Elliot.

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No Verão o Sol nascia por volta de 5h00 da manhã e se punha ás 21h da noite na Dinamarca. Os dias se estendiam quentes e longos.

Emily estava do lado de fora do bunker vendo o Sol nascer no horizonte e tentando de todas as formas tirar da cabeça a cena da morte de um dos seus melhores amigos. Uma das únicas pessoas que ela poderia confiar. Colocou ambas as mãos no rosto tentando escondê-lo e a não pensar mais naquilo, mas era praticamente impossível. Ela já havia matado. Muitos. No entanto a situação era diferente.

Algo crescia dentro dela. Algo que ela sabia que não era bom, todavia usaria aquilo contra aqueles que fizeram mal a Mike.

- Café.

- Meu Deus, Lucas. Que susto, cacete... – estava de costas para o bunker e não tinha o visto se aproximar. Colocou uma das mãos no peito e pegou a caneca que ele estendia. – grata. – sorriu fechado.

Ele sentou-se ao lado dela e por alguns instantes ficaram em silêncio sentindo o vento ameno da manhã bater em seus rostos.

- Como nós vamos achá-lo?

- Acho melhor esperarmos um pouco, Ems. – Lucas a olhou, mas colocou uma das mãos em frente aos olhos por conta do Sol.

- Esperar o que? – questionou sem saber.

- Você. Melhorar. – disse pausadamente.

- É sério isso? – Emily se sentou direito para olhá-lo melhor.

- Todo mundo precisa de luto. Você tem que entender o que aconteceu.

Indo contra a raiva que crescia em seu peito e a vontade eminente em acabar com aquela sensação e dar o fim merecido as pessoas envolvidas a garota meneou a cabeça positivamente.

- Nós vamos fazer isso do jeito certo, bem, do nosso jeito. – Emily riu ao ouvi-lo falar daquela forma. Nem sabia que seria capaz de esboçar alguma alegria naquele dia. – eu prometo. – ele acrescentou. – agora vamos que eu fiz o seu café da manhã favorito.

Dessa forma os dois desceram até o subsolo com o barulho da porta automática fechando atrás depois do acionamento por senha.

(...)

Dias se passaram desde o acontecimento com Mike, no entanto Lucas e Emily mantinham os seus dias ocupados estando 100% do tempo focados em encontrar quem era responsável por tudo. A internet se tornou de boa ajuda contanto que eles tivessem um nome e outros detalhes – não o caso. Então o casal resolveu coletar informações que estavam em suas memórias relacionadas a tudo que ocorrera nos últimos anos de trabalho: locais, vítimas, pessoas que trabalhavam com eles, armas e a necessidade de concluir cada missão. Repassavam com calma todos os detalhes que lembravam.

- O meu último foi o Jorgen. – Emily jogou uma foto do rapaz moreno dos olhos claros encima da mesa. – a agencia pediu que eu fizesse o serviço porque ele estava envolvido com a venda ilegal de armas.

- Há quanto tempo? – Lucas a olhou e viu que a esposa comia uma maçã.

- Duas ou três semanas, não sei. – deu de ombros sem saber a data exata.

- Então nós temos a maioria das nossas vítimas aqui em Copenhague. – ele fez um circulo em vermelho no mapa que mostrava os países europeus. – algumas na Suécia. Outras na Alemanha, mas o principal é aqui.

- Você acha que isso quer dizer alguma coisa?

- Não sei. Pode ser. – ele mordeu a tampa da caneta por alguns instantes enquanto pensava, mas logo falou. – ele é importante. Poucas pessoas o conhecem realmente. Pode ser qualquer um.

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⏰ Última atualização: Jan 31, 2021 ⏰

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