Capítulo 7- volta- parte 2

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-- Ok, agora vamos! põe seu pé ao lado do meu, por favor_ falo ligando definitivamente o caminhão e saindo dos arredores do colégio

-- Tem certeza que vai dar certo?_ ela pergunta

-- claro, é só você empurrar com força quando eu mandar

-- Onde vamos primeiro? porque pelo o que eu sei, a cidade fica no caminho oposto

-- Saca de graos, raizes,ovos, frutas,verduras e afins é mais barato nas fazendas

-- Quais grãos você vai comprar?

-- vamos comprar trigo, soja, feijão, arroz... enfim, se quiser pode olhar a listinha, está aqui no meu bolso, pode pegar._ me suspendo um pouco e ela pega o papel do meu bolso

fomos em três fazendas diferentes, consegui economizar muito. Regina não deu muito palpite, só me acompanhava mesmo. Quando chegamos na última fazenda onde compramos os ovos, a fazendeira nos ofereceu três duzias de galinhas por um preço bem legal, eu fiquei um tempo pensando se comprava ou não. e esse foi o único momento que Regina se intrometeu , disse que era um bom negócio, principalmente agora que temos novatos, vai ser uma economia a mais. me dou como convencida e compro. Peço pra entregarem ainda hoje, não ia poder levar por que ainda íamos na cidade, e as galinhas iam ficar encaixotadas no sol. Compramos tudo como o planejado e partimos em direção a cidade. A viagem foi tranquila, o som decidiu pegar e colocamos em uma rádio qualquer. O calor estava imenso, era o sol do meio dia se mostrando pra gente. Chegamos na cidade "pingando" de suor. Estacionamos na praça central e pagamos um franelinha para cuidar da mercadoria.

-- Se quiser pode ficar no carro!_ falo

-- Claro que não, não quero derreter, e outra, estou te acompanhando, lembra?

-- você que sabe...então vamos no supermercado, é onde tem mais coisa para comprar

No supermercado nos dividimos para agilizar as coisas, porque tinha muita, mas muita coisa. Foram umas quinze pessoas ajudando a carregar as compras para o caminhão e algumas idas e voltas.

-- E agora, falta o quê?

-- Ir na farmácia comprar remédios, no armazém comprar a resistência do chuveiro e acho que só... ah, e comprar o colchão, lembrei!

-- então fazemos o seguinte, eu vou na farmácia e no armazém, e você compra o colchão._ Regina sugere

eu concordo, entrego a lista e o dinheiro para ela, e sigo em direção a loja, onde sou logo atendida

-- Boa tarde! o que deseja?

-- Boa tarde! eu gostaria de um colchao de casal

-- tem preferência de marca, modelo...?

-- entao, eu queria um bom, mas que não seja tão caro.

-- um colchão mediano, entendi

E assim foi acontecendo a compra. Eu acabei comprando dois e os funcionários me ajudaram a levar até o caminhão, onde Regina ja me esperava.

-- Dois?

-- Lembrei que Ingrid está dormindo no sofá.

-- ah!

-- E ai? conseguiu comprar tudo?_ pergunto

-- Sim, inclusive ansiosa para tomar um banho quente

--Nossa, nem me fala_ falo imaginando

quando ela entra e fecha a porta eu digo:

-- espera só um minuto que eu já volto_ não deu tempo dela responder alguma coisa, ou simplesmente eu não ouvi

5 minutos depois

-- para você!_ falo entregando uma casquinha de sorvete pela janela

-- muito obrigada!... Muito gentil da sua parte_ Regina fala agradecendo

-- por nada, e está vendo? eu sei ser gente fina também, é so me dar oportunidade_ falo e ela sorri revirando os olhos, por incrível que pareça eu achei um sorriso sincero

-- Vamos que já está escurecendo_ ela diz mudando de assunto, mas ainda doce

eu entro e nós seguimos caminho.

