A decepção e a esperança andam juntas, Talvez elas devessem ser inimigas, porém a onde estão as decepções sempre, está a esperança, mesmo que sua intensidade seja vaga, ela sempre está presente, ela tem raízes mas é fluida.
E essa é a mágica dela, porém até onde ela pode ir? Ela morre em que momento.
Essa é a questão.
Ela pode até ir ao túmulo com você, só que, se trata de assuntos não resolvidos, e bem nesse assuntos, temos a esperança.
Porém sua ceifadora é a decepção.
Talvez a esperança só quisesse ser melhor que ela, porém você não pode tentar imitar alguém, se não você cai, e quando você cai, ninguém consegue te levantar se não você mesmo.
Eu passei a semana com Romeu, ficamos bem próximos, dividimos problemas e idéias, mas sempre que eu olho para ele, eu vejo Albert.
E isso está me matando.
[Romeu] -vou fazer uma casa bem aqui.
Ele aponta para o Alasca no mapa.
[Eleanor] -não moram muitas pessoas lá, Talvez a solidão te domine, porque não mora aqui.
Eu aponto para o Canadá.
[Eleanor] -É bem próximo do Alasca e tem várias pessoas.
[Romeu] -é só eu levar alguém comigo.
[Eleanor] -quem moço?
[Romeu] - você, o que acha? Será que aí você conseguiria me amar.
Eu fico um pouco mal por ele.
[Eleanor] -meu amor não é daqui, meu amor é de 1800.
[Romeu] -coisa de velho.
Ele dá de ombros e eu me levanto.
[Eleanor] -tenho que ir trabalhar, até mais.
Eu caminho pelo gramado até o portão, sem olhar para trás.
Mesmo que eu sentisse os olhos dele me queimando pelas costas.
Assim que eu cheguei na cafeteira fui direto para o vestiário.
Eu coloquei meu uniforme e fui direto para o balcão.
E logo veio um cliente.
Assim que olhei para ele fiquei sem reação.
Benjamin?
[???] -com licença, você poderia me dar uma torta de maçã e um café?
E assim que ele começou a me chamar o rosto dele muda, se tornando uma imagem diferente.
[Eleanor] -a sim, perdão, posso sim, para viajem?
[???] -isso
Ele sorri, e de novo vejo o rosto do Benjamin.
Eu lhe entrego seu pedido, ainda olhando o rosto dele.
Assim que ele passou pela porta, esfreguei meus olhos algumas vezes, pois sabia que estava vendo coisas.
Meu turno estava quase acabando quando vejo alguém entrar.
Era Elís.
[Elís] -Olá querida.
Ela estava um pouco nervosa e estava mexendo bastante nas mãos.
Eu sorri para ela.
[Eleanor] -o que deseja?
[Elís] -trufas.
[Eleanor] -quantas?
Eu abaixo no balcão para pegar.
[Elís] -5
[Eleanor] -para viagem?
[Elís] -isso.
Eu coloco as trufas em um saquinho e entrego para ela.
E quando eu olho pro rosto dela eu vejo Albert.
[Eleanor] -volte sempre.
Digo receosa, e vou para o fundo da padaria me trocar.
Eu coloquei a roupa que eu estava antes, era uma calça moletom e um croped e nós pés, era um nike.
Eu terminei de me trocar e fui para a faculdade.
Hoje era feriado, então não tinha aula.
Eu fui direto para a biblioteca, e enquanto eu estava nas prateleiras escolhendo um livro, eu vi Albert do outro lado da prateleira segurando o livro que eu ia pegar, porém depois de piscar algumas vezes, ele some.
Eu olho ao redor, porém não tinha nada.
Eu estava ficando louca.
Eu me sentei, e quando eu ia começar a ler, eu desisti e peguei meu livro.
E eu estava em 1800.
Em quanto eu estava andando, não via ninguém, até que apareciam as pessoas.
Enquanto eu piscava, elas sumiam e apareciam novamente.
Até que tudo ficou branco.
E então eu vi ele vindo até mim.
Foi egoísmo da minha parte achar que quebrar seu coração seria a melhor forma de salvar o meu.
- prazer, eu.
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My little reader
RomanceUma história em que o personagem principal se apaixona pelo leitor. Eleanor, era uma estudante de direito, sua vida sem graça mudou drasticamente quando ela encontrou um livro em uma caixa jogada no chão. Um mundo paralelo, cheio de amor e ação. Alb...