Capitulo 4

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Acordei novamente agora anestesiada, não sentia nada, nem mesmo tinha controle sobre meu corpo, tentei abrir meus olhos mas é como se uma força maior me impedisse, a claridade que vinha sobre meu rosto tbm não ajudava para que eu realizasse tal ato, por um momento pensei que eu poderia estar em um sonho e que quando acordasse no dia seguinte tudo voltaria ao normal, eu sempre tive uma imaginação fértil então não me espantaria que isso fosse somente um sonho muito realista.
Perdida em meio aos meu pensamentos e criando milhares de paranóias passei as aproximadas meia hora, até que finalmente voltei a realidade, e mesmo com uma dificuldade imensa abri meus olhos, logo me arrependi de ter feito tal ação de forma tão rápida causando assim uma enorme tortura, logo me recuperei e tentei levantar, o efeito da anestesia havia passado um pouco, já conseguia mexer minhas mãos.
Agora com a visão totalmente recuperada olhei para os lados tentando reconhecer o local onde eu me encontrava, a única coisa que consegui ver foi Lucas deitado em uma cama ao meu lado, ri do meu azar, por ter ficado justo com ele, e imediatamente parei ao perceber o quão idiota e egoísta eu estava sendo.
Me levantei vendo que não vestia as mesmas roupas de ontem e que estava somente com uma camisola, observei o local tentando encontrar um jeito de sair dali, passei minha visão por toda a salinha e encontrei uma porta quase invisível á olho nu, fui até ela e logo voltei á sentar na "minha" cama frustrada por não conseguir nem sequer mover a tal "porta".
-Bom dia donzela.
Olhei para o lado e vi Lucas sentado na  cama com a mão na cabeça.
- Onde a gente tá?? Porque?? Que horas são??
Todas as perguntas saíram de uma vez como uma bomba.
-Sinto lhe informar senhorzinho mas cheguei ao mesmo tempo que você, também não tô entendendo nada, a última coisa que me lembro foi_
Parei de falar bruscamente relembrando oque aconteceu na noite passada, estava torcendo muito para que tudo isso fosse somente uma ilusão.
-Do que vc se lembra Mag??
Ouvir ele perguntar aquilo me quebrou de uma forma tão repentina que se eu não estivesse sentada sem dúvida teria levado um belo tombo, uma culpa me atingiu e aquilo fez com que eu ficasse em choque, estava sem reação, a culpa era minha, eu os coloquei nessa, cadê os outros??? Onde estamos??? Q dia é hoje???
- Eu...eu não me lembro de nada.
Fui tudo oque consegui dizer, acho que vai ser melhor assim.
Quando Lucas estava preste a falar algo, ouvimos a suposta "porta" se abrir e logo dirigimos nosso olhar para a mesma.
Um homem de jaleco branco adentrou na salinha e logo começou a falar coisas que eu não entendia bem, era outro idioma, russo talvez, inglês sempre foi uma língua universal, usei o que eu havia aprendido em sala de aula (o que não era muito) e perguntei o horário.
- Plis time??
-Good night, miss, I see you opted to use an old language, but now it's 14:30 pm.
(Boa noite senhorita, vejo que opitou por usar uma linguagem antiga, mas agora são 14:30 da tarde)
A única coisa que entendi era que são duas e meia da tarde, ou algo do tipo, eu sem dúvida deveria ter prestado mais atenção nas aulas de inglês.
Olhei para Lucas e percebi que ele olhava atento para o que o homem falava, provavelmente ele estava entendendo alguma coisa, fiquei perdida nos meus pensamentos enquanto via Lucas e o Homem interagirem, não entendia nada, somente concordava com a cabeça.
O homem saiu da sala e Lucas dirigiu o olhar para mim, pela sua expressão o que aquele cara tinha dito não era nada bom.
- Você fraturou o braço, em algumas semanas vai estar melhor.
Ele suspirou e virou o olhar para a parede.
- Mag me diz a verdade o que aconteceu??? Aquele cara me disse que estamos em 4089. Que caímos do céu juntamente com centenas de litros de água, destruímos casas, carros e até mesmo deixamos feridos, como vinhemos parar aqui??? Porque?? O que você fez??? O moço ainda disse que você era a única acordada quando chegamos, seu peito brilhava e a água em volta de você estava parada, como se estivesse congelada no tempo. Eles preferiram lhe deixar em observação, os outros estão bem, só estou aqui contigo pois fui o único ferido na queda.
Ele terminou de dizer e olhou para mim, dava pra ver a decepção em seu rosto. Mas ele estava certo, por outro lado éramos apenas crianças, não tínhamos nenhuma sequer noção do mundo, pessoas normais de 15/16 anos iam em festas e curtiam com os amigos. Porque com a gente???
Era muito informação, eu não conseguia processar tudo aquilo, eu apaguei.

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