Baby

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Normalmente nada assustava Percy Jackson mais do que a cadeira de Genética evolutiva, mas ver Leo conversando empolgado com o professor Apolo, igualmente empolgado, fez com que ele tivesse um breve calafrio. E quando viu Leo apontando para si no corredor, tendo acabado de sair da aula de genética evolutiva, o calafrio havia voltado para ficar.

— Olha ele ali — Leo falou alto o suficiente para que Percy escutasse, mesmo estando bastante longe e com certa quantidade de barulho no corredor.

E quando Percy se deu por si, ali estavam Leo e o professor de música indo de encontro ele, e ele não sabia se fugia ou enfiava a cabeça no chão que nem um Avestruz. Percy odiava chamar a atenção, e ter eles dois indo em sua direção adicionando o fato de Leo ter praticamente gritado e apontando para o Jackson, atrai olhares estranhos.

— Senhor Jackson — Apolo, um homem jovem, alto, bonito e loiro, que Percy nunca havia acreditado ser um professor, estava parando bem a frente do moreno — O senhor Valdez me contou umas coisas bem interessantes a seu respeito, e a de seu primo.

Percy olhou mortalmente para o amigo, já imaginando do que se tratava. Pelo amor dos deuses, ele era professor de música, não tem que ser um gênio para entender o que ele queria.

— Senhor, antes que continue, a minha resposta é não.

Apolo arqueou uma sobrancelha, e Leo fez uma careta para Percy, como se mandando ele ficar calado.

— Então já sabe o que eu ia falar? — Apolo sorriu.

Percy deu de ombros, indicando o quão óbvio era.

— Senhor Jackson, se me permite dizer, você, seu primo e seu amigo aqui, tem muito talento para ser jogado fora.

— Não sei o que o Leo te falou, mas cantamos casualmente, não foi nada extraordinário.

Apolo arqueou novamente a sobrancelha, com um sorriso levemente vitorioso.

— O Valdez não me disse nada, Senhor Jackson — Percy olhou uma interrogação estampada — Eu ouvi vocês.

Percy olhou para Leo, Leo olhou para Percy. Apolo olhava para ambos, sorrindo simpático. Percy olhou para Apolo.

— Você viu a gente na quadra? — Percy perguntou, para confirmar novamente.

Apolo assentiu.

— Então você... — Percy fez uma careta de nojo — Tava espionando a gente?

Apolo em menos de um segundo mudou totalmente sua expressão, indo de simpatia para surpresa.

— O que? Não.

— Ata, e por que você estaria olhando três estudantes sozinhos em uma quadra no horário da manhã?

Apolo tentava voltar à compostura, mas Percy sabia como mexer com as pessoas. Leo apenas segurava o riso atrás do professor, sabia o que Percy estava tentando fazer.

— Senhor Jackson, por favor, não fale isso aqui, as pessoas vão pensar coisas.

— E não tem algo para pensar não?

Apolo sentia-se desafiado, era o que de fato Percy estava fazendo, e o professor notou.

— Senhor Jackson — Falou sorrindo novamente, mas não como antes — Por que ao invés de tentar me afastar, não aceita o talento que tem? — Percy desfez o sorriso — Eu estou falando sério, vocês são realmente talentosos e convido para que venham a sala de música, que tal manhã de manhã? — Percy não respondeu.

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