“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão...”.
– Ora, ora Elizabeth. – Amber jogou-se no sofá. – Qual é? Você vai gostar.
– Eu sei que é legal, mas é que lá na Itália eu não costumava ir a festas sem que fosse com minha família.
– Falou e disse meu bem. Itália, Itália... Mas aqui é USA. – ela soletrou. – O lugar mais louco, onde têm mais festas, mais drogados, mais bebidas, mais curtição. Diversão meu bem, se chama Estados Unidos.
– Não sei não, acho que não dá para mim.
– Eu juro como você vai se acostumar. Eu juro. – ela riu bebericando o cappuccino.
POV Undefined.
Atlanta; Wallward Street; 5:18 da tarde;– Porra, dude! – xinguei-o enquanto cuspia para fora todo aquele gosto metalizado que o sangue exalara.
– Ah, qual é molengo... Foi só um soco de leve! – ele zombou.
– Um soco que me custará muito esta noite. – retirei a luvas de boxe as jogando no ringue.
– A senhorita perfeita vai ao pub hoje à noite? – olhei-o de soslaio.
– Do que você está falando? – fingi passar por despercebido.
– Estou da falando da... – meu celular começou a tocar. Salvo pelo gongo. – Urgh!
– Desculpa, mas eu não vou poder te responder agora. – dei as costas e busquei por um lugar mais reservado onde eu pudesse atender minha ligação.
POV Elizabeth.
Atlanta; Lump’s Pub; quinta-feira; 11:53 da noite;– Tem certeza que o lugar é esse? – interroguei fazendo-a rir.
– Você é sempre tão cômica?
Revirei os olhos.
– Sim, Elize... Este é o lugar! – ela respondeu minha pergunta feita há segundos atrás.
– Não estou gostando. Aliais, nem dezoito temos, não iremos poder entrar.
– Deixa eu te apresentar meus amigos, eles se chamam T-E-T-A-S. – ela soletrou. – Sabe o que eles fazem? Mágica. – revirei os olhos. Mais um vez. – Fique aqui, e assista meu show.
Amber tirou sensualmente sua jaqueta de couro preta e depositou-a e meus braços. Acompanhei-a com o olhar e, enquanto as pessoas se davam a trabalho de mostrar suas carteiras e comprovarem que tinham dezoito anos para que enfim pudessem entrar, Amber conversava no ouvido de um dos seguranças.
Eu podia jurar ter o visto pondo uma de suas mãos no traseiro dela. O ato repugnante me fez querer vomitar.
Amber estirou os braços em minha direção e chamou-me com o seu dedo indicador. Caminhei até ela e fiz o favor de lhe entregar rapidamente sua jaqueta. Caso contrário, ela entraria no Pub mostrando metades dos seus seios para todo mundo.
O lugar era iluminado por luzes roxas e azuis. A música tocava em um som estridente e algumas pessoas dançavam de acordo com o ritmo, outras não. Buscamos por um lugar mais reservado, pois a pista de dança estava um caos de tumulto.
– Licença, senhoritas. Desejam algo? – o barman aproximou-se de nós.
Antes de reparar em qualquer coisa daquele bar, centrei meus olhos no abdômen definido que estava a mostra. O barman usava um colete preto com uma gravata borboleta e eu podia jurar que teria sonhos eróticos com ele diante do meu sono.