capítulo 2

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O clima estava estranho, Dumbledore abriu os olhos e encontrou os de Gellert que o observava sem expressão, levantou sua cabeça olhando para o pacto na sua frente.

- Sabe que não vou te entregar isso não é? - ele pegou o objeto e encarou o outro que continuava sem expressão - Não é tão fácil assim

Alvo revirou os olhos quando percebeu que o antigo companheiro continuava imóvel, sem expressão em seu rosto, sabia o que aquilo representava, continuou o observando levando a conclusão que velhos hábitos não morriam realmente.

- Está saindo fumaça da sua cabeça Gellert, pare de pensar, era só uma lembrança boba - Alvo respondeu debochando do outro. Gellert costumava se "desligar" quando pensava, ele simplesmente só deixava o corpo presente basicamente.

-Achei algo engraçado - O albino se levantou

- Mais engraçado que ver você pensando? - Alvo coçou a barba dando um sorriso

-A história que li para você naquele dia - Grindelwald olhou para os sapatos por breves segundos até continuar- É igual a nossa

Alvo franziu o cenho e virou para encarar Gellert que pôs as mãos para trás

- Não ouse - Alvo apontou seu dedo como se ameaçasse Gellert

- O quê? Dizer que foi por sua causa que não estamos juntos, Dumbledore? - Gellert sorriu pequeno - Que você tinha medo do que as pessoas daquela vila idiota iriam falar?

- Você me usou - Dumbledore aumentou o tom da voz - Simplesmente me fez acreditar que eu era uma ameaça a nós dois - ele sentiu o nó na garganta se formar

Gellert apenas observou Alvo falar em voz alta enquanto apontava  dedo na sua direção, sabia que o Dumbledore precisava daquele momento ele também precisava. Observou o outro mexer negativamente com a cabeça enquanto olhava para o chão procurando palavras para continuar.

- Eu era um tolo de acreditar que você poderia realmente amar alguém. - Dumbledore o olhou - Nada melhor que usar o garoto idiota que sonhava em ter seus pais de volta, o menino que reprimia todos os sentimentos porque se achava um estranho por gostar de outros meninos, eu acreditei em você seu... idiota - Ele jogou um livro na direção de Grindelwald que desvia facilmente

Alvo sentiu a primeira lágrima descer e deixou, já não adiantava manter as aparências na frente de Grindelwald, o encarou mais uma vez e sentiu a raiva subir mais uma vez

- DIGA ALGUMA COISA...- Ele gritou fazendo Gellert fechar os olhos- SEU BABACA!

- Você fala demais... - Grindelwald acenou de leve a varinha lançando um feitiço abafando todo tipo de som do quarto, ninguém de fora daquele cômodo poderia ouvir algo

Dumbledore esfregou a costa das mãos nos olhos limpando as lágrimas enquanto se apoiava na escrivaninha

- Você mudou Alvo, de certa forma - Gellert parou em frente de Dumbledore- Você sempre foi um bom ouvinte, eu que costumava passar horas a fio contando toda minha expectativa para o futuro e veja só quem é o tagarela.

...

- ...então eu e você como grandes bruxos, sábios... e temidos por várias nações tanto bruxa quanto trouxa, conhecidos por várias dinastias.

O rapaz fazia gestos com as duas varinhas em suas mãos, enquanto olhava para o outro deitado sobre o gramado o olhando com um sorriso

- Poderíamos ter nossos nomes invocados quando pedirem conselhos - Gellert fala empolgado - Assim como o grande Merlin - ele olha para o céu com um breve sorriso - Será fantástico

Promessas Vazias -Grindeldore Onde histórias criam vida. Descubra agora