𝑇𝒉𝑖𝑟𝑡𝑦 𝑜𝑛𝑒 - 𝐵𝑎𝑟𝑛

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𝐉𝐀𝐃𝐄𝐍 𝐇𝐎𝐒𝐒𝐋𝐄𝐑

Empurro as grandes portas do celeiro.
Hazel se põe ao meu lado e encaramos o breu dentro do celeiro.

— Deve ter onde ligar as luzes por aqui - Comento enquanto procuro atrás de pilastras

Encontro um interruptor e a primeira fileira de luzes se acende, olho para a garota e dou um meio sorriso.

— O outro interruptor deve ficar no final - Ela se pronuncia e logo se põe a andar até o fim a procura do interruptor.

O celeiro fede a merda de cavalo e mofo, o feno está mal arrumado, algumas latas jogadas pela direita, e ferramentas espalhadas pela esquerda. Baldes espalhadas por todo o lado e alguns barris jogados.

Me assusto com um barulho alto vindo do fim do celeiro e só agora me dou conta de que Hazel não voltou e nem ascendeu as luzes.

Caminho lentamente forçando a vista afim de enchergar algo e mais um barulho se estende pelo celeiro, fazendo uma corrente de calafrio passar pela minha espinha.

Latas são jogadas e fecho os olhos com força com o susto, meu corpo se choca contra alguma coisa e eu não consigo prender um grito.

— Jaden, cala a boca - Ouço a voz de Hazel

Abro os olhos com pressa e a garota está na minha frente

— Que porra Hazel, você me assustou - Digo enquanto reviro os olhos

— Não foi eu não - Ela ergue as mãos em rendição

— Não tem graça - Dou as costas

— Mas eu tô falando a verdade - Ela finalmente ascende as luzes — Deve ser algum animal - Diz por fim dando de ombros e eu assinto

— Vamos começar juntando essas latas e baldes - Proponho e ela assente

Uma hora deve ter se passado e não estamos nem perto de acabar o serviço por aqui. Conversamos sobre assuntos aleatórios enquanto limpavamos tudo.

— E como era sua vida em Seattle? - Pergunto curioso

Hazel parece pensar por alguns segundos enquanto me encara friamente

— Se não quiser falar eu entendo - Dou de ombros e ela nega

— Tudo bem - Ela respira fundo — Tirando as partes - ela me encara e eu assinto entendo o que ela quer dizer — Era normal, eu ia a escola todos os dias, tinha alguns amigos, trabalhava na biblioteca do meu bairro uma vez até tentei fugir para uma festa

A olho surpreso e franzo a testa, não me parece o estilo dela ir a festas ela solta um riso baixo

— Óbvio que não consegui, meus pais descobriram antes e me pegaram na esquina de casa - Seu semblante fecha

— O que aconteceu depois? - Pergunto curioso

Ela abaixa a cabeça e eu sinto o peso no ar agora.

Hazel puxa ar para os seus pulmões e nega com a cabeça. Desvio o olhar e deixo o assunto por ali.

[...]

Depois de um tempo tudo está em ordem no celeiro, ainda fede mas não há nada que consigamos fazer a respeito.

Outro barulho se estende pelo local e a sensação de estar sendo observando me consome.

Olho para o lado e sinto Hazel se encolher enquanto procura pelo meu braço.

— É só um animal - Repito a fala da garota horas atrás

— E um animal pode te passar a sensação de estar sendo observada? - Ela me questiona com os olhos assustados

— Bom se for uma coruja talvez - Dou de ombros

Outro estrondo consome o lugar e dessa vez nós dois pulamos no lugar, puxo Hazel para mais perto de mim.

— Vamos apagar as luzes e sair logo daqui - Sugiro e ela assente

Caminhamos de mãos dadas até o fim do caleiro para apagar as luzes que ela ascendeu mais cedo.

Sem enrolação abaixo o interruptor para que possamos sair rápido dali.

Viramos para voltarmos em direção a saída, mas antes de chegarmos na metade do celeiro a primeira fileira de luzes se apagam sozinhas e sem o controle do nossos corpos paramos brutalmente.

É difícil enchergar, puxo Hazel para o mais perto possível e escutamos passos.

— Jaden por favor vamos sair daqui - Hazel diz em tom de desespero

Não consigo dizer uma palavra se quer, não tenho controle dos meus sentimentos agora e a sensação de ter alguém observando agora é trocada por uma de que estamos sendo caçados como lobos.

Puxo Hazel e caminhamos lentamente para não tropeçar-mos em nada no caminho, baldes sendo chutados invadem o silêncio do lugar.

Suspiro fundo e continuo a puxar a garota. Quando estamos próximos da grande porta somos surpreendidos com um grito alto e involuntáriamente gritamos também.

Risadas invadem meus ouvidos e eu tento voltar a realidade

— Vocês tinham que ver a cara de assustados de vocês - Quinton diz enquanto ri descontroladamente

— Bryce sempre faz as melhores pegadinhas - Josh o acompanha

— Sério que se assustaram com alguns baldes sendo chutados? - Bryce diz entre risadas

— Você é um babaca - a raiva agora consome meu corpo — Não deveria ter apagado a luz

— Ei relaxa aí irmão, isso não fui eu não - Ele responde em defesa

— A gente nem entrou no celeiro J, chutamos as coisas aqui fora só - Quinton defende o amigo e aponta pra algumas latas jogadas perto da porta

— Não brinquem mais com isso - Hazel diz furiosa e da as costas pra nós

Nego em reprovação e passo por eles me trombando em Bryce

Nego em reprovação e passo por eles me trombando em Bryce

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𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐎𝐑𝐌 - 𝐉𝐚𝐝𝐞𝐧 𝐇𝐨𝐬𝐬𝐥𝐞𝐫 ⸙͎Onde histórias criam vida. Descubra agora