00 | INTRO

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Em 1992 Klaus sente ódio.

Na realidade ele sente sua alma literalmente queimar, mas o ódio é o sentimento que segue.

Em Moscou, enquanto seus dedos finalizam a sua mais magnífica obra de arte, a pintura é queimada em sua pele.

Sua obra de arte, em sua pele.

Após sentir a queimadura em sua alma, ele rosna.

Aquilo não poderia estar acontecendo, não após mil anos. Não quando seu único objetivo era libertar seu lado lobisomem e se tornar o ser mais temido que já pisou na terra.

Então, mesmo com a sensação quente em seu peito, a curiosidade de conhecer a pobre criatura que irá compartilhar com ele a eternidade, ele sente ódio. E com a bela pintura já gravada eternamente em seu tórax, Klaus rasga o quadro, fazendo com ele o que gostaria de fazer com sua pele.

{sin in your skin}

Passando menos de uma semana do episódio em Moscou, Klaus se sente nostálgico.

Ele sente a necessidade de pisar nos Estados Unidos novamente, então quando seu jato pousou na Virginia, ele diz para si mesmo que sua mente busca por belas paisagens, ou então que seu lado humano está tentando prevalecer e se reconectar com suas origens.

E quando ele pisa em Mystic Falls e sua marca queima em contentamento, Klaus ignora.

Sua primeira visita foi ao único lugar onde se vende bebidas na cidade: Mystic Grill.

Klaus se sentiu incomodado por estar ali, mesmo quando o sentimento nostálgico o atingiu.

Sentindo algo como sua alma queimar novamente, foi necessário todo o seu autocontrole para não gritar no meio do estabelecimento.

Era o suficiente, ele decidiu. Ele daria um fim àquilo de uma vez por todas.

{sin in your skin}

Quando Klaus adentrou o quintal da bruxa Bennett, ele estava decidido a ser pacífico, porém quando uma dor de cabeça o atingiu, ele se segurou para não queimar a maldita cidade.

O vampiro foi rápido em agarrar o primeiro civil que estava passando na rua e o segurar pela garganta, ameaçando sua vida para que a bruxa viesse para fora.

"Estou aqui para uma conversa pacífica." Ele prometeu.

Quando Sheila Bennett colocou os pés para fora da casa, suas mãos estavam presas no alto e seu corpo encostado na parede, Klaus com uma mão em sua garganta.

"Fale para suas amigas pararem." Ele gritou, exasperado.

A mulher de meia idade teve a coragem de parecer surpresa. "Sobre o que está falando?"

Klaus rosnou, virando seu braço para que ela visse a pintura.

"Isto, maldita."

Ela não pareceu se ofender, visto que um sorriso apareceu em seu rosto.

"Não há nada que eu possa fazer referente às escolhas da natureza, Mikaelson."

Klaus não acreditava nisso, já que era um adepto da teoria de que cada feitiço deixava uma brecha. Mesmo sendo algo comandado pela natureza desde o surgimento do mundo, algo poderia ser feito.

Ele poderia se livrar da maldição de ter um companheiro.

'Uma benção', Esther falou quando contava as histórias aos seus filhos, o menino Niklaus sempre chateado demais por não ter sido abençoado.

sin in your skin - KLAROLINE (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora