Enfrentando o passado

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SEJAM BEM VINDOS, JÁ PODE PEGAR A PIPOCA E FICA A VONTADE  VIU.

                

                       SAKURA-ON



— Vamos lá, é tudo que tem ? — fala Mandara no seu tom mais sarcástico, e por kami como isso me irrita, mas a sensação logo vai em bora quando lembro de tudo que ele fez por mim, e por um segundo uma sensação de gratidão me invade.

— Sakura ? É pra hoje ? — ele fala despreocupado, isso é o bastante pra me despertar do meu transe, com movimentos rápidos o acerto fazendo o mesmo voar longe, solto um sorriso de vitória.

— O que foi sensei ? Está velho  de mais pra suportar minha super força  — digo alto para que ele escute em quanto volta mancando do lugar onde foi arremessado.

— Ainda precisa melhorar — É a única coisa que diz antes de entrar.

    Eu apenas dou um sorriso baixo, o velhote sempre diz isso ao final dos treinamentos, desde que minha mãe morreu ele cuida de mim, não faço ideia de onde meu pai se enfiou, e na verdade nem quero saber. Suspiro ao me sentar na varanda olhando as estrelas.Bom essa não é toda a verdade mas é o que eu preciso lembrar. Aperto o punho e dou um leve soco no chão, sinto minhas lágrimas escorrerem, e me deito  abraçando minhas pernas, como se buscasse conforto, dormindo ali mesmo.

                 


                    - 7:00 da manhã -



— Acorda bela adormecida — sou despertada por uma voz familiar, até mais irritante que um despertador.

— Só mais cinco minutos — me viro, percebendo que tinha dormido na varanda, certeza que minha coluna de idosa vai reclamar mais tarde.

— Parece que alguém não está muito animada pro seu aniversário de 15 anos — ele fala, e imediatamente minha expressão muda, levanto com um pouco de dificuldade.

— você sabe o quanto eu odeio esse dia, porque insisti em me lembrar dele ? — falo num tom de ódio o empurrando.

—porque  você tem que encarar a realidade garota, enfrente seu passado só assim será forte o suficiente.

— já chega, para de falar — eu coloco as mãos nos ouvidos, não posso perder a calma, tenho que controlar meus supostos "poderes" ou melhor  minha maldição.

— O que foi ? Vai me matar como fez com sua mãe ?

    Arregalo os olhos e por um instante não senti meu corpo, caí de joelhos encarando a figura do homem a minha frente, em quanto meus pensamentos me levaram a outro lugar.

                



                 - julho de 2005-




    Estava numa casa pequena, com pouca iluminação, e um silêncio assustador, se não fosse pelos gritos ouvidos  no primeiro quarto a direita, me aproximo lentamente, ouvindo seus gemidos de dor cada vez mais altos, só estão vi uma mulher de cabelos loiros e olhos verdes, estava em trabalho de parto, completamente sozinha, o choro do bebê veio logo em seguida, ela o pegou nos braços, era uma menininha de cabelos rosas o que não era muito comum para uma criança que acabara de nascer.

Filha do diaboOnde histórias criam vida. Descubra agora