capítulo 18

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A decepção e a esperança andam juntas, Talvez elas devessem ser inimigas, porém a onde estão as decepções sempre, está a esperança, mesmo que sua intensidade seja vaga, ela sempre está presente, ela tem raízes mas é fluida.

E essa é a mágica dela, porém até onde ela pode ir? Ela morre em que momento.

Essa é a questão.

Ela pode até ir ao túmulo com você, só que, se trata de assuntos não resolvidos, e bem nesse assuntos, temos a esperança.

Porém sua ceifadora é a decepção.

Talvez a esperança só quisesse ser melhor que ela, porém você não pode tentar imitar alguém, se não você cai, e quando você cai, ninguém consegue te levantar se não você mesmo.

Eu passei a semana com Romeu, ficamos bem próximos, dividimos problemas e idéias, mas sempre que eu olho para ele, eu vejo Albert.

E isso está me matando.

[Romeu] -vou fazer uma casa bem aqui.

Ele aponta para o Alasca no mapa.

[Eleanor] -não moram muitas pessoas lá, Talvez a solidão te domine, porque não mora aqui.

Eu aponto para o Canadá.

[Eleanor] -É bem próximo do Alasca e tem várias pessoas.

[Romeu] -é só eu levar alguém comigo.

[Eleanor] -quem moço?

[Romeu] - você, o que acha? Será que aí você conseguiria me amar.

Eu fico um pouco mal por ele.

[Eleanor] -meu amor não é daqui, meu amor é de 1800.

[Romeu] -coisa de velho.

Ele dá de ombros e eu me levanto.

[Eleanor] -tenho que ir trabalhar, até mais.

Eu caminho pelo gramado até o portão, sem olhar para trás.

Mesmo que eu sentisse os olhos dele me queimando pelas costas.

Assim que eu cheguei na cafeteira fui direto para o vestiário.

Eu coloquei meu uniforme e fui direto para o balcão.

E logo veio um cliente.

Assim que olhei para ele fiquei sem reação.

Benjamin?

[???] -com licença, você poderia me dar uma torta de maçã e um café?

E assim que ele começou a me chamar o rosto dele muda, se tornando uma imagem diferente.

[Eleanor] -a sim, perdão, posso sim, para viajem?

[???] -isso

Ele sorri, e de novo vejo o rosto do Benjamin.

Eu lhe entrego seu pedido, ainda olhando o rosto dele.

Assim que ele passou pela porta, esfreguei meus olhos algumas vezes, pois sabia que estava vendo coisas.

Meu turno estava quase acabando quando vejo alguém entrar.

Era Elís.

[Elís] -Olá querida.

Ela estava um pouco nervosa e estava mexendo bastante nas mãos.

Eu sorri para ela.

[Eleanor] -o que deseja?

[Elís] -trufas.

[Eleanor] -quantas?

Eu abaixo no balcão para pegar.

[Elís] -5

[Eleanor] -para viagem?

[Elís] -isso.

Eu coloco as trufas em um saquinho e entrego para ela.

E quando eu olho pro rosto dela eu vejo Albert.

[Eleanor] -volte sempre.

Digo receosa, e vou para o fundo da padaria me trocar.

Eu coloquei a roupa que eu estava antes, era uma calça moletom e um croped e nós pés, era um nike.

Eu terminei de me trocar e fui para a faculdade.

Hoje era feriado, então não tinha aula.

Eu fui direto para a biblioteca, e enquanto eu estava nas prateleiras escolhendo um livro, eu vi Albert do outro lado da prateleira segurando o livro que eu ia pegar, porém depois de piscar algumas vezes, ele some.

Eu olho ao redor, porém não tinha nada.

Eu estava ficando louca.

Eu me sentei, e quando eu ia começar a ler, eu desisti e peguei meu livro.

E eu estava em 1800.

Em quanto eu estava andando, não via ninguém, até que apareciam as pessoas.

Enquanto eu piscava, elas sumiam e apareciam novamente.

Até que tudo ficou branco.

E então eu vi ele vindo até mim.








































Foi egoísmo da minha parte achar que quebrar seu coração seria a melhor forma de salvar o meu.

- prazer, eu.

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