Capítulo 2
- E se a nossa vida toda foi manipulada para no final termos que matar um ao outro?
- Isso é impossível. – ele respondeu de um jeito sério e rapidamente sem ao menos pensar.
- É? Aquele dia no parque, quando nos conhecemos, você foi porque quis ou alguém te chamou?
O rapaz se afastou um pouco e buscou na memória a data há dois anos.
- O Axel me mandou uma mensagem e disse pra eu encontrá-lo no parque.
Emily fez uma expressão como se implorasse para ele entender o que ela estava querendo dizer.
- Ems o Axel é pai de família. Ele tem três filhas. – Lucas riu sem humor algum. – nós não podemos desconfiar de todo mundo. – de um jeito forte relaxou seu corpo no encosto da cadeira.
- E por que ele não apareceu?
- Não sei. Não me lembro. Acho que foi algo com a filha dele. – deu de ombros e pegou o copo de milkshake novamente.
- Muito conveniente. – foi irônica.
- É sério isso? E se for pra desconfiarmos de todos e o Mike? Podemos também?
Ela ficou em silêncio e abaixou a cabeça.
- Olha, eu te entendo, mas não dá pra ser assim com todo mundo. Nós vamos ter que confiar em algumas pessoas pra sobreviver.
- Você confia em mim? – levantou a cabeça o olhando.
- Sim! – o rapaz falou de um jeito sério a olhando profundamente nos olhos. Emily meneou a cabeça positivamente e acrescentou:
- Eu confio em você também. – se aproximou dele e uniu seus lábios em um selinho demorado.
- Pega as batatas fritas e vamos. Precisamos ir ao bunker descansar. – a beijou na testa carinhosamente.
Emily concordou sentindo os seus olhos começarem a pesar, levantou-se vendo Lucas pegar os copos e pegou o pacote com as batatas e assim foram em direção ao carro.
ELA
Já estávamos na estrada em direção à fazenda que havia ficado para mim de herança, quando meus pais morreram, há quase dez minutos. O conversível com a capota abaixada e o vento batendo em meu rosto e bagunçando os meus cabelos me davam uma sensação de paz no meio daquele caos todo. As fritas haviam acabado e os copos de milkshake perfeitamente colocados no painel no fim.
Olhei para Lucas e notei que ele cantarolava uma música qualquer que tocava na rádio naquele início de manhã e isso me fez sorrir. Seus cabelos loiros estavam bagunçados por conta do vento e pensei o quanto amava aqueles momentos. Em como eu estava jogada na escuridão e desde o nosso encontro me vi sendo puxada para luz.
Chegamos à fazenda que era afastada da cidade e se situava em um espaço gigantesco. A casa principal possuía um tamanho deslumbrante assim como os seus ambientes bem divididos e postos em dois andares. O bunker encontrava-se na parte sul da fazenda afastado de tudo.
- Chegamos! – falei animadamente o ouvindo rir e saímos do carro pegando algumas coisas no banco de trás e no porta-malas. Nos aproximamos do bunker e com uma senha digital destravamos a sua entrada, entrei primeiro sendo seguida por ele e descemos por uma escada onde já pude acender as luzes e iluminar o ambiente. – faz um tempo que não venho aqui.
- Eu dormi aqui algumas vezes depois de... você sabe. – ele colocou as malas no local e começou a andar pelos ambientes. O subsolo não era um local grande, mas o suficiente para que ficássemos confortáveis com o quarto e uma cama de casal, banheiro, cozinha com acessórios e uma mesa para refeições.
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Caçados!
FanfictieJuntos, um casal que possui muitos segredos, terão que lutar contra algo muito maior do que as desavenças matrimoniais: alguém que quer vê-los mortos.