Cisne Negro

Minha cultivadora

Para quem quiser ler com trilha hehe...

  A viagem foi mais longa do que Sami esperou. Porém a paisagem era tão bela e interessante que seu comum enjoo e desgosto por voar agarrada em um daqueles passarinhos ficou um pouco de canto.

Florestas, praias e então aquele oceano azul reluzente lhe enchiam os olhos.

E pela imensidão de água eles voaram e voaram como se nunca fossem descer outra vez. O dia cedeu espaço a noite e uma imensidão de estrelas reluzentes e imensas como nunca tinha visto antes e até então nunca prestou a devida atenção desde que chegou.

Era uma festa aos olhos, era algo surreal e tão belo que não queria fechar os olhos nem ao menos para cochilar e perder toda aquela vastidão azul profundo e branco brilhante e por isso estava meio enevoada e lenta quando mais um sol nasceu e por fim viu terra outra vez.

O voo devia estar em um ritmo bem veloz porque foi com o retornar de florestas no horizonte que percebeu que seus cabelos já estava todo emaranhado, mas incrivelmente não sentiu frio ou desconforto, era como se os braços do Sansão lhe transmitissem calor e pouco efeito da velocidade e frio no vento que cortavam com tanta rapidez.

— Devemos estar a cem quilômetros por hora.

Comentou tentando cortar o silêncio de tanto tempo entre os dois.

— Bem rápido, se é isso o que deseja saber – Ele disse sem emoção como sempre. E então a prendeu mais em seu corpo enquanto planava sobre inúmeras nuvens – Você estava apreciando tanto a paisagem que não diminui a velocidade, assim seguimos a noite por mais tempo.

Sami ofegou, mas ficou sem palavras. Ele tinha feito aquela corrida insana, quer dizer, voo insano, por sua causa?

WoW!

Ela suspirou e percebeu que tinha de parar de implicar com eles, no fim, aquele cara até que era amigável. Um pouquinho...

— Veja, vamos atravessar as montanhas Kulun.

Ele disse de repente quando desceram das nuvens e ela pode ver uma longa e bela cadeia de montanhas imponentes se estender por todo o cenário.

— Kulun?

— Montanha de deuses, mas os antigos, esses que já não estão mais entre nós.

Sami assentiu, mas não era como se tivesse entendido. Não entendia muita das coisas daquele mundo louco, ainda assim começava a ficar interessante com o tempo.

E então quando acabou aquelas tais montanhas divinas, voltaram florestas, vilas, campos e rios. Era um colírio aos olhos, sinceramente, era um mundo verde, de ar puro e céu azul com nuvens e sol suave.

Era como seu mundo foi um dia antes deles estragarem grande parte.

— É belo, eu sei.

Jin comentou e Sami assentiu. Sim, era lindo demais.

— Logo chegaremos a Gusu.

— É onde a tal cultivadora mora?

— Sim.

Sami ergueu a cabeça para tentar vê-lo já que ele estava acima dela e viu ele com um pequeno sorriso nos lábios. Rolou os olhos ao ver tal coisa: