Cap 09 {Final} - Um último momento

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Amor é um sentimento antigo, ao qual me confundia com muitas pessoas que conheci em minha vida.

 Jimin era diferente, ele vivia em minhas paredes, ele estava sobre o chão que meus pés pisavam, ele virou o mundo ao qual eu queria tirar dos meus braços quando estava em Hollywood.

Fui atrás em descobrir o porquê dele ter me escolhido.

E como disse eu era egoísta a ponto de não vê-lo entre tantas pessoas que passaram por mim, realmente seu pai era o patrocinador de Chase e em seu velório a banda fez uma homenagem a ele, porém acho que nem eles mesmos sabiam quem era : Park Jimin.

Enfim, descobri!

Park Jimin era um dos staffs que ajudavam a banda, na verdade ele foi designado a mim, era ele que me dava água quando estava com sede, ao qual me ajudava a fazer curativos quando meus dedos doíam de tanto tocar. Eu tive que perder a grandeza do sucesso para poder encontrá-lo de verdade, e isso era culpa do "meu egoísmo". Me falaram que quando Chase me mandou embora, ele foi o único a querer vir até mim para descobrir a verdade, talvez me amasse antes mesmo de amá-lo.

Agora imagine-se em uma sala cheia de cacos de vidros quebrados, aos quais você não pode colar de volta, minha cabeça ficou assim quando descobri tudo isso. E aquilo tornou o amor para mim algo doloroso, que insistia em martelar em meu peito, mas o salvei.

O salvei da dor de ter aqueles tubos amarrados em seu corpo, o salvei da espera por dizer que estava apaixonado por ele, e no mesmo dia tive a consciência de que aquilo era amor. Sincero e puro como a primavera. Sim, achei um bom motivo para deixá-la eternizada em mim, pois a primavera me ensinava muitas coisas, como ganhar, a como perder e a como crescer.

Como aqueles olhos verdes poderiam me mostrar tanta coisa, em apenas três dias? Nem eu mesmo sei a resposta, ele era inigualável para mim.

Mas não vou dizer, que isso me ajudou a superar minha vontade de me matar, apenas me ajudou a lutar contra ela, me ajudou a finalizar uma música que eu tentava tocar em toda minha vida, a música da minha própria salvação.

Agora em frente à sua urna depois de alguns anos do acontecido, eu ainda lhe perguntava o porquê de ter me deixado por último a saber sobre toda aquela história de amor? Porque isso era amor, não era?

Entretanto a resposta que tinha sobre este sentimento era simples, o amor não era como nos filmes de contos de fadas, ele era aterrorizante, um suspense seguido de ação.

Me afoguei na solidão, porque depois de tudo isso me sentia deslocado perto de pessoas que me queriam bem, nunca liguei para Hoseok depois daquilo, ou para Bill, ainda estava com medo das coisas que poderiam me dizer e eu não estava bem para encarar toda aquela conversa desagradável.

— Jimin, vim dizer adeus! — coloquei as rosas vermelhas extravagantes, as quais me faziam se lembrar dele — Vou embora para Busan, talvez Seul não seja meu lugar. — Me agachei para ver a foto daqueles olhos verdes que nunca esqueci — E é isso, ano que vem volto para te visitar e espero que as flores que seu irmão plantou sejam vermelhas porque se for brancas, juro que arranco tudo. Te amo!

Essa não foi uma história de amor, muito pelo contrário, acredito que foi uma história de esquecimento, porque até aquele momento eu tinha me esquecido de mim, de quem eu realmente era, do que eu realmente precisava, e para aprender aquilo eu implorava todos os dias para que o tempo voltasse, para que eu pudesse ter um último momento com você. 

Last Moment With YouOnde histórias criam vida. Descubra agora