03 | AGERE

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03 | AGERE

"Mas Caroline, isso não faz sentido." Bonnie sussurrou em seu quarto, andando de um lado para outro. "Klaus está morto, por mais de mil anos. Ele não pode ter um companheiro."

Caroline suspirou, se sentando em sua cama, frustrada.

"Se você não sabe como isso é possível, Bonnie, eu estou mais confusa ainda."

Bonnie parou.

"Espera, você viu a marca dele? Tem certeza de que é idêntica com a que você tinha?"

Caroline acenou negativamente. "Eu não vi. Ele apenas me mostrou o quadro e me disse que simbolizava a marca dele. E quando ele me disse..." Ela respirou fundo, suas bochechas vermelhas.

"Você sentiu algo, não é?"

A loira assentiu.

"Bem, como sua marca sumiu, vocês não devem ter nada mais. Eu vou consultar isso e depois te ligo, mas Caroline." Bonnie fez uma pausa, a olhando seriamente. "Não conte isso para ninguém. Ser uma possível companheira de um híbrido assassino pode realmente não ser algo que você não queira para você."

Caroline assentiu.

Ela realmente não queria.

Quando Bonnie foi embora, ela voltou para seu quarto, se sentando junto a janela da mesma, tentando ao máximo apagar da memória a expressão enigmática de Klaus quando ela revelou que não havia marca.

Ele saberia?

Ela alisou o local onde a pintura costumava estar.

Ela não se importou.

Ela não fazia mais parte desse jogo de almas gêmeas.

Caroline estranhou que, ao invés de se sentir feliz por isso, ela sentiu algo muito ruim.

O incômodo.

{sin in your skin}

Em um único instante, um próximo de Caroline entrar para dormir, um som vindo de fora de sua casa chamou sua atenção.

Era algo como um ruído.

Ela não se apavorou, e quando viu por sua janela que não havia nada estranho, fechou a mesma e foi para cama.

Sua mãe não estava em casa, então não havia com o que se preocupar.

Antes que pudesse cair no sono, Caroline escutou algo parecendo um grunhido.

Ela ergueu a cabeça e usou sua audição para melhor escutar.

Um uivo.

Ela se levantou completamente, e desceu rapidamente as escadas, chegando se as janelas estavam fechadas, assim como a porta. Ao chegar nessa última, Caroline parou ao ver, junto a janela, um lobo cinza, um tom quase preto, parado, olhando diretamente para ela.

Ela deu um passo para trás.

Não havia como ele entrar, porém-

Ela sentiu um incômodo, novamente.

Não era nada, ele era apenas um lobo comum. Não era lua cheia.

'Híbridos não precisam de lua cheia' sua mente a lembrou.

Ela negou rapidamente com a cabeça.

Ela virou as costas.

A pintura de Klaus a deixou paranoica.

sin in your skin - KLAROLINE (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora