Cap. 1 - A Primeira Vista

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Escuto barulho de chuva, estou em um lugar escuro. Aparentemente estou sozinho, mas sinto que alguém me observa na escuridão e essa sensação não me agrada muito. Há várias luzes de raios próximo de onde estou, naquele momento sair dali era a melhor escolha. Ando tateando em busca de uma porta que me leve até a saída um passo a frente do outro sempre com cuidado. Alguns passos depois cheguei numa parte que não tinha mais como continuar e pelos clarões dos raios vi que estava frente a uma porta e sem pensar duas vezes decidir ir sair dali. Havia algo escrito acima da porta: "Yuki nothum riu." A tradução era algo como: "aqueles que vem, não voltam." Uma língua antiga, que estranhamente eu entendia. Caminho para fora, os pingos da chuva batem forte em meu rosto e do lado de fora olho ao redor tentando reconhecer o lugar, mas é em vão. Era feito de terra, cercado por grama rasteira e cheio de pedrinhas redondas e coloridas. O caminho leva até uma montanha alta. Sigo em frente por uns dez minutos quando por trás de mim sinto uma sombra passando com mais ou menos dois metros de altura e todo preto. Me viro, mas não vejo nada, apenas a chuva que continua a cair e a cada passo mais próximo da montanha mais forte ela se torna, começo a entender que há alguma ligação entre a chuva e montanha. Viro-me de volta para a montanha e começo a caminhar; falta cerca de uns dois á três quilômetros, isso daria uns 30 minutos de caminhada com chuva forte. Ao percorrer metade do caminho, a sombra passa novamente por trás de mim, porém, desta vez bem mais próximo e posso perceber que possuía em seus olhos um brilho sombrio e aterrorizante. Respiro, me acalmo e decido continuar, mas quando me viro novamente para a montanha algo atrapalha a minha visão. O vulto não é mais uma mancha na escuridão e sim, um homem alto, com um sobretudo que vai até os joelhos, com o seu rosto coberto num capuz e com botas surradas que mais pareciam ser da segunda guerra mundial. Meus braços e pernas não me obedecem e sinto um arrepio percorrer da ponta dos pés e passar por todo o meu corpo inerte. Quando decido ter coragem e pergunto:

- Qq Quem é você? E o que eu estou fazendo neste lugar? - ele levanta um pouco a cabeça e com uma voz sombria responde:

- Não importa. Este é o seu fim! - e então ele abre o seu sobretudo e saca uma espada na minha direção.

Fico paralisado de medo vendo minha vida por um fio. Sua espada era brilhante e prateada, havia marcas vermelha e seu cabo era feito de um material escuro. Há alguns centímetros da espada acertar meu pescoço um raio enorme caí e surge um clarão imenso que me deixa cego por alguns instantes. Recuperando a visão aquele homem não estava mais ali e exausto caio no chão e perco a consciência.

Acordo em meu quarto e percebo que tudo foi um sonho, pelo menos era o que eu imaginava.

Segunda, 6:15 A. M.

Todos os dias quando me acordo, sempre tento fingir algo para não ir para escola, acho que não sou o único. Mas, hoje sinto que será um dia incrível, por isso, nem me lembro de fingir algo, semana passada eu estava com dengue e ontem eu estava com dor de cabeça. Me levanto da cama e vou para o banheiro. No caminho, passo pelo quarto da minha mãe e vejo que ela já está de pé, pois, sua cama já está pronta, ela deve está fazendo o café da manhã presumo. Chego ao banheiro, fecho a porta e começo a pensar em como será o dia de hoje, com as mesmas aulas de álgebra, biologia e outras disciplinas da quinta-feira. Termino o banho e volto para meu quarto para me vestir e preparar o material escolar. Ao terminar, desço para tomar café e ver minha mãe. Chego a cozinha e me sento na mesa esperando ela terminar as panquecas que faz para mim.

Eu: - Bom dia, mãe. - sorrio para ela.

Mãe: - Bom dia querido, como passou a noite?

Eu: - Nada bem, tive aquele mesmo sonho, onde estou num lugar escuro e está chovendo. - ela fica paralisada por alguns segundos com uma cara de preocupação e volta ao normal.

Histórias de um Sonhador - Início do Fim Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora