10 | CATHARSIS

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10 - CATHARSIS

2040, Roma.

23:01

Klaus ficou atento à expressão de Caroline.

Ela parecia paralisada.

"Querida..."

Ela se virou para ele, e então ele viu, os olhos azuis cheios de lágrimas.

"Klaus, isso é... perfeito."

Era uma pintura.

Dela.

"É claro que é."

Eles estavam juntos havia dez anos, e levou três deles para que o híbrido original finalizasse a pintura que vinha trabalhando tão detalhadamente.

Estou com medo de dormir, com medo de sonhar

Estou imaginando o que poderíamos ter sido

E eu estou tão cansado de manter meus olhos abertos

Talvez tenha sido eu quem te decepcionou

Mas tudo que eu sempre quis foi deixar você orgulhoso

2045, Tokyo.

23:10.

"Talvez você devesse ficar." Klaus sugere um dia, quando as ameaças de caçadores são muitas e Caroline planeja sair com Enzo.

"É um compromisso, Klaus."

E ela sai.

E ao voltar, com um Enzo muito irresponsável, uma bala de madeira paira a centímetros de seu coração.

O maxilar de Klaus está travado quando remove a bala.

"Um fio de cabelo acima, e Enzo estaria trazendo sua versão mais cinzenta e morta."

Sentindo o clima tenso, ela ri. "Eu já estou morta, Nik."

E ele odeia que ela use esse apelido em um momento tão crucial.

E ele odeia quando ela adormece tão rapidamente quando a ferida se fecha.

"Fique com ela." Instruí ele a Enzo.

O moreno pensa em se voluntariar para ir, mas recua, dando passagem ao original.

Quando Caroline acorda pela manhã com um cheiro muito forte de sangue, ela procura Klaus, e sente seu braço sob sua cintura.

"Não é meu." Ele a tranquiliza.

Ele os matou, e ela sabe.

E eu estou tão cansado de tentar tanto

Porque eu fiquei louco

Toda essa crueldade para ser gentil

Por que é tão bom me machucar?

Por que brigar tem um gosto tão doce?

Estou correndo e nunca vou ficar

Eu nunca vou aguentar a dor

Querida, você tem pecado em sua pele

Eu sempre sou sendo pego pela sua raiva

E sou eu quem está machucado por toda sua dor

2050, Paris.

23:21

Caroline é insistente e se recusa a deixá-lo em paz sobre seus demônios internos.

"Talvez você devesse ir... por um tempo." Ele sugere, as costas viradas para ela, não conseguindo encarar as lágrimas nos olhos da loira.

"Você sempre, sempre me exclui, Nik."

Ele sente a verdade nas palavras quebradas.

"Rebekah deve estar certa, você sabe." Ela começa, e ele prende a respiração por tempo o suficiente até que ela soe novamente, dessa vez com um tipo de raiva que o faz estremecer. "Você é um covarde."

E como sugerido, ela se vai.

Então não me ligue quando estiver triste

Não me chame, porque agora você coloca meus ossos no chão

Seu maremoto no meu coração me fez afogar

E agora eu acho a força para te afastar.

Por que é tão bom me machucar?

Por que brigar tem um gosto tão doce?

Estou correndo e nunca vou ficar

Eu nunca vou aguentar a dor

Querida, você tem pecado em sua pele

2051, Paris.

00:00

"Eu senti sua falta." Caroline disse ao passar os braços pela cintura de Klaus, seu corpo se chocando com o dele.

Ali, na porta de sua mansão, de seu quase palácio, com Caroline enrolada nele, Klaus se sentiu vulnerável.

É preciso ter coragem para ser vulnerável.

"Eu senti saudades de você..." Klaus começou murmurando enquanto se acomodava na curva do pescoço de Caroline. "Muito antes de te conhecer." Ele concluiu, olhando-a nos olhos.

Na pele dela, o pecado que eternamente habitaria, era ele.

{sin in your skin}

O FIM.

sin in your skin - KLAROLINE (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora