Príncipe e Princesa Reencontram a Rainha

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Décimo Capítulo

A garota sentiu seu corpo sacudindo, e ao abrir os olhos, pôde ver Lúcia a sua frente.

— Acorda, Theo! Srª Castor falou que o Edmundo está de volta. — disse Lúcia entusiasmada.

A loira esfregou seus olhos, enquanto se sentava tentando processar a informação dada pela mais nova dos irmãos.

— Vamos! Levante, Theo! — disse Lu puxando a mão de amiga, que apenas se contentou em obedecer a garotinha.

Logo que Theodosia saiu da tenda, observou Aslam e Edmundo se aproximando dos irmãos.

— O que passou, passou. Não vale a pena falar sobre o ocorrido. — disse o Leão, e logo em seguida se retirou, deixando as crianças a sós.

Theodosia observava Edmundo com atenção, o garoto estava cabisbaixo, com alguns machucados, e parecia envergonhado com o que aconteceu. A garota se sentiu mal por vê-lo daquele jeito.

Lúcia foi a primeira a ir até Edmundo, o dando o abraço, que, pareceu ajudá-lo a recuperar parte de suas forças, seguida de Susana. Assim que a irmã se afastou dele, o garoto observou Theodosia, a loira estava com uma expressão que ele não soube decifrar qual era, mas lhe parecia algo entre preocupação e raiva, mas logo a mesma abriu um sorriso e correu em direção ao moreno o abraçando.

— Eu fiquei tão preocupada, seu tonto! — disse a garota ainda abraçando ele, e pode ouvi-lo dá uma pequena risada anasalada, envolvendo a cintura da garota com os braços.
Edmundo ficou feliz em vê-la falando com ele outra vez, nos últimos dias ela mal se dirigia ao garoto, a menos que fosse para repreende-lo. E por mais que ser repreendido já não fosse nada agradável, ser por Theodosia lhe parecia pior, além das vezes que ela o ignorava. Ah, Edmundo preferia que ela gritasse com ele, do que não dissesse uma palavra sequer. — Fico feliz que esteja bem, Ed. — a loira finalmente se afastou do garoto.

— Todos estamos. — Pedro finalmente se pronunciou olhando para o irmão.

— Você está bem? — perguntou a irmã mais velha.

— Um pouco cansado. — respondeu o garoto sorrindo.

— Descanse um pouco. — disse Pedro apontando para sua tenda com a cabeça. Edmundo apenas caminhou em direção ao lugar. — Edmundo. — chamou o loiro novamente, e o mais novo se virou para o irmão. — Tente não se perder. — disse o garoto sorrindo, o que arrancou um sorriso do menor, e das três garotas.

Após a volta do amigo, Theodosia se sentiu mais leve. Era menos uma coisa para a garota pensar em meio a tudo aquilo.

A mesma viu Aslam de costas em cima de uma pedra e foi até o mesmo, mas antes que pudesse falar, Aslam notou sua presença.

— Há algum problema, minha querida? — perguntou o Leão calmamente. E a garota foi até o lado do mesmo.

— Só uma dúvida, na verdade, senhor. — disse a garota olhando para o chão. Theodosia não sentia que era digna de olhar diretamente para o leão. — Por que uma caneta? Por que não uma espada comum como a do Pedro? — perguntou a garota. — Ou até mesmo um arco como o de Susana? Sou boa com arcos.

— A história precisa ser vivida, de fato. Mas também precisa ser contada. E acredito que não há ninguém melhor que você para contar sua própria história. — disse Aslam como se aquilo fosse algo óbvio. — Você não é uma garota comum, e nem quer ser uma, não é mesmo, Theodosia? — a garota afirmou levemente com a cabeça. Uma parte do corpo da loira vibrou ao ouvir a fala do Leão. — Você precisará saber quando usar a diplomacia ou agir para lutar pelo que acreditar ser correto. A caneta representa a forma pacífica de resolver as coisas, querida, a espada é para caso isso não resolva. — respondeu Aslam com o tom majestoso de sempre.

𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: O Leão, A Feiticeira e o Guarda RoupaOnde histórias criam vida. Descubra agora