consciência

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— Então é isso, agora você vive em uma comédia romântica? — Zayn perguntou enquanto escolhia roupas no cabideiro.

— Como assim?

— Em todo filme, quando o personagem tem uma crise, ele volta à sua cidade natal. — Liam continuou.

— É o que vocês disseram, preciso lembrar quem eu era antes de amá-lo. Preciso ficar longe. — Ele disse, dobrando as roupas na mala por categorias.

— E você vai avisá-lo?

— Não.

— Harry...

— Vou ficar fora por alguns dias, não sete anos. — Disse amargurado. — Deve estar muito ocupado esquiando ou fazendo qualquer merda maluca com Fender.

Liam e Zayn se encararam, reviraram os olhos. — E Valerie? O que vai dizer?

Ele parou. Se ligasse para avisar, teria que falar com Louis, e era praticamente impossível vê-la pessoalmente sem a presença do pai. Harry precisava ficar longe dele. — Vocês explicarão à ela.

Com a mão que não segurava a mala, Harry bateu na porta da casa de infância, esperando pacientemente que sua mãe a abrisse. Anne apareceu alguns segundos depois:

— Querido! — Sorriu grandemente, mas seu cenho franziu ao olhar a mala. — Por que não avisou que viria?

— Decidi no começo da tarde. — Deu de ombros. — Eu não ganho um abraço?

— Venha cá. — O puxou em seu braços e Harry se sentiu, literalmente, em seu lar, jovem e inocente. Ela o afastou para olhar seu rosto. — Está muito magro. E com olheiras. Que bom que veio, vou cuidar de você. Na verdade, acho que senti que você viria, até limpei seu antigo quarto!

Anne continuou a tagarelar, não se preocupou em chamá-lo para entrar, apenas deixou a porta aberta e ele entrou com um sorriso.

A primeira coisa que fez, depois que a mãe avisou que faria chá, foi correr até seu quarto. Continuava da mesma forma que ele deixou, quando levou mais da metade das coisas para o dormitório em Londres, alguns posters, dvd's e cd's, e seu antigo violão.

Se sentiu quente e protegido, quase com vontade de chorar, deixou a mala na cama e notou a casa muito quieta.

— Onde está o papai? — Perguntou assim que entrou na cozinha.

— Viajando à trabalho, mas chega em dois dias. Vou ligar para Gemma, ver se ela pode vir para o fim de semana, assim estaremos todos reunidos.

— Sinto falta dela. Mas não conte isso, ela faria da minha vida um inferno.

Anne riu e colocou uma xícara de chá em sua frente, era de hortelã, então ela pegou biscoitos de limão, porque ele gostava, e Harry quase chorou.

— Pela sua mala, não pretende ficar pouco tempo. — Ela lhe deu uma deixa.

— Desculpe não avisar, só porquê é minha mãe não significa que posso agir como se ainda morasse aqui. Você poderia ter planos-

— Claro que não bobo, apenas o conheço. — Ela revirou os olhos e estapeou o ar. — Desde os cinco anos você não dá ponto sem nó, Edward. Vir para cá tem um motivo.

— Posso só ter sentido falta dos meus pais? — Ele tentou, mas ela levantou uma sobrancelha. Harry ponderou se deveria dizer, concluiu que sua mãe descobriria de qualquer forma. — Louis voltou.

Anne parou de mexer seu chá com a colher, o olhando surpresa. — Louis voltou para Londres?! Há quanto tempo?

— Algumas semanas-

he's havin' my baby [it's none of my business]Onde histórias criam vida. Descubra agora