a quebra de espaço.

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— Óbvio, três coisas que eu amo num momento só e ainda se tornar um parceiro de crime seu, por que eu não iria?! — Ele junta as mãos atrás do corpo enquanto saímos do salão enquanto eu tenho um pane internamente.

— Três coisas? — pergunto arqueando uma sobrancelha e olhando de lado para ele, sem entender.

— Sim, missões perigosas envolvendo tráfico de comida em festas, — Ele conta levantando o dedo — Comida, — e levanta o outro — E você! — depois dessa eu ri quando ele diz isso, mas, simultaneamente, senti meu mundo rodar.

— Vou fingir que acredito nesse teu papo, Downey! — e ele passa a mão na minha cintura e estremeço com o toque dele.

Droga, S/N, se controla.

— Quando é que você irá começar a acreditar em mim, S/N? — Ele pergunta e para o provocar também, passo meu braço na cintura dele.

— Talvez no dia de são nunca! — respondo e encontro um rapaz que eu sabia ser funcionário — Hey!

E falo com o rapaz que assente e foi para a cozinha, e de quebra levou nós dois. E pegamos uns docinhos de morango e alguns de chocolate até que resolvermos sair, pois, se não acabaríamos com tudo deixando nada.

E rimos por nossas bocas estarem sujas de chocolates, e saímos da cozinha antes que os funcionários reconhecessem o ator.

— Para onde é que estamos indo? — pergunto enquanto ando sem rumo com Robert ao seu lado.

— Não faço ideia, não sei nem aonde a gente tá! — rimos levemente por estarmos perdidos — Isso seria um pesadelo ou um sonho?

— Tá mais para um pesadelo... — respondo olhando para os quadros de pinturas aparentemente antigos pelo corredor.

— E o que você achou da cerimônia? S/N, eu nunca achei que isso iria acontecer! — Ele indaga me fazendo olhá-lo brevemente e me assustando internamente por passar o polegar no canto de minha boca — Hm? — Ele põe o dedo breve em seus lábios.

Desvio o olhar respirando com dificuldade e volto a olhar para o mesmo que me observa com aquele santo olhar que faz até as idosas ficarem molhadas.

— Realmente foi muito bonito, fiquei até meio deprê vendo sabe...

— Mas por que, pequena Evans? — senti vontade de socar ele por ouvir-lo me chamar com esse apelido que ele sabe que tenho ódio.

— Ouvindo as palavras da Scarlett para o Chris e as palavras dele para ela, me fez perceber que provavelmente eu nunca irei viver algo do tipo, entende? — gesticulo um pouco e o mesmo assente com cara pensativa.

— Todo mundo vai viver para sentir aquilo pelo menos uma vez na vida! Mas algumas podem sentir mais de uma vez... Tem uma história que ouvi em algum canto sobre um peixe, conhece? — Ele pergunta fazendo eu negar com a cabeça — Um peixe foi até um ancião e disse; "Tô procurando um negócio, um tal oceano." "O oceano?" o ancião falou. "Você está no oceano."... — o olho sem entender — "Isso?" disse o peixinho "Isso aqui é água, o que eu quero é o oceano."

Continuo olhando para ele processando a história até que me toco no que ele quis dizer, e meneio com a cabeça para trás entendendo a história.

— Tudo o que ele queria, estava diante dos olhos dele... — digo baixo e Robert sorri concordando — Onde foi que você ouviu isso? É algo muito poético e inteligente para ser inventado por você.

— Não sei, acho que foi em um desenho que o Exton e a Avri estavam assistindo e eu ouvi! — rir por ser a cara dele ressaltar algumas falas de filmes infantis que os filhos dele assistem.

Writings On The Wall - Downey.Onde histórias criam vida. Descubra agora