inconsequência

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Os dias passaram.

— Haz, prove esse recheio. — Liam pegou uma colher limpa e mergulhou no creme escuro que batia. Estendeu para perto da boca de Harry, que provou e mastigou por um tempo.

Eles estavam na cozinha da confeitaria principal de Liam, diferente de Taylor, que era apenas proprietária, Payne também assava os bolos e tortas. Eles eram ótimos, e todos tinham inveja de Olivia, pois no final do dia, o namorado levaria doces para ela.

— Isso é muito bom. O que tem aí?

— Canela, romã e gengibre.

— Acho que ficaria muito bom com uma massa de ló.

— Também acho. — Sorriu.

Harry estava sentado à mesinha da cozinha, resolvendo coisas do escritório no computador, Liam conversava com Selena, que também era confeiteira ali.

Minutos passaram, e de repente, sentiu uma enjôo na boca do estômago, como se ardesse. Conhecia muito bem aquela sensação, então correu para o banheiro e vomitou suas tripas para fora.

— Ei, o que houve? — Liam apareceu no batente da porta.

Harry deu descarga. — A privada estava se sentindo sozinha, vim abraçá-la.

Payne riu alto. — Você provavelmente é alérgico à algo do creme que provou.

— Definitivamente não era canela. — Resmungou, enxaguando a boca.

— Vamos sair! — Louis entrou no apartamento de Zayn, estavam reunidos sem realmente fazer algo. Diana estava trabalhando. Eles resmungaram em desânimo. — Um bando de velhos vocês viraram! Vamos, vamos! Quero ir à uma boate.

— Então vá.

— Sem meu melhores amigos? Não mesmo.

— Não é uma má idéia. — Harry deu de ombros.

Horan o encarou com aquele olhar e Styles apenas ignorou. No final, eles aceitaram. Se encontrariam meia hora depois no bar de Niall no centro.

Harry foi o primeiro a chegar, é claro. Respondeu alguns e-mails até alguém tirar o aparelho de suas mãos.

Louis sorriu para ele e abriu a câmera, ficando com as costas coladas em seu peito, Harry revirou os olhos e sorriu, colocando o queixo em seu ombro, Tomlinson tirou uma foto deles e devolveu seu celular.

— A primeira de muitas.

Harry sorriu. — Estranho você não se atrasar.

— Estou ansioso. Senti saudade dessas saídas.

— Os amigos em Nova Iorque não eram legais?

— É que nada se compara à nós.

Nós. O grupo, os cinco, Harry sabia.

— Louis, chegou antes de mim? — Ouviram a voz de Liam.

Olharam o amigo. — Por que parecem tão surpresos?

— Precisamos dizer?

Logo Niall e Zayn chegam, eles começam a caminhar pelas ruas do centro, o asfalto estava molhado e seus hálitos quentes criam fumaça. De repente, Louis cantou a música de Um Maluco no Pedaço e eles se juntaran à ele, Zayn faz a voz da avó, e riram no final, porque era algo que faziam desde sempre.

— Senti tanto a falta de vocês. — Louis disse choroso, os quatro riram dele e o empurram levemente, o fazendo gargalhar.

Harry lembrou que, antes, Louis pegaria seu braço e colocaria em volta de seu próprio, e agora, as mangas de seus casados mal se tocavam.

Chegaram no lugar e o tempo passou, eles conversaram, jogaram sinuca (Harry não olhou para Louis enquanto este jogava pois havia bebido e olhá-lo lhe dava vontade de atirar o mais velho contra a mesa verde e beijá-lo até esquecerem seus nomes. Efeito da sinuca, apenas), jogaram dardos e cantaram seus pulmões para fora.

Quando Harry olhava para Louis e este já estava o encarando, Styles não sabia o que fazer com isso.

O lugar estava quente e o álcool passava por suas gargantas sem problemas, a música preferida de Harry começou e ele arrastou Louis para a pista de dança.

Pularam no ritmo da batida, com sorrisos e risadas. Eventualmente, foram empurrados um contra o outro, as mãos de Tomlinson correram pela cintura de Styles e o trouxe para perto, se encararam, então Harry deixou de ouvir o próprio coração quando o rosto do menor entrou no local entre seu pescoço e mandíbula.

Ele não sabia o que fazer consigo mesmo, os dois nunca fizeram isso, algo nesse nível, nem antes. Seus dedos, antes que pudesse pensar, apenas foram para cabelos da nuca do menor, puxando os fios enquanto esse mordia seu pescoço. Harry se sentia como um adolescente cheio de hormônios. É o álcool, a saudade, a música, ele pensa

Em certo momento, era Harry quem estava beijando o pescoço de Louis, este dizia seu nome inúmeras vezes e puxou o tecido de sua camisa. Eles estavam bêbados, alguém precisa pará-lo, é o que a vozinha no fundo de sua mente pensou.

Com isso, quando Harry segurou o rosto de Louis e seus lábios estavam a centímetros um do outro, o braço de Styles foi agarrado e alguém o afastou de Tomlinson.

O movimento o deixou tonto, ele sentiu frio por um momento. Escutou uma voz familiar.

— O que pensam que estão fazendo?

— Niall, calma, eles estão bêbados-

— Exatamente! Não é assim que deve acontecer. Esses idiotas... leve Louis para beber uma água, levarei Harry ao banheiro.

Os olhos de Styles doeram e ele não enxergava de fato, mas sentia falta da boca de Louis.

— Por que você fez isso? — Resmungou para Horan, que o arrastava para os fundos da boate.

O outro bufou. — Não seria seu amigo se o deixasse beijar Louis enquanto os dois estão podres de bêbados, não é assim que deve ser.

— Ele nunca me beijaria sóbrio.

Isso quebrou o coração de Horan, ele ama Louis e morreria por ele, mas ver Harry assim novamente era horrivel.

— Por que ele fez isso? — Não sabia se estava falando do quase beijo, da gravidez, da partida ou da volta. Sinceramente, se encaixa em todos.

Niall o olhou com pesar, ajeitou seu topete enquanto molhava um pouco sua testa e nuca com a água da pia. — Ele está confuso, não é justo que use você assim, e vice-versa. Por que vocês simplesmente não conversam?

Styles deixa ser cuidado. Ele não respondeu, também não sabia.

— Só espero que não lembrem disso amanhã.

he's havin' my baby [it's none of my business]Onde histórias criam vida. Descubra agora