O rádio dessa vez não pegou, e o silêncio tomou conta. Confesso, de verdade, que pelo menos para mim não estava desconfortável. Estávamos cansadas, o céu ja estava escuro, e nosso último diálogo foi bom, então, para mim, aquele silêncio estava ótimo.
Entramos nas propriedades do colégio e ja podemos ver de longe, pelo menos umas 15 pessoas esperando a gente. Quando estacionamos o caminhão em frente da portaria começamos a escutar:
— até que enfim chegaram!
— por que demoraram tanto?
— estávamos preocupados!
Eu desci e respondi:
— calma gente, sete e meia agora, demorei porque fui em umas fazendas. E outra, granny, a gente combinou isso!
— eu sei, eu sei... mas é que eu fico preocupada né?_ ela fala me dando um abraço
— vocês... sei não, viu?_ falo
— ahhh, e muito obrigada Regina, você foi um anjo por ter disponibilizado seu dia inteiro!_ granny fala agradecendo
— nem precisa agradecer, foi ótimo! _ nessa hora eu olho para Regina com uma cara tipo " foi ótimo?" Mas ela nem deu bola
Zelena manda Regina ir jantar, que a gente dava conta e ela foi. Descarregamos o caminhão todo, todo mundo ajudou um pouco
— Você conseguiu comprar muita coisa!_ a granny diz me olhando
— Nossa, mas eu fiz muito drama para conseguir desconto! Até chorei, você não tem nem noção_ falo e nós rimos
— de quem são os colchões?_ daniel Pergunta
— leva para a sala de cinema! É da callie, arizona e Ingrid!
— mas a Ingrid não está na diretoria?_ ele me pergunta
— dormindo em um sofá, que por mais confortável que seja, uma hora começa dar errado.
— verdade! E por que de casal?_ daniel continua perguntando
— nossa, mas você hoje ta batendo recorde de curiosidade_ ele revira os olhos_ mas respondendo sua pergunta, estavam na promoção, se eu tivesse comprado dois de solteiro tinha dado pouquíssima coisa mais barato. Aí resolvi comprar um que fique mais confortável.
— ahhhh, tendi!

Quando guardamos e organizamos tudo, sentei para jantar. E novamente o meu prato foi feito pela granny
— eu tomei um susto quando um caminhão chegou carregado de galinhas, nem acreditei!_ ela fala animada
— sim... e ai??? Gostou? Fez o que com elas?
— claro que gostei! Perguntei se alguém queria cuidar das galinhas, e virou a sensação do momento, às vagas acabaram rapidinho, botei cada um para cuidar de uma galinha. Fizeram um cercadozinho com umas madeiras do depósito, e uma coberta para elas, ficou bem feio, mas ficou bom!
— ai granny, você não existe!
Quando termino de falar a Ingrid senta na mesa me olha e pergunta:
— podemos conversar agora?
— meninas, me deem licença, vou subir para tomar um banho! _ a gny se levanta
— claro, como combinado!
— por que você me tratou daquela forma no café da manhã?_ ela me pergunta
— porquê eu não estou bem, e você fica me exigindo algo que também não está sendo fácil para mim.
— e por que disso? O que é tão difícil?
—Ingrid, mesmo que você tenha seus motivos, porque eu imagino que tenha, não justifica a forma que você foi embora. Eu te amo, de verdade, e eu amo estar com você, e ter você aqui de volta, eu AMEI te ver, mas ainda é difícil confiar em você!
— por que difícil confiar em mim? O que eu fiz pra isso?_ ela pergunta quase atordoada
— Ingrid, você foi embora do nada, sem explicações ou despedidas... e eu tenho medo de me entregar feito antes e você ir embora novamente. Não sei se consigo lidar com outra situação dessa_ falo enxugando uma lagrima que insistiu em cair
— Eu sinto muito, mesmo. E sei que não importa o que eu faça, nada será o suficiente para apagar o que eu fiz ou me redimir com você. Mas eu te juro que não vou fazer o mesmo!_ ela fala e eu dou um abraço quase que sufocante nela_ e me desculpa por estar te cobrando algo que deve ser natural, mas é que eu senti muito tua falta menina

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Nota:
Oi, meus xêros!
Eu estou tentando postar com mais frequência, as vezes é difícil, mas não desistam de mim 😅

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