epílogo

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Bom, foram mais dois anos até tudo se ajeitar.

Primeiro, tiveram que contar à Valerie.

— Quer biscoitos? — Foi o que Styles perguntou, sabia que ela gostava dos biscoitos que tinha em casa. Comprava na confeitaria de Liam, mas isso era detalhe, deixaria a pequena pensar que ele quem os fazia. Provavelmente, entretanto, ela devia saber a verdade, mas não falava sobre.

— Quero sim. Você sabia que Louva-Deuses meninas matam os Louva-Deuses meninos depois de namorarem com eles?

Harry riu alto, ela era tão parecida com ele. — Eu não sabia, pequena, obrigado por contar.

Eles assitiram Princesa e o Sapo até que Valerie ficou em silêncio por muito tempo. — Então... você é meu outro pai, não o Sam.

Ele engoliu em seco. — Isso mesmo.

— Por quê?

O acordo entre Louis e ele fora que, por conhecer a filha melhor que ninguém, Tomlinson contaria primeiro, sem colocar vilões e heróis, apenas a verdade. E então, Valerie decidiria quando e se iria conversar com Harry. Ela, obviamente, quis.

Ele pausou o filme, se virou para ela. — Seu pai já te contou sobre como você foi parar na barriga dele, certo? — Ela assentiu. — Então, eu troquei a semente do Sam pela minha.

— Você fez isso por que não gostava dele? — Seus olhos atentos o encaravam e pareciam saber todos seus pecados.

Ele suspirou. — Eu não gostava dele porque ele estava fazendo algo que eu queria ter coragem para fazer na época. Mas não foi por isso que troquei as sementes, fiz isso porque bebi aquele suco que deixa os adultos feliz‐

— Cerveja, Hazzy, eu sei. — Ela deu uma risadinha.

Ele sorriu. Às vezes esquecia por quem ela havia sido criada. — Mas, enfim, eu não estava pensando direito, foi irresponsável e malvado, mas no final resultou em você, então...

Ela sorriu, e brincou com os dedos por algum tempo, ele sabia que Valerie queria perguntar algo. — Mas... por que você não apareceu antes? Por que não me procurou?

Por deus, Harry queria se atirar em frente a um caminhão. — Eu não sabia, Vallie, não lembrava que tinha feito isso até uns dias atrás. Se eu soubesse, nunca teria deixado seu pai ir embora, e se tivesse lembrado antes, teria ido atrás de você onde estivesse.

Ficaram em silêncio por algum tempo, Harry entendia que ela precisava absorver e compreender, então aquietou sua ansiedade.

— Mas, você gosta de mim? — Valerie perguntou. Os olhos de Harry se encheram de água. Ele tinha uma filha.

— Eu amo você. Iria amá-la mesmo se não fosse seu pai, somos melhores amigos, lembra?

— Eu também amo você. — Jogou seus bracinhos em volta do pescoço de Harry e este a segurou como se ela fosse o mundo, ela de fato era. — Você e papai vão ficar juntos?

— Acho que daqui um tempo, vamos sim, pequena. — Ele sorriu.

Styles achava que Tomlinson ficaria irritado caso ele tivesse que ser mais firme com a filha deles, felizmente, não aconteceu. Com o tempo, sua insegurança sobre se mostrar uma figura de autoridade (não autoritária) foi embora. Vallie e ele tinham algumas discussões, em partes porque eram muito parecidos, e outra porque Vallie ainda era uma criança, e foi um processo ela começar a ver Harry não só como um amigo, mas como seu pai de fato.

Haviam dias em que Harry ficava mais emotivo que o normal, paternidade não é uma terra dos sonhos, principalmente para alguém novo nisso, que não acompanhou desde o começo. Isso, na verdade, era o motivo de alguns colapsos que Harry tinha.

he's havin' my baby [it's none of my business]Onde histórias criam vida. Descubra agora