Cᴏɴsᴛᴀɴᴛᴇ Dɪsᴘᴀʀᴏ - ʀɪʟᴇʏ ʟᴇᴡɪs ᴇ ᴋɪᴏ ᴄʏʀ

Traficantes

Pov's Indiana

Depois da Riley ter entrado no banheiro, eu desço pra poder pegar algo pra comer, e quando chego na cozinha acabo me deparando com os meus pais.

Por que você ficou tanto tempo no quarto mocinha?- meu pai pergunta.

Pensei em uma resposta rápida e improvisada pra tentar enganar eles.

É que eu tô fazendo uma pesquisa complexa para um trabalho da escola, pai.- falo tentando passar a maior sinceridade possível.

Mas por que você tá estudando no feriado?

Fico um pouco nervosa, mas consigo disfarçar.- é que na verdade eu vou precisar entregar esse trabalho amanhã.

Que absurdo, como assim a escola passa um trabalho que tem que fazer no feriado?- ele começa a ficar irritado.- vou precisar falar com a diretora urgente, a escola não tem nenhum direito de passar algum trabalho pra fazer no feriado.

Meu Deus, ele não pode falar com ninguém da escola se não vai descobrir que não tinha nenhum trabalho pra fazer.

PAI- acabo dando um grito de nervosismo.- O senhor entendeu errado, eles tinham passado esse trabalho semana passada, mas eu acabei me atrasando pra fazer.

INDIANA??- não sei distinguir a expressão dele, parece que ele faz uma cara de bravo e ao mesmo tempo surpreso.- cadê o seu comprometimento com o colégio??? Não foi esse comportamento que eu sempre te ensinei. Você sabe muito bem que fazendo o trabalho um dia antes da entrega poderia acabar não dando tempo de terminar, e provavelmente você iria perder NOTA, e nessa família eu sempre deixei bem claro que prezo por nota e competência.

Me desculpa mesmo pai, mas eu realmente tinha esquecido de fazer- falo preparada pro sermão que vou receber.

Eu tenho certeza que você esqueceu de fazer essa pesquisa porque ficou o tempo inteiro mexendo no celular, essa foi sua distração afinal. Isso é um desrespeito pra mim Indiana- ele fala realmente bem chateado. Porque mesmo a vida dele e da minha mãe terem sido desperdiçadas fazendo coisas erradas, ele se preocupa comigo, e deseja um bom futuro pra mim...ele quer que eu possa me tornar o que ele acabou não se tornando. No fundo eu entendo ele, que só quer o meu bem.

Indiana, você vai ficar uma semana sem celular. Espero que você entenda, quero o seu bem e o bem do seu futuro.

Tá tudo bem pai- respiro fundo.- eu entendo.

Que bom que entende.- ele fala.

Minha mãe que estava bebendo café, concordava com o meu pai enquanto ele me dava um sermão pelo trabalho que eu nem tinha.- Indiana, agora precisamos que você nos dê o celular.- ela diz.

Eu menti sobre uma pesquisa de escola pros meus pais não descobrirem que a Riley estava no meu quarto, e acabei ficando sem meu celular por uma semana, estou triste por isso, mas fiz por causa da Riley, os problemas dela estão sendo muito piores que os meus e eu sou leal a amizade dela. Nunca entregaria ela desse jeito só por causa do meu celular. Então eu apenas entrego o celular pra minha mãe me rendendo facilmente.

Que estranho, você entregou seu celular sem relutar..como se não fizesse questão- meu pai fala.

Eu falei que te entendia, papai.- falo pegando uns sacos de salgadinhos no armário.

Minha mãe fala.- agora você vai precisar subir pro seu quarto e ficar lá pelo resto da noite, eu falei que viriam "aqueles caras" para uma reunião, e você sabe como eles são, então por favor não saia do seu quarto.- ela da ênfase quando se refere a "aqueles caras".