Capítulo 2

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Parabéns  Hevellen! Minha linda, Muito amor, sorte e todos os sonhos realizados! Feliz aniversário!

Elaine! Amiga, Feliz aniversário! Muita sorte, saúde, amor e riso em sua vida. Seja muito feliz. Parabéns!


    Marie

A cerrada névoa que encobre o céu e a torre Eiffel contrastando com a bola laranja me lembra uma pintura de Monet, meu coração se aperta encantado por tamanha beleza, sinto saudade de casa, um medo profundo me toma o coração e quando olho para o lado e vejo o rosto bonito do homem deitado ao meu lado, parece que a dor se dissipa e fica apenas a sensação de proteção.

Ele é lindo, dorme tranquilo ao meu lado, apagou no meio de uma conversa, foi gentil, generoso e doce, não precisava ser nada disso, não parecer estar interessado em mim, ele foi apenas legal comigo e isso é tão raro e delicado.

É um lindo homem rico que deve ser cercado de mulheres e facilidades, mas atravessou a primeira madrugada do ano ao meu lado. Deviam ser as horas mais sombrias na solidão de um jardim desconhecido, num esconderijo improvisado e bobo de uma garota tola que não sabe dizer não.

Eu não tinha que estar aqui e mesmo assim, ele fez parecer que eu estava no lugar certo, nem sei seu nome, mas sei o que mais importa, sei o seu sobrenome e ele nos afasta completamente. Brasseur, um rico herdeiro de um império que ele nem mesmo quer, só mesmo um milionário como ele pode abrir mão de seu império para alçar voos solitários.

Eu o admiro por isso, sorrio olhando a aparência tranquila e os braços cruzados talvez com frio. Ele tirou seu casaco para me agasalhar, me alimentou e fez companhia.

A névoa vai se dissipando e o sol se erguendo, não é um dia quente, pelo contrário, está gelado. Mesmo estando sob a proteção do teto que cobre a grande varanda á beira da piscina e recebendo o pouco calor que vem da sala através da grande porta de vidro aberta ao nosso lado, ainda é congelante amanhecer aqui. Logo todo champanhe que ele tomou vai desaparecer do seu corpo e ele vai acordar com frio. Esse sol fraco que surge entre as nuvens de uma manhã fria não é o bastante para manter-nos aquecidos.

Olho para ele mais uma vez, é tão lindo, mas e se abrir os olhos e estranhar estar ao meu lado? Ele estava bem alegrinho pela bebida na noite passada, talvez nem saiba direito o que faz dormindo na espreguiçadeira do seu belo jardim ao lado de uma completa desconhecida.

— Obrigada. – Sussurro tirando sua jaqueta pesada e jogando sobre seu corpo, meus olhos percorrem por um instante o rosto bonito e desejo ficar ao seu lado, assistir seus olhos se abrirem, mas não posso, não vim a Paris buscar nada disso, me envolver com um cara rico e lindo que vai tirar todo meu foco não me ajuda em nada.

Deixei meus pais, minha casinha linda e quentinha, vim buscar um espaço no mundo, não um amor para atrapalhar tudo, dou um meio sorriso amargo, que coisa mais ridícula dar como certo alguma chance com ele, isso não existe, é só tolice e carência achar que um cara gentil está interessado em mim.

Fico de pé depois de um último olhar, é muito provável que eu nunca mais o veja e isso não muda o fato de que ele foi incrível e que vai tomar minha memória por anos.

Fecho o casaco leve que uso sobre o vestido delicado, as meias grossas e o casaquinho não são quentes o bastante para me aquecer nessa manhã fria, melhor eu me apressar para casa.

Os grandes e elegantes portões de ferro da velha mansão estão abertos, deixo a casa sem olhar para trás e ganho as ruas com passos apressados e braços cruzados tentando alguma proteção.

Pergunte-me sobre o amor(Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora