Abri os olhos e me debati com uma cortina branca e também com a minha mãe, na frente da cama me olhando, como se eu fosse uma obra de arte magnífica, e foi aí que eu percebi que eu estava de volta ao meu quarto, saudade do meu quarto.
Me sentei na cama e me assustei ao olhar para o meu braço que estava todo enfaixado, ou seja eu não poderia usa-lo por não sei quanto tempo e ainda era o braço direito, eu também não vou poder escrever. Minha mãe vendo minha cara assustada resolveu explicar.
- Ah você quebrou o braço e ele vai ficar enfaixado por um tempo inderteminavel.
- O que? Mas e o colégio?Como vou escrever?
- Calma filha, depois você pede a matéria para uma das suas amigas.
- Eu odeio ter que ficar dependente das pessoas- Falei indignada e me legantando para trocar de roupa, fui abrir meu guarda roupa e nossa como é ruim não poder usar a mão e o braço direito.
- Filha, eu sei que não é confortável mas é temporário- Minha mãe falou, sentando na minha cama. Olhei para ela e balancei a cabeça afirmando.
- Eu vou me trocar agora- Dei uma indireta para ela que logo percebeu que era pra sair. Ela saiu rindo e dando uma ultima olhada fechou a porta. Coloquei a roupa casual com um pouco de dificuldade mas consegui me virar sozinha aliás, eu consigo.
Estava descendo para tomar café da manhã e no caminho me lembrei da queda, na minha memória tudo acontecia em câmera lenta.Eu, obviamente, não gostava daquela cena mas também não me arrenpendi de ter ido lá ver Luisa e depois ter pedido para levar o prato dela, nem um pouco. Cheguei na cozinha e senti o aroma delicioso dos biscoitos que Joana faz. Cheguei e fui logo para onde estava os biscoitos.
- Ei mocinha! Espere eu colocar na mesa- Joana falou dando uma batidinha na minha mão que estava preste a pegar um dos biscoitinhos.
- Tudo bem... É que está com uma cara ótima.
- É, eu lembro que você e sua irmã sempre chegavam aqui e pegavam um biscoito escondido logo depois saiam correndo, vocês achavam que eu nunca via e eu ria muito de vocês!
- Ah! Você sempre soube! Eu me lembro era divertido.
- vocês não mudam com isso- Começamos a rir, aquela era uma boa lembrança e que eu não quero esquecer. Ela olhou para o meu braço, se lembrando que eu quebrei o braço e que agora terei que fazer tudo com a mão esquerda.
- E como está o braço?
- Bem, até agora.
- Que bom, tomara que você melhore esse braço logo- Ela falou e bem na hora Luisa chegou ja cozinha com os olhos arregalados olhando para os biscoitos.
- A meu deus! Biscoitos!!- Ela gritou e ficou la implorando para a Joana dar um para ela, mas a Jo não ia dá ate a hora de colocar na mesa com certeza. Sorri e saí da cozinha indo para a sala, onde estava meu pai lendo um jornal na poltrona.
- Bom dia pai.
- Bom dia filha, gostou de voltar pra casa?
- Claro! Quem suportar aquele lugar?
- É, que pergunta a minha, claro que gostou- Me sentei no sofá e peguei o controle da televisão para ligar ela, papai ficou me olhando então eu parei o que estava fazendo e decidi olhar para ele também.
- Está conseguindo se virar sozinha, mesmo com um braço?
- Estou, não é TÃO difícil- Falei ligando a televisão, que estava passando a doutora brinquedos, como sempre de manhã não estava passando nada interessante eu desliguei e fui me sentar na mesa para esperar o café que já estava quase todo pronto. Me sentei na mesa e Luisa logo após sentou também feliz por poder comer logo os biscoitos, papai e mamãe também se sentaram e finalmente podemos começar a comer. Como não sou canhota tive dificuldade de comer e Luisa vendo isso, aproveitou para me estressar.
- A nenezinha quer que eu dê na boquinha? - Ela disse fazendo biquinho e uma voz de quem estava falando com um bebê, parei de comer e olhei para ela com raiva.
- É melhor você ficar queta! Só porque estou com um braço quebrado não significa que eu não posso mais me defender!- Falei me encostando na cadeira.
- Luisa! Vai comer quetinha a sua comida!- A mamãe falou fazendo com que ela abaixe a cabeça e comece a comer. Gesticulei com a boca " ta vendo" para ela que se irritou e virou para a frente. Terminei de comer meio que depois de todo mundo, escovei meus dentes e subi para meu quarto, ao chegar lá peguei meu livro O Reino das vozes que não se calam e fui lê no grande sofá que tem de baixo da minha janela.Eu adorava aquela livro, mas por algum motivo não consiguia prestar atenção na história,parei de ler e fui guardar o livro na minha estante.Desci as escadas novamente indo a cozinha para falar com minha mãe.
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A Outra Metade
Roman d'amourQuando eu era menor sempre acreditei em finais felizes, príncipes e todas essas coisas mas agora que eu cresci e não acredito mais nisso acho que finalmente encontrei a minha outra metade...