Capítulo 1

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O barulho agradável da chuva lá fora preenchia o local iluminado por algumas velas que flutuavam devagar próximo do homem de cabelos castanhos que se encontrava imerso ao um livro de capa escura, o som de chuva ajudava a sua concentração.
Em um rápido relâmpago ele levantou o olhar para a janela a sua frente e soltou um pequeno sorriso.

- Achei que nunca mais ia te encontrar... - O homem de cabelos platinados que apareceu no quarto dirige o olhar para o outro que virou para encara-lo. - Porém, o seu ex-aluno que vive atrás de você como um cachorro, pegou algo que me pertence, como odeio aquela menino.

- Boa noite Grindelwald - O homem respondeu sério observando atentamente o platinado sorrir andando até uma das velas

- Não me chame pelo sobrenome, sabe que assim eu penso que estar com raiva de mim - ele faz uma feição triste olhando a vela que flutuava até próximo do seu rosto

- E quem te garante que eu não estou com raiva de você? - ele cruzou a perna - Eu tenho vários motivos

- E eu tenho UM apenas, para acreditar que não está  - com um rápido sopro ele apaga a vela e volta a olhar o mais novo que permanecia o olhando sério- Que foi Alvo? - ele caminha devagar na direção do homem que virou -se de costas na cadeira

Grindelwald caminhou até o outro e pôs as mãos em seus ombros apertando o local

- Você estar tão sério - ele falou próximo ao ouvido do outro fechando os olhos para sentir o perfume  meio azedo de limão que ele reconheceria de longe - Tão... tenso.

O albino abriu os olhos novamente e observou o objeto que procurava na sua frente depositado na mesa, apertou mais uma vez os ombros do outro e com um aceno de mão a cadeira que estava até pouco tempo do outro lado do quarto aparece atrás dele, puxou a calça mais para cima e sentou cruzando a perna por cima da outra, então só o barulho da chuva fraca se fazia presente, ele estreitou os olhos enquanto olhava impaciente para o outro na sua frente, sentia que tinha algo errado.
O silêncio era apreciado por ambos, mas naquela ocasião estava sendo torturante, não se viam a vários anos, então Alvo suspirou profundamente e conjurou seu patrono, uma fênix, que vôo pelo quarto sendo acompanhada pelo olhar maravilhado de Grindelwald, Dumbledore deitou a cabeça sobre a mesa observando o outro olhar para a fênix que desapareceu na janela, sentiu o olhar do outro se encontrar com o seu e decidiu quebrar o silêncio.

- Você sabe o quê é isso? - Ele fala e recebe uma feição tediosa do outro

- Um patrono, ora. - Grindelwald respondeu revirando os olhos

- Você ainda carrega o mesmo olhar admirado toda vez que me vê conjurar o meu patrono - Ele fala fechando os olhos

Grindelwald aproximou-se mais do outro deixando seus rostos próximos

- Lembra daquele dia no campo? - Alvo fala ainda de olhos fechados, sentindo o cheiro amadeirado do outro preencher seu pulmão - Lembra do que me disse?

- E como eu poderia esquecer...O melhor dia da minha vida - O albino responde passando as pontas dos dedos sobre a palma da mão de Alvo que sorriu

...

O céu estava sem qualquer indício de nuvens e um vento leve trazia o cheiro agradável de várias flores diferentes, era verão em Godric's Hollow, a época do ano preferida do jovem Alvo Dumbledore, deitado sobre o verde gramado sentindo a brisa bater no seu rosto enquanto estava de olhos fechados deixando-se levar pelo cantar dos pequenos pássaros na árvore atrás de si.

Sentiu uma presença se aproximar e abriu os olhos virando seu corpo na direção da árvore encontrando o rapaz de cabelos tão loiros que ele nem sabia se podia considerar aquilo como cor, outro detalhe no garoto chamava atenção de Alvo e de qualquer outra pessoa, os olhos com heterocromia, era o que Dumbledore mais apreciava na beleza do rapaz.

- Estava pensando em mim, eu espero - Gellert fala se dirigindo ao outro rapaz sentando próximo dele

- Talvez - Dumbledore sorriu esfregando de leve seus olhos

- Vem - Gellert faz um sinal chamando Alvo para deitar sua cabeça em seu colo - Vou ler

Alvo começou a engatinhar até Grindelwald que levantou um braço para o outro deitar sua cabeça em seu colo. Gellert se encostou no tronco da árvore e observou Alvo se acomodar no seu colo, depois que o outro terminou de se remexer ele depositou sua mão em seus cabelos castanhos entrelaçando-os nos seus dedos e fazendo um carinho no local, pegou um livro com a capa roxa e dirigiu sua atenção para ele.

Alvo observava cada detalhe do rosto do outro, havia conhecido Gellert naquele mesmo verão e suas ligações foram espontâneas, era como se algo mais forte que ambos quisesse que eles se tornassem amigos, ambos ambiciosos e de grande inteligência, eram perfeitos um para o outro, era o que Alvo pensava. Ouviu a história típica Alemã que era a origem do outro rapaz, sentiu cada carinho em sua cabeça e sorriu quando Grindelwald o olhou

- Fim. - O loiro falou fechando o livro e pondo na grama ao seu lado - O quê achou?

- É intrigante - Alvo respondeu - Porque ela quis ir contra ele? Ele não era o grande amor de sua vida?

- São lados opostos, meu bem - Grindelwald falou olhando para o campo - Acho que ela não iria conseguir ver seu grande amor definhar em busca de algo completamente caótico.

- Tem razão... - Alvo olha para o céu - Acho que eu não seguiria um caminho obviamente ruim, por mais que eu amasse quem estava nele.

Gellert o olhou com um curto sorriso e aproximou seu rosto do de Alvo que logo ficou vermelho

- Sorte a nossa de não corremos esse risco -O loiro falou olhando nos olhos do outro que apenas sorriu - O mundo é bem melhor com você Alvo

- O meu é bem melhor com você também Grind - Alvo respondeu sentindo uma sensação estranha na barriga

Então Grindelwald sorriu e puxou o rosto do outro para mais próximo do seu, ambos sentiram a respiração quente um do outro bater em suas faces, Gellert olhou nos olhos de Alvo e depois para sua boca depositando um pequeno beijo no canto dela, olhou mais uma vez para Alvo que estava com os olhos fechados e colou seus lábios de uma vez, pôs a mão no rosto de Dumbledore que por sua vez estendeu os braços abraçando o pescoço do loiro. Era um momento mágico, Dumbledore sentiu que poderia ficar naquele momento por toda sua eternidade, o encaixe de suas bocas eram perfeitos, mas a falta de ar já estava sendo insuportável para ele que virou a cabeça e recebeu dois breves beijos na bochecha.

- Olhe para mim - Gellert pediu- por favor
Dumbledore virou para encara-lo, ele tinha as bochechas vermelhas e um sorriso largo estampando em seu rosto, ele sentiu ao mãos de Gellert segurar seu rosto - Prometa ser sempre só meu

Alvo sorriu

- Se você prometer primeiro - Ele respondeu fazendo Grindelwald franzir o cenho

- Eu prometo - Grindelwald falou sério - Ser só seu - depositou um beijo em Dumbledore

- Eu prometo - Alvo respondeu entre o beijo

- Em breve meu amor, será só eu e você como reis nesse mundo. - Grindelwald respondeu alegre

- Eu e você para sempre? - Alvo entrelaça suas mãos

- Claro, eu e você juntos contra todos aqueles que não queiram nos aceitar do jeito que deve ser - Gellert sorriu

Promessas Vazias -Grindeldore Onde histórias criam vida. Descubra agora