concentrar no que falar.

- Uma pena... Você não quer experimentar? Pelo que sei modelos usam maquiagem. - então pego um blush atrás de mim e aplico em suas bochechas com o dedo indicador. - Ficaram vermelhas sem muito do produto. - digo finalmente fitando seus olhos. Por um segundo tinha me concentrado somente na maquiagem para não fazer uma das trapalhadas da Mari apaixonada.

- D-deve ser bem e... forte? - disse sorrindo vergonhoso e bagunçando o cabelo.

- Acho que vou levar então. - digo decidida.

- Ah, mas você já fica toda corada naturalmente. - disse ele, então senti meu rosto ferver. - Viu? Você tá ficando vermelha agora mesmo. - colocou um espelinho na minha frente - Você é naturalmente fofa, Mari. - terminando de dizer isso eu me perdi contando os nomes dos nossos filhos mentalmente: Louis, Emma e... - Mari? Tá me escutando?

- Hugo! - digo espantada ao sair de meu delírio.

- Quem é hugo? - perguntou confuso.

- Quem? Que hugo? Vamos comprar os ingressos? Vou na frente! - então fui na frente fazendo caretas e batendo a mão na testa.

- Ei, Mari! Me espera! - exclamou e eu parei para o acompanhar. Antes dele falar qualquer coisa tentei começar outro assunto.

- Que tipo de filme quer assistir? - pergunto e ele esfrega o queixo.

- Algo engraçado? - disse e eu concordei.

O shopping estava lotando, comecei a me concentrar em não me perder de Adrian. Uma pessoa esbarrou bruscamente o cotovelo contra minhas costas e eu caí nos braços de Adrian.

- Prin... Mari, v-você está bem? - ele perguntou e eu tentei me afastar.

- Desculpa, esbarraram em mim. - disse esfregando os ombros. - Estou bem, só ficou dolorido. Vamos?

- Então vocês estão em um encontro. - nos viramos e vemos Kyoko.

- Kyoko, não é assim. Marinette e eu  somos amigos. - disse Adrian e ela revira os olhos. - Vamos para um lugar mais calmo.

[...]

Entramos em um tipo de cafeteria/livraria. Eles se sentaram em uma mesa e eu me afastei, tenho certeza de que minha presença não é conveniente agora. Não sei o que fazer agora, talvez eu devesse ir para casa. Mas vou sair assim e deixar o Adrian sozinho sem uma explicação? Se essa conversa entre ele e Kyoko der certo talvez eles voltem, então a pessoa com quem ele vai assistir o filme será ela e tudo resolvido. Ninguém vai sentir minha falta. Por que eu não fui embora assim que soube que ficaríamos só nós dois? Eu sou tão burra... É a realidade, sempre vai haver algo entre nós! Se é que existe nós... O Adrian acabou de me chamar de amiga. Eu não passo de uma amiga no fim das contas. Estou sentada em uma poltrona atrás de uma estante agora. Se eu chorar como estou querendo, ninguém vai ver.

- Não fica triste, marinette! Mesmo que eles esteja conversando, não quer dizer que vão voltar. - disse tikki saindo da minha bolsa e abraçando meu rosto.

- Talvez seja melhor que voltem... O Adrian nunca vai se interessar por mim mesmo que eu seja a última garota do planeta. - digo com voz calma presa em um olhar distante.

Passados alguns minutos Adrian apareceu e eu tentei me recompor do meu desânimo.

- Ainda não assistimos aquele filme. - disse e eu me levantei caminhando ao seu lado. Já no corredor ele continua - Desculpa pelo que aconteceu. Ela só estava com um pouco de ciúme... - disse desconcertado.

- Ah... - digo evitando contato visual. - Que bom que se entenderam. - seca.

Tentei te esquecer: MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora