Capítulo 25 - Alec

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Acordo sentindo muita dor por todo o meu corpo e ao tentar me mexer sinto um corpo deitado ao meu lado e mesmo sem abrir os olhos eu sei quem está  ao meu lado. 

Maya.

Abro os olhos devagar e olho para ela e vejo sua expressão cansada e seus olhos inchados, mesmo dormindo ela parece sofrer e isso quebra o meu coração, ela se mexe e aos poucos vai despertando e quando o seu olhar encontra o meu ele se enche de lágrimas e ela me abraça forte e mesmo sentindo uma dor terrível eu não afasto ela e de alguma forma mesmo todo quebrado eu retribuo o abraço mesmo que seja sem força alguma afinal estou com a porra de um braço engessado.

-Estou aqui Maya. -Falo e ao me ouvir seu choro aumenta e o aperto em mim também. 

Acabo soltando um gemido de dor e ela me solta rapidamente.

-Me perdoa Alec. -Fala e tenta se levantar da cama mas eu não permito e a puxo para os meus braços.

-Calma. -Falo.

Maya me olha com tanta tristeza que meu corpo gela e eu sei o que o seu olhar significa. 

-Ele está morto não é? -Pergunto sentindo um nó na garganta. 

-Sim. -Sussurra e começa a chorar. 

Abraço a Maya como posso e choro com ela. 

Perdi meu amigo.

Meu irmão.

-Me perdoa. -Maya pede novamente de cabeça baixa quando nos afastamos. 

-Olha pra mim. -Peço e quando ela não olha eu forço sua cabeça até que o seu olhar encontre o meu. 

-Você não tem culpa de nada Maya e jamais me peça perdão por nada eu escolhi viver isso e não me arrependo. -Falo firme.

-Eu falhei com você Alec e deixei aquele maledetto te tocar. -Fala com pesar. 

-Você matou ele? -Pergunto. 

-Ainda não. -Respondo com raiva. 

-Eu quero estar lá Maya quando esse filho da puta morrer. -Peço.

-Está bem. -Fala.

Depois disso a Maya se levanta para chamar o médico e ao me ver sozinho começo a me sentir sufocado e fecho os olhos com força não querendo deixar a minha mente ir de volta para o inferno que vivi, respiro fundo e consigo controlar o medo, ouço a porta abrir e fico de olhos fechados

-Fratello. -Ouço a voz do Pietro e em seguida sinto ele tocar a minha cabeça. 

-Maldito seja o dia que aquele maledetto nasceu. -Fala com ódio.

Abro os olhos e vejo ele em pé ao lado da minha cabeça e assim como a Maya ele está visivelmente esgotado e está de cabeça baixa. 

-Pietro. -Falo e ele rapidamente me olha. 

-Alec. -Sussurra e fica em silêncio me olhando com um olhar de culpa e medo. 

-Estou bem Pietro. -Falo tentando acalmar a sua culpa. 

Antes que ele tenha a chance de falar alguma coisa o médico entra sendo seguido pela Maya. 

-Maya Matarazzo. -Pietro fala e começa a andar em direção a Maya. 

Maya não fala nada e apenas olha para ele.

-Tem noção de como eu fiquei preocupado quando não te vi no quarto onde eu te deixei? - Pietro fala baixo mas a sua raiva e nítida. 

Ainda sou eu ( Dangler livro 2 )Onde histórias criam vida. Descubra agora