02 | CLAVE

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02 | CLAVE

Talvez o amargo fosse o mais doce dos sabores para Klaus, pois era isso que ele mais sentia durante toda sua existência.

Se não fosse o mais doce, talvez era o mais conhecido por ele.

Agridoce.

Ele estava finalmente liberto.

Isso era uma vitória para ele. Seu lado lobo podendo correr, ele podendo ser finalmente livre.

Esse seu lado era o que o impedia de sair do quarto de Caroline Forbes e segurar a mãe da menina pelo pescoço e perguntar o que diabos aconteceu.

Por que ela não estava morta?

Ele deu uma olhada para a mulher ainda desacordada na cama.

Bem, por que ela não estava morta a muito tempo então?

Ainda não entrava em sua cabeça, porém ele continuou ali, ao lado dela, ignorando suas próprias questões e apenas se embebedando de cada imagem contida nas paredes.

Todo o seu progresso.

Ela teria sido brilhante...

Se não fosse por ele.

'Se você não tivesse a mandado matar, duas vezes', ele se acusou, algo mexendo em seu estômago.

Incômodo.

Ele jamais a mataria caso soubesse quem ela realmente era.

Mesmo que naquela noite ele estivesse pensando em como seria fácil acabar com a beleza loira ali mesmo, a impedindo de ser uma fraqueza.

Porém ele queria a conhecer primeiro.

Caso fosse como as adolescentes superficiais que existiam naquele país, ele a mataria.

Uma Rebekah já era o suficiente em sua vida.

O sol já havia amanhecido, ele percebeu pela luminosidade do quarto, quando escutou alguém batendo na porta.

A xerife se levantou, foi o que pareceu, pois logo passos foram ouvidos, e a escada se tornou bastante movimentada.

Eram cinco horas da manhã, quem faria uma visita este horário?

"Ah- bom dia xerife, eu estava passando por aqui e pensei- Como está Caroline?"

Era Matt Donovan.

Klaus se levantou e foi até a escrivaninha de Caroline, bisbilhotando alguns papéis e riu quando a xerife o respondeu:

"São cinco horas da manhã, Matt, e você tem um telefone, não? Ligue pela tarde, Caroline estará mais descansada então."

Por puro reflexo, Klaus olhou para a jovem ainda inconsciente.

Quando a porta se fechou novamente, ele prestou mais atenção nos papéis, e foi então que encontrou por baixo deles um livro vermelho, com capa de couro.

Klaus o pegou apenas para constatar que não era um simples livro.

Era um diário.

Bem, aquilo era interessante.

{sin in your skin}

Os olhos de Klaus mais uma vez repousaram no relógio e ele viu que mais uma hora havia se passado, e nada da garota dar um sinal de vida.

O diário ainda estava em sua mão, porém algo bastante estranho dentro dele o impediu de abrir.

Ele era bastante arrogante ao se auto declarar um profundo conhecedor da cultura dos lobos. Como a natureza se relacionava com cada clã.

sin in your skin - KLAROLINE (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora