Vou ficar

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Dizem que o reencontro de duas almas destinadas a ficarem juntas, pode ser um recomeço, mas não era o caso, afinal Angel não tinha alma.
Irônico, mas depois de ver Angel após tantas décadas, fez com que Damon pensasse em coisas que a algumas semanas atrás, jamais pensaria, agora tudo que ele precisava era entender esses sentimentos.
—Bom dia.—disse Angel na recepção do hotel.—Sabe me dizer se aqui alugam casas por temporada?
—Sim, temos uma família que faz isso.
—Ótimo, qual o contato deles por favor?
—Sim é pra já.—disse a jovem prestativa.
—E fecha minha conta, vou entregar a chave do quarto.
—Perfeito, e como foi a sua estadia?
—Agradável, obrigado.—após pagar e pegar as informações que queria, Angel saiu em busca da família.
Era uma casa bem simples, mas parecia aconchegante, aquele tipo de casa dos filmes, que você tem vontade de entrar e tomar um chá.
—Vou ficar!—Angel sorriu e depois de fechar o acordo com os donos, ela se instalou, tudo parecia familiar e ao mesmo tempo era um lugar estranho.
Sentiu muita sede, uma lembrança de mortes e diversão ao lado de Klaus invadiu sua mente...
—Não!—disse a si mesma.
Desde que se transformou, demorou para ela conseguir se controlar, fez coisas das quais se arrependeu, porém não podia voltar no tempo, então afastou a lembrança e saiu para caçar.

Damon

—Damon? Está me ouvindo?—Damon saiu de seus pensamentos.
—Oi amor, desculpe, o que dizia?
—Você está estranho essa semana..—observou Elena.
—Está tudo bem, só pensando no casamento.—ele estava pensando que não tinha notícias de Angel, será que ela voltaria? Contaria tudo a Elena? Ou sumiria?
—Ah estou tão feliz!—Elena vibrou com um pequeno pulo, trazendo a atenção dele de volta.
—Eu também meu amor—Damon a segurou e beijou.
—Vou para o hospital, um bom dia—Elena se despediu com um beijo.
Era uma situação complicada, mas ele não ficaria ali, esperando o destino decidir seu futuro.
Pegou as chaves do carro e saiu, foi até o grill e pediu uma bebida.
—Logo cedo?—aquela voz.
—Angel?
—Para sua felicidade, amigo trás dois!—ela se dirigiu ao rapaz que estava servindo a dose de Damon.
—Não consigo acreditar...—ele soltou.
—Acredite—ela virou a dose—Estou aqui!
A tensão era evidente até para quem não prestava atenção, afinal aquela era uma cidade pequena e nada passava despercebido.
—Angel eu...—Damon começou mas ela não queria ouvir.
—Damon poupe o discurso, não faz seu tipo.
Ele virou a dose e ficou pensativo. Era um mortal mas parecia ter as emoções mais intensas que o normal com ela a seu lado.
—Como vão os preparativos para o casório?
—Como vai o Klaus?—ele rebateu.
Ela o olhou confusa, aquilo era ironia?
—Está muito bem!—ela entrou no jogo.
—Vai ficar quanto tempo?
—Acredito que vai descobrir em breve.—ela jogou duas notas no balcão e se levantou.—Por minha conta.
Ele, ficou imóvel enquanto ela saia. Enquanto ele se perdia em seus pensamento, também perdeu Angel de vista, ele tinha esquecido que não tinha mais a agilidade de um vampiro, mas tinha certeza que aquela não era a última vez que veria ela.

Angel, O recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora