Capítulo 4

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Allana

A minha vó me mata de vergonha, se a Dra. Contar para o bombeiro o que a minha avó falou, eu vou morrer de vergonha o resto da minha vida, calma Allana esse bombeiro nem vai mais lembrar da sua existência daqui uns dias. Minha avó conversa o tempo todo comigo, eu ainda não posso retirar o oxigênio, então continuo muda.
Na porta do meu quarto para um medico e um paciente na cadeira de rodas. Eles ficam olhando para a gente e falam alguma coisa. O Luan entra no meu quarto.

Luan_ Menina quando eu soube eu vim na hora.

A minha avó vai até a porta e convida os dois homens para entrar, ela me fala que o que estava na cadeira de rodas é o bombeiro, eu fico olhando nos seus lindos olhos azuis, os olhos que eu olhei intensamente antes de desmaiar. As pessoas ao redor falam algumas coisas, mas eu não consigo prestar atenção eu só consigo olhar naqueles lindos olhos.
O medico e o bombeiro saem do quarto, o bombeiro apenas a cena com a mão.

Luan_ O que você tinha na cabeça em Allana? Te falei que aquela boate é horrível. Não me importo se você é amiga do dono bla bla, olhas as condições daquele lugar, não é lugar para gente igual a você.
Vó_ (risos)
Luan_ Conheço tanto ela vó, que já até sei qual vai ser a resposta.
Vó_ Pois é Lu, eu também pensei a mesma coisa, direto eles fecham aquela boate.
Luan_ Então, mas a Allana é inocente demais.

Eu reviro os olhos.

Luan_ Não adianta revirar os olhos para mim não.  Sua sorte é que o Oli, é um ótimo bombeiro.
Vó_ E solteiro
Luan_ Sim e solteiro, (grita) Vóóóóó. Já investigou foi?
Vó_ Ele é bonito meu filho
Luan_ Vó, pra mim você não arrumar homem né
Vó_ Vou arrumar é uma menina para você.
Luan_ Vó eu sou ....
Vó_ Eu sei, eu sei. Vou arrumar um macho para você também.

...

Estou no hospital a algumas semanas, por mais que a Dra. Luiza é delicada, teve parte do tratamento das queimaduras que eu gritava de dor, não foram momentos fáceis, mas acredito que já estamos chegando no fim, todo esse tempo que estou aqui no hospital o meu amigo Jhon não veio me visitar nenhum dia e também não me mandou mensagem.

Allana_ Luan, você sabe se aconteceu alguma coisa com o Jhon?
Luan_ Infelizmente ele não morreu Allana.
Allana_ Credo.
Luan_ Credo nada, ele nem se preocupou em saber como você está.
Allana_ Ele deve estar resolvendo as coisas da boate.
Luan_ Deveria era ser preso, por manter aquela espelunca funcionando.
Allan_ Cara, não se deve desejar o mal para os outros.
Luan_ Não desejo. Eu desejo é que você escolha melhor as suas amizades.

Eu fico calada por um tempo.

Allana_ É você está certo.
Luan_ Já falei para colar comigo que é sucesso.
Allana_ Ai meu Deus.
Luan_ Tenho vários contatos, e vou te colocar em todos os eventos da Glamour.

A Dra. Luiza entra no quarto.

Luiza_ Bom Diassss
Luan_ Bom Dia rainha das plásticas
Luiza_ Bom Dia rainha soberana, deusa grega, lindíssima, raio de sol
Luan_ Sou tudo isso mesmo
Allana_ Não sou obrigada a ouvir isso.
Luan_ É obrigada sim.
Luiza_ Vamos ver como esta hoje?
Allana_ Vamos.

Ela começa a examinar as minhas queimaduras.

Luiza_ Estão perfeitas. Bom nada melhor do que receber uma alta hoje
Luan_ Uhuuuuuuuu
Allana_ Serio? Já estava me sentindo parte dos moveis desse quarto
Luan_ Que exagero
Allana_ Exagero? Já se foram várias semanas nessas condições.
Luan_ Vamos comemorar.
Allana_ Com essa perna?
Luíza_ Nada de exagerado. Nem bebidas.
Luan_ Então não dá para fazer absolutamente nada.
Luíza_ A Allana precisa continuar com a medicação. Então o Luan não é uma boa companhia
Allana_ Eu também acho
Luan_ Isso é um absurdo. Meu brilho deve estar ofuscando o de vocês, por isso essa revolta contra a minha pessoa.
Allana_ Realmente, esse tanto de maquiagem na sua cara uma hora dessa da manhã.
Luan_ olha para você, que está em um hospital e fica se maquiando.
Allana_ Nunca se sabe quando vamos receber uma visita.
Luan_ Sei dessa

...

Chegamos no meu prédio, o Luan me ajuda com as minhas coisas, entramos no elevador.

Luan_ Minha filha, tem é tijolo dentro dessa mala?
Allana_ Não.
Luan_ Filha tá muito pesado.
Allana_ Você não é homem não?
Luan_ Você sabe que não.

Ele coloca minhas coisas no chão.

Luan_ Uma vez eu passei uma situação dentro de um elevador, odeio elevadores.
Allana_ Que situação?
Luan_ Abafa.

A porta do elevador se abre, o Luan pega as minhas coisas e segura a porta do elevador, ainda estou aprendendo a andar com as muletas.
Entramos no meu apartamento, o Luan joga as minhas coisas no chão. Eu me sento no sofá.

Allana_ Sabe Luan, estou curiosa com essa historia de elevador.
Luan_ O que tem para comer nessa casa?

Eu começo a ri, eu entendi que ele não quer me contar sobre o tal elevador.

Allana_ Não deve ter nada para comer, somente para beber.
Luan_ Vou beber então, e podemos pedir alguma coisa para comer.
Allana_ bebê, você pode ir embora, não precisa ficar aqui cuidando de mim.
Luan_ Eu sei disso, vou embora depois que eu comer alguma coisa.
Allana_ Morta de fome.
Luan_ Minha filha tenho que manter esse corpinho aqui.

O Luan vai para a cozinha, abre uma cerveja e faz um suco. Ele me entrega o suco.

Luan_ Bebe, e vê se melhora logo querida. Eu tive uma ideia bombástica.
Allana_ O que?
Luan_ Como aconteceu essa tragédia com você, vou te lançar na próxima coleção da Glamour como DJ claro.
Allana_ Como assim?
Luan_ Claro que primeiro tem que ver com a Emma, mas ela vai concordar comigo.
Allana_ Não estou entendendo nada.
Luan_ Minha filha, não precisa entender nada. Como eu digo cola em mim que é sucesso. Agora eu posso e vou te ajudar a subir nessa sua carreira. Vai ficar ainda mais estourada.

O Bombeiro, Os Collins, Livro 5Onde histórias criam vida. Descubra agora