✨•cap. 01•✨

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Oiii turu pão? Enfim, mudei algumas coisas mas, finge que nada aconteceu tá pom? :) Espero que gostem ✨
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"É tudo culpa sua!
Tudo culpa sua!
Olha o que você acabou de fazer!"

Levantou - se bruscamente por conta do sonho assustador. Já era a quarta vez essa semana que Minas Gerais sonhava com a mesma coisa. Eram sempre essas frases ameaçadoras, o colocando toda a culpa, seja lá do que for. Estava completamente confuso. Afinal, o que realmente tinha feito para ser sua culpa? E por que justo ele?

Toda essa confusão mental o trouxe desespero, e o famigerado nó na garganta. Seus olhos começaram a arder e o frio na barriga se fizeram presentes. Oh, iria desabar...

-"Por que?"- Pensou em meio aos soluços que não tinha receio de esconder, afinal, era o único em sua casa. Suas lágrimas que insistiam em descer, molhavam seu cobertor.

Desde aquele incidente com São Paulo, MG ficou estranho, ele mesmo reconhecia. Não que estivesse gostando novamente dele, tudo menos isso. Sim, ele já gostou dele... Para ser mais exato, já tiveram um caso...

A tão famosa "Política do Café com Leite" tinha mais do que apenas uma parceria política, o que ninguém esperava era que por trás das manchetes de jornais, MG e SP se amavam escondidos. Até então, estava tudo bem, o problema era que o paulista era bem possessivo. Onde havia um lindo romance, havia uma ferida. E cansado dessa vida, MG deu um fim na parceria e no relacionamento, se juntou ao RS e ao Paraíba para retirar SP do poder. E assim se deu início a revolução de 1930...

Enfim, questões históricas ¯\_(ツ)_/¯, mas voltando ao presente... Naquele quarto além de soluços, o estridente barulho do seu telefone invadiam o cômodo. Se levantou da cama e foi em direção a escrivaninha, atendeu a ligação.

MG - Alô? - disse com o telefone já no ouvido.

ES- Alô, Minas! Preciso que você venha aqui urgentemente! É sério!

MG- O que...?

E a ligação foi encerrada rapidamente. Assustado e preocupado, Minas Gerais já se arrumava para ir até na casa do irmão.

(...)

Chegando em frente na mansão do Espírito Santo, o mineiro se dirigia ao enorme portão do lugar. Chegou e tocou a campainha, logo tendo permissão de entrar. Após entrar foi atendido pelo seu irmão, que mantinha um sorriso triste.

ES- Bom dia maninho... Vamos entrar?

MG- Ah sim... Claro!

Caminharam em silêncio até a mansão. O clima estava tenso, e os dois aguentavam calados, até que adentraram um cômodo da mansão que mais parecia uma das inúmeras salas de estar. Minas Gerais se surpreendeu ao ver Brasil ( vulgo seu pai) sentado em um dos sofás daquela imensa sala. Aparentava estar nervoso, tremendo suavemente, porém o suficiente para ser notado por Minas.

BR- Filho, a gente precisa conversar... Senta aí.- disse autoritário.

Minas se sentou ao lado de seu pai, e logo depois Espírito Santo também se sentou. E com um longo suspiro, Brasil começa:

BR- Filho, eu preciso que você vá e fique no apartamento do São Paulo pra cuidar dele e evitar que ele se suicide, porque quase que foi pro bico do corvo. Sei que vocês não se gostam, mas você é o único que pode ir filho. Espero que entenda.

E neste momento o mundo parou. Escolher nunca foi seu forte. Não sabia como reagir ou responder, parou de se mover por instantes. Não era de sua natureza desobedecer ordens do seu pai, mas essa proposta já era exagerada. Recaptulou as falas de Brasil e lembrou que ele mencionou que São Paulo quase se matou, o que o assustou mais ainda. Por que e quando isso chegou ao ponto do paulista querer se matar, será que foi culpa sua? Ou foi por outros motivos? Não sabia, de fato.

MG- Aahhh, pai? Mas enquanto os outros... Digo meus irmãos, como o Rio de Janeiro ou Espírito Santo, alguém que não seja eu...

BR- Olha filhote, eu já perguntei para todo mundo, seja lá do Nordeste, Sul, Centro-Oeste, Norte. Já falei com o Rio de Janeiro, Espírito Santo, e nada, você é o único que me resta agora, por favor.

Olhou no fundo dos olhos de seu pai e viu a tamanha preocupação que carregava. Em pensar que iria recusar o pedido, arrumando qualquer marmelada de desculpa. E se sentiu completamente culpado. É... Não tinha outro jeito, teria que ir e passar alguns dias na casa do tão odiado paulista.

MG- Tá bom pai, eu vou.-

Aceitou de cabeça baixa. Voltou seu olhar ao Brasil, que abriu um sorriso radiante.

BR- Ótimo :)! Pode arrumar suas coisas, você irá pra lá amanhã. Ok?

Minas Gerais suspirou.

MG- Ok pai...

(...)

"-... Quase se matou...-" pensava enquanto encarava o teto. Por mais que não tivesse um apego forte com São Paulo, por mais que não quisesse admitir, estava preocupado. Para falar a verdade, ele sentia a falta dele, pelo menos só um pouquinho, ou como diria "um tiquinho de nada".

Continua....

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⏰ Última atualização: Jan 23, 2021 ⏰

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