capítulo 3

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A euforia é uma das únicas coisas que podem nos manter vivos, e a melhor coisa nela, é que podemos alcança-lá sozinhos, com aquela música que diz tudo o que temos medo de dizer, ou quando dançamos no nosso quarto, as vezes podemos ficar felizes com pequenos detalhes, porque no final, são eles que nos matem vivos, todos nós precisamos de carinho, compreensão e amor, para que fiquemos em paz, e assim, possamos nos render a euforia e a compaixão, porque ela vem de  quando nos expressamos e nos entendemos, podemos ficar eufóricos, ou com Aquele abraço, aquela piada, ou até mesmo aquela descoberta.






Eu tive um sonho....estranho, desses que você jura que é real, eu sonhei com alguém, e senti que conhecia essa pessoa a muito tempo, era tão...nostálgico, ele parecia feliz, eufórico eu diria, mas quem era?

Portas batendo....gritos, fogo....e no fim, um tiro!

Acordei assustada, eu tenho tido muitos pesadelos ultimamente, e todos eles são como uma continuação, mas o que isso significa?

Me levantei e fui ao banheiro tomar um banho gelado, hoje seria um dia cheio, depois de muita discussão decidimos que iríamos fazer uma feira do livro, achei uma ideia interessante, talvez eu me sinta como na época de Albert.

Tomei uma banho rápido, sai do banho escovando os dentes e fui procurar uma roupa, escolhi uma saia preta, uma camiseta de manga e por cima coloquei um colete xadrez, e pra finalizar uma bota preta de salto.

Me olhei no espelho para ver como ficou, eu não era uma garota diferente das outras, sempre me considerei comum, tinha um corpo comum, cabelos castanhos que vinham até a costela, olhos cor de mel, e algumas sardas, nunca me achei grande coisa.

Desci até a sala e encontrei algo inesperado, meu pai havia vindo nos visitar.

[Derek] -oi filha, como você está?

Suspiro

meu pai havia nos abandonado, quando eu tinha 5 Anos, ele encontrou uma esposa,  eu tenho certeza que ela é uma velha que fez um monte de cirurgias, logo depois ele veio buscar minha irmã.

[Eleanor] -olá senhor Derek.

Reviro os olhos.

[Derek] -eu trouxe a sua irmã pra te ver, ela está lá fora.

Fico com receio de responder, e apenas vou lá fora me certificar, foi aí que eu a vi.

[Eleanor] -hum...olá?

Ela virou a cabeça para me ver, Hyuna era minha irmã mais nova, tinha atualmente 10 anos, Ela sofreu algumas complicações no parto e agora não pode andar, minha mãe engravidou dela quando meu pai disse que queria voltar, mas ele surtou quando minha mãe disse que tinha engravidado.

[Hyuna] -anor?

Vou até ela e me sento na grama para fazer companhia a menor.

[Eleanor] -como está?

Sorrio para ela, porém meu sorriso morre quando escuro gritos lá dentro.

Me ajoelho na frente dela e tapo seus ouvidos.

Meus pais sempre brigavam, por isso nunca deram certo juntos.

Após uma longa tarde com minha irmã, ela teve que ir para casa novamente, como marcado nós fomos para a garagem doar os livros, muitas pessoas apareceram, nós fechamos a garagem pelo horário e fomos para dentro, quando começou a escurecer.

Então eu resolvi ir ler o meu livro, me sentei na poltrona do meu quarto e comecei a ler, só que algo aconteceu...

De repente eu me encontrava no...ano de 1800, olhei ao redor e não sabia como reagir, eu estava na própria história?

Comecei a vagar pelas ruas até começar a reconhecer o lugar, e foi aí que encontrei ele... ele era deslumbrante, estava contando uma de suas teorias para as pessoas que nem sequer paravam.

Albert era bem bonito na verdade, seus cabelos eram loiros mas seus olhos eram escuros, tinha certeza de que conseguiria ver todo o universo nele, até que resolvi tentar o ajudar.

Peguei uma caixa de madeira também  e subi em cima, eu não estava mais usando a roupa de antes, agora eram bem parecidas com as de Albert.

[Eleanor] -haverá uma época em que poderemos conversar com as pessoas a longa distância, poderemos ouvir músicas em pequenas caixas, e poderemos nos locomover em caixas ainda maiores.

Albert parecia deslumbrado com minhas palavras, como se, pela primeira vez na vida, alguém conseguisse definir tudo que ele sempre imaginou, ficamos no mínimo uma hora falando sobre o que na época eram apenas teorias, até que escureceu.

Albert me deu sua mão para que eu pudesse descer da caixa de madeira em que eu estava em cima.

Albert estava sorrindo tanto que não pude  conter um sorriso também.

[Albert] -quem é você?

Eu soltei uma pequena risada nasal.

[Eleanor] -sou uma viajante no tempo.

Digo seria, porém logo em seguida acabo rindo, Albert estava perplexo.

[Albert] -não brinque com isso, meu coração é frágil.

Ele coloca a mão no peito fazendo uma cara engraçada.

[Eleanor] -creio que futuramente, as pessoas não vão ser tão gentis assim.

Nós começamos a caminhar, mas a verdade era que eu não sabia para onde.

[Albert] -fiquei fascinado com suas palavras, da onde tirou essas ideias?

[Eleanor] -do mesmo lugar que você.

Digo como se não fosse grande coisa.

[Albert] -me prove que você é uma viajante no tempo.

[Eleanor] -na verdade eu sou dona do tempo, sei de tudo.

[Albert] -então me prove.

Dou de ombros.

[Eleanor] -a onde está o beijamin?, ele não tinha que resolver o assunto do bebê?

Albert ficou tão pálido que eu jurava que a morte tava atrás de mim, até me arrepiei.

[Albert] -c-como sabe?

[Eleanor] -eu estava mentindo, eu nem sei a onde eu estou de verdade, na minha época você teria idade pra ser meu avô.

[Albert] -sinto que já te conheço.

Ele para um pouco para pensar.

[Albert] -ah sim, você é a Eleanor, do meu livro.

paro de andar por um segundo.

[Eleanor] -você também lê sobre mim?

Foi aí que meu corpo se encheu de euforia e...

Eu me encontrava de volta ao meu quarto.



































Nunca pensei muito em como eu morreria, mas morrer no lugar de alguém que eu amo parece ser uma boa maneira de partir."
- Crepúsculo

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