readaptação

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Louis explicou que apareceu uma oportunidade de emprego realmente boa, e não era seu plano criar Valerie nos Estados Unidos, ela estava perdendo seu sotaque à medida que crescia e ele não podia suportar uma filha falando igual um rapper.

Tomlinson, eventualmente precisou ir para a nova casa, ajeitar as coisas da mudança, Harry não sabia se queria ir com ele, seguí-lo onde fosse, pedir para que ele ficasse, que nunca mais fosse embora, ou se queria arranjar um jeito de expulsá-lo do país, ou fugir ele mesmo para uma ilha. Madagascar talvez.

Valerie se despediu deles muito contente, ela era quieta, e observadora, mas quando falava, era algo que fazia os adultos levantarem uma sobrancelha e sorrirem por sua astúcia. Harry gostou dela. De verdade.

Antes de ir embora, Louis avisou que estaria dando uma festa de chegada na casa nova, e eles deveriam chamar os amigos de sempre.

É claro, algumas pessoas haviam saído do ciclo social deles, novas haviam entrado, mas isso Louis descobriria depois.

Logo, Harry também foi para casa. Zayn olhou em seus olhos e perguntou o que ele estava sentindo. Ele não sabia.

Antes de dormir, olhou uma notificação em seu celular, Niall adicionara Louis novamente no grupo de conversas deles. Harry observou aquele número por alguns minutos, começou a chorar, mas também sorria. Louis havia voltado. Ele tinha Louis novamente.

Logo, e muito lentamente, seu sorriso se transformou em lábios comprimidos e cenho franzido.

Louis havia voltado. Ele tinha Louis novamente?

A casa nova de Louis ficava num bairro familiar, um pouco longe de onde os amigos moravam, que era mais urbano, perto do centro. Fazia muito sentido na verdade, era um bairro com escolas, praças e um hospital bem localizado. Era dificil imaginar Tomlinson longe de toda movimentação.

Então, como uma gota d'água, Harry percebeu.

Louis cresceu. Sete anos haviam passado. Louis havia morado em outro país, tinha uma filha, construído família. Niall desde sempre com seu próprio negócio, muito bem casado, viajando, construindo. Zayn apenas crescia na carreia e estava com um grande amor ao seu lado. Liam era empresário, em um relacionamento firme e quase noivo.

Onde Harry estava? O que estava fazendo?

Trabalho. Subindo no trabalho. Era isso? Era o que havia para si? Subir alguns niveis na carreira, terminar relacionamentos? Viajar para países incríveis e não ter ninguém para quem trazer lembranças e assistir documentários ecológicos na televisão?

Esperar por Louis? Não. Não mais. Ele havia desistido disso há muito tempo, não ia permitir que seu cérebro tentasse passar a perna dele e fazer sua vida miserável novamente. Ele havia seguido em frente, não deixaria a volta de Louis interferir nisso.

Ele se sentia como se estivesse hibernando, há muito tempo congelado em seu conforto, e tudo passava.
Louis chegou em sua vida. Foi embora. Retornou. O que isso significava para ele? Harry mudou em algo nesses anos, ou era o mesmo desde os dezoito anos?

Talvez devesse ligar para sua psicóloga.

Quando chegou na casa de Tomlinson, a primeira coisa que notou era que Valerie não estava em sua vista.

— Haz! — Ouviu a voz de Louis o chamar, se virou. Automaticamente, e contra sua vontade, entrou no mundo particular onde só Louis e ele existiam. O mais velho andou até ele e o abraçou, rindo. Harry queria implorar para que o menor não risse contra seu pescoço. — A cozinha é logo ali, e o banheiro fica no final do corredor. Os meninos estão no jardim.

he's havin' my baby [it's none of my business]Onde histórias criam vida. Descubra agora