- Como... Como assim? Ela... Stefani morreu? -Minha respiração falhou.
Steve sentou em uma das cadeiras.
- Ela está em um estado muito arriscado. Foi por isso que me mandaram sair da sala, eles têm que fazer uma cirurgia ou sei lá o que. Não me dizem nada. -Ele passou as mãos pelo rosto. -O parto foi horrível, toda hora tinha um problema, Stefani fez muita força perdeu bastante sangue. -Steve soluçou - Ela quase desmaiou depois do menino nascer e a menina ainda estava lá dentro.
- Oh meu Deus! –Me sentei em uma cadeira ao lado dele.
Steve queria falar mais alguma coisa só que não parava de chorar. Passei minha mão para cima e para baixo nas costas dele.
- Quando eu sai da sala estavam usando aquela máquina de dar choque para reviver a pessoa.
Parei todos os meus movimentos, minha boca secou e minha garganta fechou.
- Ela não pode morrer agora. Eu não posso cuidar desses bebês, sozinho, eu não posso ser viúvo, e-eu... Eu tenho um emprego que exige muito de mim. Se ela morrer eu não sei o que vou fazer, não vou largar meu trabalho pra ficar com crianças, não posso. N-não po-posso -Steve se levantou a começou a andar para um lado e para o outro.
- Steve... Eu posso te ajudar. -Murmurei
- N-não! Não eu não posso. Isso não é para mim, eu não posso ser o pai dessas crianças. Não posso ser pai sozinho.
- STEVE! -Gritei agarrando os ombros dele -ELES ESTÃO FAZENDO O POSSÍVEL EU SEI QUE ESTÃO. STEFANI VAI FICAR VIVA MERDA FICA QUIETO
- Essa gravidez foi tão arriscada. -Ele passou as mãos pelos cabelos - Ai você chegou e ela piorou. Era só pensar em você que dava surtos, se sentia culpada por tudo, chorava escondida, se trancava em lugares escuros e fazia só Deus sabe o que.
- Não venha colocar a culpa para cima de mim! -O empurrei pelos ombros.
- E a culpa é de quem?
- Não é minha! Você acha que eu fazia de propósito?
- Sim!
- Você é um desgraçado! Eu nunca fiz nada para machucar a Stefani. NUNCA. Se ela fez coisas ruins no passado nunca foi culpa minha eu sempre fiquei na minha.
- PRIMEIRAMENTE VOCÊ NASCEU! -Ele gritou na minha cara. -DE UM HOMEM QUE NEM A STEFANI SABEM QUEM É
- Pai! -Max interferiu o puxando para longe de mim.
- FUI EU QUEM METI O PÊNIS DO CARA NA VAGINA DELA? FUI EU QUEM MANDOU ELA ENGRAVIDAR? PORRA VOCÊ NÃO PODE ME CULPA POR UMA COISA QUE ELA FEZ PORQUE QUIS
- ELA ESTAVA BÊBADA!
Grunhi avançando no homem a minha frente.
- EU NÃO PEDI PARA NASCER CARALHO
Eu batia meus punhos com força em não sei o que, meus olhos estavam fechados e eu só sabia gritar, bater e me debater. Mesmo quando abria os olhos minha visão era embaçada pelas lágrimas.
- EU SINTO RAIVA DA LERDEZA DELA POR NÃO TER ABORTADO VOCÊ! –Ele berrou
- AH É? IMAGINA SE ELA ABORTA OS SEUS FILHOS. APOSTO QUE VOCÊ ADORARIA QUE ISSO ACONTECESSE JÁ QUE NÃO É HOMEM O SUFICIENTE PARA CUIDAR DELES SOZINHO
- EU SÓ NÃO TE BATO PORQUE NÃO SOU COVARDE! -Ri alto
- NÃO É? HÁ UM MINUTO VOCÊ ESTAVA FALANDO QUE NÃO CONSEGUIA CUIDAR DE UMA CRIANÇA SOZINHO E DEPOIS ME AGREDIU COM PALAVRAS. VOCÊ É COVARDE SIM SEU FILHO DA PUTA
