Adivinhem, a senhorita Pérola entrou na casa de banho cantarolando com um sorriso gigantesco no rosto e brincando nos seus caracóis.
- Olá "sisterzinha"!- ela falou como se estivesse implicando com a menina Cecília
- Oi... Pérola- Cecília respondeu forçando um sorriso, mas ela sabia que era tudo falsidade, só tinha de fingir estar caindo no jogo dela
- vim fazer a minha maquiagem, tenho de estar sempre linda para impressionar os rapazes da minha idade- Pérola ficou na frente do enorme espelho, abriu sua bolsa brilhante e tirou de dentro um potinho de pó rosado, perfume e um batom líquido. Cecília olhava com cara de espanto e quase que teve um ataque de pânico, Pérola começou a passar o pó rosado no rosto para clarear as maçãs e em seguida tomou um "banho" de perfume no pescoço, Cecília tossiu abanando a mão na frente do rosto
- pra quê tudo isso?- Cecília perguntou
- para eu ficar mais cheirosa do que já sou!- Pérola respondeu mandando um beijo para o seu reflexo e em seguida saiu dali deixando Cecília pra trás.- cuidado do meu quarto!- Cecília exclamou baixo saindo da casa de banho das mulheres. Voltaram para a mesa junto da senhora Lumiere, Hugo e George.
- que cheiro fedorento é este? Pérola, não lavas-te as mãos?- Hugo perguntou segurando o nariz- Mãe! Olhe o Hugo implicando comigo- Pérola ficou chateada e deu um pontapé na cadeira do menino Hugo que foi pra trás, ele foi tão longe que bateu na mesa de um senhor e lhe fez derramar o vinho em cima do mesmo
- QUE PORCARIA É ESSA?- o senhor levantou gritando- desculpe meu senhor, foi só uma brincadeira de crianças, eu pago o estrago- senhora Lumiere foi até o homem que estava feito touro bravo
- é bom que a senhora pague o meu vinho e está roupa cara- Cecília não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, ela só queria ver com que dinheiro a viúva iria pagar aquele homem ganancioso e ignorante
- deixe comigo senhora Lumiere, afinal, serás minha futura esposa!- George exclamou deixando Cecília boquiaberta. Realmente o senhor Stuart estava muito enfeitiçado pela "viúva bruxa"George tirou uma nota bem alta da sua carteira para o homem raivoso, como o dinheiro enlouquece algumas pessoas, mais eles tem, mais ele desejam ter.
Cecília sentou com a mão no queixo esperando pela sua sobremesa favorita, depois daquela confusão, o garçom chegou até a mesa com os pedidos. Gelado de chocolate com pequenas partículas de chocolate sólido e derramado por cima leite condensado da Suíça.
- a tua sobremesa parece ser muito mais apetitosa- Pérola observava sua enorme taça de vidro como se queria nadar dentro daquela sobremesa
- nem pense!- Cecília exclamou chegando mais ao lado do pai- se quiseres podes trocar de sobremesa Pérola- George falou e Cecília ficou boquiaberta, porque ele nunca o mandou trocar de prato ou sobremesa, que injustiça! Em um minuto, Pérola tinha conseguido o que queria, a mesma sobremesa que Cecília, mas que invejosa! Pensava Cecília.
Depois do jantar, George e Cecília acompanharam os Lumieres até um caro escuro, eles tinham um motorista particular, e naquela época, só os ricos poderiam ter motoristas.
- foi um prazer jantar na presença de vocês senhora Lumiere!- George falou como um cavalheiro depositando um beijo na costa de mão da viúva, em seguida na Pérola, depois um aperto de mão no menino Hugo. Pérola fingia que não estava reparando que eles já se tinham entrado no carro, brincando com umas pedrinhas no caminho.
- nem despedis-te dos Lumieres- seu pai falou e ainda Cecília continuava a fingir não ouvir e nem ver nada- vamos embora!- e neste exato momento, Cecília ouviu e entrou no carro sem deixar seu pai abrir a porta. O caminho foi todo silêncio e George estranhou o silêncio da filha que não era de costume.Quando chegaram em casa, a menina se atirou na cadeira e pegou num livro cheio de criaturas místicas
- o que aconteceu? Estivestes tão quieta no carro- seu pai sentou do seu lado- vais mesmo casar com a viu...madame Lumiere?- Cecília perguntou com um olhar triste
- sim filha, não se preocupe, ela é uma mulher de coração puro e além disso, precisamos de mais uma mulher para nos ajudar, o que seria de nós país e filhos sem uma mãe?- George sorriu para a menina que mostrou um sorriso fraco- mas tens a mim e eu a ti
- eu sei minha menina, és uma criança e não entendes como é difícil um homem sozinho cuidar da casa e dos filhos, os Lumieres são boas pessoas- George tentava animar a filha, mas para Cecília eles não precisavam da senhora Lumiere, pois eles eram ricos e seu pai poderia contratar empregados e babá. Só que para o senhor Stuart, ser rico e ter vários empregados espelhados pela casa não era sua felicidade, pois a felicidade é ter a casa cheia de crianças e moças de família.
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O ᒍᗩᖇᗪIᗰ ᔕEᑕᖇETO ᗪO ᖴᗩᑌᑎO
Fantasy𝙴𝚖 𝚖𝚎𝚊𝚍𝚘𝚜 𝚍𝚘 𝚜é𝚌𝚞𝚕𝚘 𝚇𝙸𝚇, 𝚞𝚖𝚊 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚎𝚜𝚝𝚊𝚍𝚎 𝚊𝚟𝚊𝚜𝚝𝚘𝚞 𝚊 𝙶𝚛ã-𝙱𝚎𝚝𝚊𝚗𝚑𝚊 𝚝𝚒𝚛𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚊 𝚟𝚒𝚍𝚊 𝚍𝚎 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚊𝚜 𝚙𝚎𝚜𝚜𝚘𝚊𝚜, 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚛𝚞𝚒𝚗𝚍𝚘 𝚝𝚞𝚍𝚘 𝚎 𝚝𝚘𝚍𝚘𝚜. 𝙼𝚊𝚜 𝚗𝚘 𝚖𝚎𝚒𝚘 𝚍𝚊 𝚝𝚎𝚛...