O rapazes se entenderam e entraram em um acordo, Cecília temia o que o menino Miller iria querer em troca. Quando não era algo pra lhe render ele tinha de negociar, às vezes ele era um péssimo negociador.
- olha lá o que vais pedir Miller- Cecília avisou
- bem, eu quero três caixas desses bolinhos que a tua criadagem costuma fazer- Miller respondeu, Cecília se sentiu ofendida com aquela palavra " criadagem".
- não seja idiota, não fale assim da senhora Mariele antes que eu desista de você- Cecília disse com os braços cruzados
- desculpe, desculpe, já não vou mais falar mal dos seus empregados, só trabalhar- Miller disse, indo ao encontro com seus pais
- tens a certeza que ele é um bom negociador?- Hugo perguntou
- bem, às vezes sim, às vezes não, mas não se preocupe porque eu estou de olhos nele- Cecília respondeu
- ou vou andar por aí!- Hugo saiu dali com as mãos na roda enquanto a Cecília, ela foi andar um pouco pra fora de casa sobre as plantas e o céu estrelado.Enquanto caminhava por alguns lugares, ela viu uma luz brilhante voando sobre o céu e entrando no jardim atrás das paredes, podia-se dizer, que era no jardim secreto, o jardim que foi descoberta apenas por ela e Totó.
A menina caminhou silenciosa e entrou passando pelo buraco como na primeira vez, ela tomou um grande susto ao ver muitos pirilampos vagando no jardim, tinha até coelhos branquinhos comendo nas plantas. Uma pequena criatura voou até ela, era uma fada de cor verde, seus cabelos eram pétalas de flor da cor rosa, suas asas eram feitas de folhas de árvores de cor castanho.
- és uma fada?- Cecília perguntou tocando nas suas magníficas asas, a fada respondeu que sim com a cabeça. Em seguida muitas criaturas que ela jamais tinha visto na vida apareceram e foram ao seu encontro, tinha várias outras fadas de cor e espécie diferente, até verduras e legumes podiam sair de dentro da terra, eles tinham pequenas patas, boca, olhos e nariz como um ser humano.
- uau, a senhora Lumiere nem pode saber da vossa existência- Cecília se abaixou olhando pra eles que pareciam curiosos quando a viam. Quando a menina se levantou bateu de costas com algo, ela se virou e viu uma outra criatura, com pernas de cabra, chifres enormes, barbudo, seu rosto e metade do corpo era igual a um ser humano
- não tenhas medo- a criatura disse sorrindo pra ela- eu não estou, quem és tu?- Cecília perguntou
- eu sou o Fauno, vivo aqui a desde o século passado, nunca ninguém me encontrou neste jardim, nem o seu avô- o fauno respondeu, ele tinha um cachecol marron enrolado no pescoço
- conheces o meu avô?- Cecília perguntou sentando um pedaço de tronco
- bem, não muito, mas sei que ele era um homem sonhador como você, um homem amante da natureza- o fauno respondia as suas perguntas, enquanto todas as criaturas olhavam com admiração e curiosidade
- porque eles estou olhando assim pra mim?- Cecília perguntou
- porque nunca viram um ser humano, eles nunca saíram daqui, a não ser eu, os pássaros e as fadas-- desculpe senhor fauno, mas tenho de ir antes que a Senhora Mariele dê conta que não estou na festa, amanhã te vejo- Cecília saiu dali correndo, o fauno acenava pra ela até ela sair pelo buraco. Ao chegar na porta de casa deu de cara com a senhora Lumiere
- Oi minha filhotinha!- exclamou inventando uma voz fina e irritante, Cecília fez cara de nojo. A senhora Lumiere lhe segurou pelo braço e a arrastou pra fora
- escute aqui sua pirralha, se fizeres alguma coisa para arruinar meu casamento, eu te jogo de um precipício- ameaçou Cecília com um sorriso maldoso no rosto, a menina ficou assustada. De longe, as fadas podiam ouvir e observar a maldade da mulher, elas se olharam assustadas e foram contar ao Fauno.
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O ᒍᗩᖇᗪIᗰ ᔕEᑕᖇETO ᗪO ᖴᗩᑌᑎO
Fantasy𝙴𝚖 𝚖𝚎𝚊𝚍𝚘𝚜 𝚍𝚘 𝚜é𝚌𝚞𝚕𝚘 𝚇𝙸𝚇, 𝚞𝚖𝚊 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚎𝚜𝚝𝚊𝚍𝚎 𝚊𝚟𝚊𝚜𝚝𝚘𝚞 𝚊 𝙶𝚛ã-𝙱𝚎𝚝𝚊𝚗𝚑𝚊 𝚝𝚒𝚛𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚊 𝚟𝚒𝚍𝚊 𝚍𝚎 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚊𝚜 𝚙𝚎𝚜𝚜𝚘𝚊𝚜, 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚛𝚞𝚒𝚗𝚍𝚘 𝚝𝚞𝚍𝚘 𝚎 𝚝𝚘𝚍𝚘𝚜. 𝙼𝚊𝚜 𝚗𝚘 𝚖𝚎𝚒𝚘 𝚍𝚊 𝚝𝚎𝚛...