Ban

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When you kiss me, heaven sighs. And though I close my eyes, I see la vie en rose.

- Deusa das fadas Elaine.
- Ban... - disse a loura baixinho.
- O que está fazendo aqui?
- Eu disse que a faria minha. - O prateado passou a língua nos dentes pontudos. - Você acha que tudo o que quero aqui é ser imortal? Não, não. Eu quero você.
As bochechas de Elaine esquentaram, quando Ban dissera isso anos atrás, ela não acreditou, todavia, Ban sempre voltava à floresta. E a fada sabia que não era pelo cálice, desde que lera a mente de Ban na primeira vez que se viram, e o quão sincero ele fora ao desistir de algo que ela protegia, se mostrou sincero e amigável. No decorrer dos anos eles ficaram mais próximos, se apaixonaram, contudo, toda vez que Ban a deixava para ir com os sete pecados capitais para lugares que deveriam ir, era doloroso, mas assim como ela tinha obrigações, Ban também tinha.
- Rei das fadas Ban. - Chamou um fada de cabelos louros.
- Eu não sou rei, Hellbram. Você sabe muito bem que o rei é o seu melhor amigo.
- Ban... alguma coisa vai acontecer, a qualquer momento. Ajude-nos.
Ban olhou para cima, o vento fazia as folhas da árvore que guardava o cálice balançar, o sol estava tão lindo quanto sempre estivera e tudo parecia calmo. Ele só queria passar um tempo com Elaine antes de ir para alguma outra cidade que o capitão sugerisse que seria onde os dez mandamentos estariam, mas logo percebeu a preocupação no rosto de Elaine também.
As fadas sabiam.
- Elaine... o que está acontecen-

Um enorme monstro vermelho, gordo, gosmento. Era a coisa mais feia que Ban já vira na vida. Mas uma coisa não podia negar, a coisa era incrivelmente forte. Lançara Helbram - Um dos fadas mais fortes - com uma facilidade absurda.
- Chastiefol, quarta configuração!
King estava pronto para usar seu tesouro sagrado. Viu a expressão de surpresa da irmã quando estava na sua frente, depois de tanto tempo sem vê-lo era compreensivo. Mas não era hora para isso, era hora de lutar.
O demônio, monstro, do que quiser chamar atacou Elaine, quando Ban avançou nele para protegê-la e arrancou-lhe o coração.
- Agora estamos...
- Ban!
Mas já era tarde demais.
- Elaine!
Ban arrancou o outro coração.
Eles tinham dois corações. Maldição.
- Elaine... fale comigo.
A fada pegou o cálice oferecendo o Ban que prontamente recusou. Suas visitas a floresta não eram mais sobre isso, e ela sabia. Era tudo por ela. Era para vê-la, saber como ela estava, a mulher que amava e que sempre achou estar longe do seu alcance o amava de volta. Era  melhor do que qualquer coisa que a água da fonte pudesse lhe oferecer.
- Você precisa mais do que eu.
- Você também está muito machucado... Ban.
- Beba.
Assim ela o fez, e ao beijar Ban despejou o líquido na boca do mesmo.
O prateado arregalou os olhos sem acreditar no que acabara de acontecer: tanto tempo tentando encontrar aquilo, quando encontrou, mais lutas para conseguir obter... e quando não mais queria, teve do pior jeito.
Agora sua amada não mais respirava, seu coração não batia e seus olhos estavam fechados.
- Eu prometi que a faria minha, Elaine. Mesmo que isso custasse a minha vida. Eu não quero ser Ban, o Imortal, sem você.

R U MINE?Onde histórias criam vida. Descubra agora