Segundo Capítulo
O barulho das gotas da chuva batendo na janela ecoava pela sala onde os Pevensie e Beaumont se encontravam. Susana estava no maior sofá da sala, com um enorme dicionário em mãos, Pedro em um sofá bem menor, ao lado da irmã, já Edmundo se encontrava jogado no chão fazendo sabe-se lá o que, a jovem Theodosia estava sentada ao lado de Lúcia próximo a janela.
Susana chamou a atenção da loira ao pronunciar a palavra gastrovascular, fazendo se aproximar dos irmãos mais velhos, Pedro por sua vez, não respondeu a fala da irmã.
— Anda logo, Pedro. Gastrovascular.
— Isso é latim? — perguntou o Pevensie mais velho.
— É. — respondeu Theo de forma automática, em uníssono à Susana, que sorriu ao perceber que falou junto com a menor.
— É latim é o pior jogo já inventado. — disse Edmundo se sentando com um pequeno sorriso. — E como sabe que isso é latim, Theo? — perguntou olhando para a garota que estava com as mãos apoiadas nas costas do sofá de Pedro.
— Não há um livro nessa biblioteca que eu não conheça, Ed. Aqui não tem tanta coisa para se fazer quando Dona Marta fica brigando pelo barulho. — disse a jovem tamborilando os dedos sobre a cadeira. — Se conhece muitas palavras e seus significados quando se ler muito.
— Chato. — respondeu o Pevensie mais novo revirando os olhos.
—Oras! Achou que eu sabia disso como? Batendo com o dicionário na cabeça? — perguntou a garota ainda em tom calmo. — Se não quisesse saber, que não perguntasse, Edmundo. — Theodosia pôde ver o garoto dando língua para a mesma, que apenas revirou os olhos e voltou sua atenção para Susana e Pedro.
— Vamos brincar de pique-esconde? — disse Lúcia caminhando até os demais, parando ao lado de Theo.
— Mas já estamos nos divertindo à beça aqui. — brincou Pedro revirando os olhos para Susana.
— Fale por você. — retrucou Edmundo.
— Vamos brincar. Porfavorzinho. — pediu Lúcia com um pequeno sorriso.
— Um, dois, três... — começou o irmão mais velho, e Theodosia deu um sorriso para Lúcia.
— O que? — perguntou Edmundo indignado.
Pedro se levantou e foi até um armário para continuar contando.
A loira correu para fora da sala ao lado de Lúcia.
As duas foram atrás de lugares, mas nada de achar um.Quando Lúcia pensou ter encontrado, Edmundo a empurrou para fora do lugar.
— Eu cheguei primeiro. — disse o irmão. Lúcia deu uma bufada.
— Vamos, Lu. Deixa esse tonto aí, vamos encontrar algo melhor. — disse a garota, com um olhar de reprovação para Edmundo.
Não demorou muito para Theodosia achar um lugar. Ela se escondeu na sala de artefatos, atrás da porta.
O lugar era óbvio, mas por ser óbvio a garota pensou que poderia ganhar o jogo assim.Já Lúcia, continuou correndo em busca de um bom esconderijo. Abrindo porta por porta para ver se encontrava algo, mas a maioria estava trancada, exceto a última que tentou. A porta estava apenas encostada. Quando a abriu, pôde ver um móvel enorme, coberto por um lençol branco. A curiosidade da garota falou mais alto que a lembrança da brincadeira que estava participando, o que a fez ir até o móvel e puxar o lençol. Era um guarda-roupa.
Ao escutar a voz de Pedro contando, a garota logo se lembrou do porquê havia entrado naquela sala e adentrou no guarda-roupa, na esperança que o irmão não a encontrasse ali.Esse capítulo foi meio curto, mas espero que tenha gostado, caso sim, deixe uma estrelinha para ajudar a chegar em mais fãs de Nárnia.
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𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: O Leão, A Feiticeira e o Guarda Roupa
FantasyTheodosia sempre foi apaixonada por livros, mas não esperava que sua vida fosse se tornar digna de um, após os irmãos Pevensie irem para a casa no campo de seu avô durante a Segunda Guerra Mundial. Agora ela e irmãos precisam enfrentar a autodeterm...