Cap. 4 - Descubro quem sou

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Acordo 8:00 hrs da manhã e a primeira coisa que vem a minha mente são Layla e Susan. Sinto que estou dividido entre elas e tenho que decidir quem escolher. Me levanto e vou para o banheiro. Faço todas as necessidades e sigo para o corredor.

Está tudo em silêncio, não há pessoas caminhando, não há som delas conversando e logo penso que acordei cedo demais, então, volto para meu quarto e no caminho passo pelo quarto de Layla. O que antes era silêncio agora é algo desagradável para mim: o som do choro de Layla. Algo aconteceu e eu precisava ajuda-la. Bato na porta e depois abro.

- Oi princesa, o que houve? - falo ainda entrando.

- Eles se foram. - fala enxugando as lágrimas.

- Quem se foi?

- Todos Lane. Todo mundo se foi!

- Como assim? - pergunto confuso.

- O helicóptero veio mais cedo e todos foram, apenas eu e você ficamos.

- Ma... Mas... Não entendo. - falo enquanto sento do seu lado e abraço. - Você sabe que devemos sair daqui né? - falo enxugando suas lágrimas.

- Sim. Mas para onde?

- Primeiro vamos procurar comida e abrigo, essas coisas que sobreviventes fazem em filmes. - falo me levantando. - Vamos, não posso sem você. - sorri.

- Está bem. Com você eu posso ir.

Saímos do quarto e fomos até o refeitório ver se ainda tinha alguma comida e para nossa "surpresa" não tinha nada. O mesmo aconteceu em todos os lugares do prédio. Decidimos que íamos sair logo dali e procurar ajuda. Passamos pelo quarto dos bebês e este como os outros estava vazio.

- Preciso de meu equipamento. - falo parando.

- Não está aqui. Levaram tudo, exceto, duas facas pequenas e uma grande.

- Faca grande? - pergunto tentando entender.

- É. Daquelas dos filmes japoneses.

- Vamos. - falo rindo. - Pegamos e saímos.

O arsenal ficava a um andar acima dos quartos, eram três quartos reservados somente para as armas. Chegamos lá e vimos todos os quartos vazios, menos o que tinha as duas facas e a katana. Pego a katana e entrego as outras duas facas à Layla e descemos lá para baixo. Quando a porta do elevador abriu, vimos o portão aberto, mas, sem nenhum zumbi. Percebo que não fomos deixados por engano, abriram a porta e nos deixaram na mão.

Saímos com bastante cuidado e lá estou eu vagando novamente pelas ruas da cidade deserta que um dia já foram tão movimentadas. Layla e eu a cada dia que passa nos tornamos mais fortes e ágeis. Formavamos uma bela equipe. Andamos pelas ruas a procura de sobreviventes, mas, é muito difícil encontra-los e quando são encontrados, não duram muito tempo. Passamos cerca de um mês andando pelas ruas, até que um dia passamos em uma rua conhecida. Era a rua onde morava.

Caminho pela rua tendo lembranças de quando era mais novo, andava de skate, bike, corria e pulava nessa rua. Em frente a minha casa eu paro e fico imaginando o que deve ter acontecido.

Entro em minha casa já sabendo o que vou encontrar. Minha mãe. Porém, quando chego próximo a sala, onde ela deveria está, mas a sala está vazia. Subo para meu quarto e não encontro nada. A casa está completamente vazia, sem sinal de invasão, de fulga, nada.

Vou até o quarto de minha mãe, fazia um bom tempo que não entrava lá. Desde a morte de meu pai. O quarto está arrumado, igual a última vez que vi antes de ir a escola. Há uma carta em cima da cama e a letra é de minha mãe. Tinha cerca de duas folhas e eu as pego e começo a ler.

Histórias de um Sonhador - Início do Fim Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora