2. Maldito Bieber

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A localização caiu agora
Pé no acelerador como se estivesse fugindo da polícia agora
Oh, que desculpa
Você escolheu dançar com o diabo, e você teve sorte

Point Of View's Ashley Russell

Estados Unidos - Nova York, Manhattan.

Fecho as portas com força e pulo no lugar, assustada com o som alto que estremece a varanda da mansão.

Por Deus, ela deve estar com os olhos em brasas nesse momento. Querendo pular no meu pescoço e me sufocar com suas unhas finas, de mulher burguesinha.

Foda-se não dou a mínima se ela está com ódio de mim ou não. Há alguns anos atrás eu me importaria, me humilharia para ter sua atenção.

Todavia, não mais. Dedicava-me a ser tão indiferente quanto ela.

- Você está gostosa pra caralho. Uau! - Exclama alto, assobiando.

Dentro da Bugatti extravagante, Henry me encarava com um sorriso malicioso nos lábios e a cabeça tombada para o lado. Agradeço com um beijo no nariz e um afago nos seus cabelos castanhos, alinhados em um topete charmoso.

- Você não está nada mal também.

- Agora me diga, o idiota dessa vez é pelo menos simpático? - Indaga, com uma expressão indecifrável.

- Err, um pouco? Não tivemos muitas oportunidades de nos conhecer.

Ele suspira.

- Não consigo acreditar que ela insiste em levar esses caras para dentro da própria casa. Você deveria se impor mais, Ash, é sua também.

Se fosse tão fácil...

- Eu sei. Mas, para evitar mais brigas, prefiro não discutir.

- Argh, esse é o seu mau, ser boa demais com ela. Não me surpreende em nada ele ser mais jovem do que ela.

- Pois é. Ela até que se superou. - Sorrio maliciosa e ele me repreende com o olhar.

- Deve ser mesmo pra você estar assanhada assim.

- Henry!

- Ashley!

Rio e volto a provocá-lo. Era meu hobby preferido, afinal.

- O que ele tem de tão interessante, hein? - O loiro se faz de desinteressado e eu abafo o riso, achando graça.

- O que tem no meio das pernas ou os milhões de zeros na conta bancária dele. - Dou de ombros e ele revira os olhos. - E Bella e Anne?

- No seu aguardo. Faltaram me crucificar.

- É?

- É. Elas são loucas da mente. Qualquer coisinha quer pular nas pessoas. Nunca perdem uma.

- Não é de se duvidar que elas façam mesmo. Por isso são minhas amigas.

Tão rápido que começou o assunto, terminou. - Aliás, que tal uma praia amanhã? Férias, mar, balada...

- Não precisa falar duas vezes.

O som alto dava para se escutar com nitidez a quatro quarteirões de onde a festa rolava. Não desejava estar na pele dos vizinhos do anfitrião agora.

Henry agarra minha mão, na intenção de nós não nos perdemos entre tantas pessoas. O cheiro de álcool e drogas impregnava todo o ambiente. Se não estivéssemos tão afamiliados com essas sensações, com certeza teríamos uma queda de pressão ou algo ainda pior. Enquanto adentravámos, vários olhares maliciosos e cruéis - de quase todos -, eram voltados para nós.

Ousada AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora