Entre A Sanidade e O Poder

Capítulo 7

*foto do "quarto" da Mag na mídia*
Eu olhava para o relógio na parede, um dos únicos objetos que havia na sala, ele tinha se tornado meu amigo neste últimos dias, não faço ideia de a quanto tempo estou aqui, já faz alguns dias desde que Emma me prendeu neste lugar, meu subconsciente vem martelando tudo o que aconteceu nestas ultimas semanas, ainda são tantas perguntas sem respostas, tantas dúvidas sondam minha cabeça, as imagens no qual eu vi naquele painel me machucavam, eu tive ataques de pânico recentes e crises de ansiedade, tem horas que me pego chorando e outras no qual me pego me machucando, eles tiraram todos os objetos cortantes do quarto, estão com medo de mim, as algemas apertavam e me feriam imensamente, mas eu merecia aquilo eu matei gente inocente, o que meus pais pensarão de mim??? E lá estava eu chorando novamente, eu batia com força na minha cabeça querendo que aqueles pensamentos saíssem de mim. Por muitos dias eu quis morrer, mas por mais que eu quisesse meu orgulho não deixaria, preciso mostrar para Emma o quão forte eu sou, vou fazer ela se arrepender por ter nascido. Mas por enquanto preciso responder minhas perguntas, quem eu sou?? por que estou aqui?? quantas pessoas matei?? eu consigo usar maior quantidade de poder??? e se matar aquelas pessoas fosse apenas uma palha do que eu pudesse fazer?? eu posso fazer mais??? meus pais estão me procurando??? as imagens são reais?? cadê Lucas e os outros??? será que os matei?? porque estou em 4089?? onde eu estou???o que o oceano tem haver com tudo isso??? a quanto tempo Emma sabia???

- AHHHHHHHHH

Explodi novamente senti aquela sensação maravilhosa de novo, eu me sentia viva, impulsionei tudo aquilo, eu sentia mais e mais poder percorrer meu corpo, comecei a flutuar sobre a cama, mas logo cai com tudo me sentindo fraca, as algemas canalizaram tudo, uma raiva imensa me atingiu, eu gritei, e gritei muito, até ver Guilherme entrar pela porta, com um olhar receoso ele se aproxima de mim.

-eu não mordo sabia?

Nós dois damos um pequeno sorriso, mas logo a sua expressão muda ao dirigir o seu olhar ao meu corpo, eu estava cheia de hematomas no qual eu mesma havia causado.

- Você não precisa disso Meg, olhe no que está se tornando, ela só quer ajudar, as injeções diárias são necessárias nos ajudam a sobreviver, o ar  vem faltando em vários setores, creio que não aguentaremos até o final do ano.

- Se eu não matar todos antes.

Dou um passo em sua direção e logo paro ao perceber o pânico em seus olhos, aquela frase tinha saído quase automaticamente, que monstro eu estava me tornando??? Logo volto ao meu lugar e começo a chorar encolhida, ele chega ainda receoso e me abraça, eu não sabia que precisava daquilo, mas era tudo o que eu mais queria no mundo, se é que ele ainda existe, choro mais, um choro verdadeiro, de saudade, de raiva e ao mesmo tempo de culpa.
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Guilherme havia se tornado um grande amigo, um confidente, apesar de eu realmente não acreditar nele, todos os dias ele vinha me visitar e eu contava milhares de mentiras esfarrapadas sobre o que eu estava sentindo, não era o certo, mas me fazia se sentir bem. Em troca ele ainda trazia informações lá de fora e me servia como companhia, me contou que minhas algemas tem sido de grande ajuda para a "base" elas fornecem energia pra todo o local, é claro que eles estariam retirando proveito disso, por isso tenho me sentido tão fraca, o lance de canalizar meu poder é real, não demonstrei expressão ao ouvir, só concordava com a cabeça.
Assim que ele foi embora da última visita, comecei a pensar em uma forma de sair dali, eles estavam retirando meu poder, eu sem dúvida não deixaria barato, se eu utilizasse uma quantidade de poder maior do que eles possam suportar todo o local iria por água abaixo através de um ultracarregamento que estaria além das capacidades armazenativas de todo o complexo. Criei um plano na minha cabeça, agora era só esperar eu explodir novamente e BUM, eu mato todos eles e me mando daqui, eles não merecem nem um minuto do meu tempo, sou preciosa demais pra ficar perdendo minhas valiosas horas com esses imbecis, eu tenho poderes, eles não, posso mata-los em um estalar de dedos, eles não, enfim sou superior em todos os aspectos, eu iria fazer isso e pronto!
Meus batimentos cardíacos estavam acelerados, eu andava de um lado para o outro sem parar, me sentei na cama e me joguei para trás, que ideia idiota viu, desde quando eu sou assim??? -Droga, droga, droga
Repito inúmeras vezes batendo na minha cabeça, talvez eu só precisse descansar, fecho meus olhos e me permito dormir, minha cabeça estava uma confusão eu não conseguiria descansar de qualquer jeito.