Vida vazia

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            Sempre fui uma garota sonhadora e que através do meu esforço, estudos, trabalho e dedicação esperava chegar mais longe e dar uma vida melhor aos meus pais ou seja meu padrasto, pois de meu pai só sabia que era italiano e tinha abandonado minha mãe quando eu tinha apenas um mês.

    Eles ao longo de 14 anos sempre me deram tudo o que estava ao seu alcance e eu esperava conseguir os compensar no futuro, mas o destino foi cruel e minha sorte também nunca foi muita, pois um dia estava no liceu quando fui chamada ao gabinete de nossa diretora a espera de uma reprimenda por algo que tenha feito de errado, pois por ser a mais comportada e preferida dos professores por tirar as melhores notas da turma, havia sempre alguém que tentava me ferrar. 

      Mas naquele dia, ao contrario do que eu imaginava, as notícias não eram boas, eram piores do que tudo que eu já havia sofrido nesta vida, meus pais, praticamente toda a família que eu tinha além de uns tios que moravam no interior do pais, tinham sofrido uma fatalidade, um motorista bêbado tinha perdido o controlo de seu camião e ocupado a faixa contraria, faixa essa onde circulava o carro de meus pais e outros 2 que também se viram envolvidos no acidente, acidente do qual faleceram meus pais e uma mulher que circulava sozinha em outro veiculo.

    Nesse dia perdi a noção do tempo, do espaço onde estava e ate me esqueci de quem eu era, não tinha ninguém em quem confiasse ali comigo para me amparar e dizer que ia ficar tudo bem, que eu ia ficar bem, como sete meses antes, quando perdi a única amiga que tinha, a única que não me achava esquisita por preferir passar meu tempo com a cabeça enfiada nos livros em vez de me divertir.     
     

    Ema era a única que me entendia, era com ela e seus pais e meus que íamos a praia, passear no campo e ate em festas populares que aconteciam nos bairros no tempo dos Santos Populares e pelo carnaval, mas um dia andava ela de bicicleta e foi colhida também por um motorista embriagado, tendo morte imediata nem tempo de me despedir tive. Podia dizer que eu era a lua e ela o sol que me iluminava.     

Goodbye My Friend (Tradução)

Oh nunca sabemos onde a vida vai nos levar
Eu sei que é apenas um passeio na roda
E nunca sabemos quando a morte vai nos abalar
E nós queremos saber como ele vai se sentir

Então adeus meu amigo
Eu sei que eu nunca vou te ver de novo
Mas o tempo juntos durante todos os anos
Tirarei essas lágrimas
Está tudo bem agora
Adeus, meu amigo

Eu vi um monte de coisas que me fazem louco
E eu acho que eu prendi em você
Nós poderíamos ter fugido e deixado bem, talvez
Mas não era hora e nós dois sabíamos

Então adeus meu amigo
Eu sei que eu nunca vou te ver de novo
Mas o amor que você me deu durante todos os anos
Tirarei essas lágrimas
Eu estou bem agora
Adeus, meu amigo

A vida é tão frágil e tão puro amor
Não podemos segurar mas tentamos
Nós prestamos atenção a rapidez com que ela desapareça
E nunca sabemos por que

Mas eu estou bem agora
Adeus, meu amigo
Você pode ir agora
Adeus, meu amigo

       Depois de tudo que perdi, perdi o interesse pela vida, tudo o que fazia era no automático, se não fosse minha tia, irmã de minha mãe e seu marido que não tinha filhos  me acolherem em sua casa como se fosse filha deles na altura, com 14 anos teria ido parar numa instituição. Só que parece que tinha mesmo nascido com má sorte, aos 15 anos minha tia foi lhe diagnosticado câncer já avançado e acabou por falecer perto de eu completar meus 16 anos e seu marido com  quem eu não tinha nenhum laço sanguíneo acabou por regressar ao seu pais natal Espanha, me deixando entregue a uma vizinha que junto com seu marido se ofereceram como família de  acolhimento já que não tinha filhos e me viram crescer e devido a uma suposta promessa que haviam feito a minha tia de ajudar a cuidar de mim, meu "tio" antes de partir para Espanha deixou uma conta aberta no banco onde todos os meses depositaria um valor destinado a pagar meu estudos  e assim quando fiz meus 16 anos tinha avançado dois anos e completado o ensino medio e ganho uma bolsa de estudo para a faculdade. 

     Hoje já a estudar há dois anos em lisboa e perto de completar minhas 19 primaveras ainda mantendo contacto com D. Francisca e sr. Jaime que tem olhado  por mim apos não ter mais família que o fizesse visto eles morarem no interior do pais numa pequena terra chamada Porto Alegre, sinto que o mundo voltou a desabar debaixo dos meus pés, feito ingénua fui me apaixonar por alguém que não me deu o devido valor e que deveria ter previsto que alguém de uma classe superior a minha, nascido em berço de ouro nunca iria se interessar por uma garota do interior e  nascida no campo, que só serviria com um passa tempo e que agora esta de malas aviadas  prestes a deixar tudo para trás e voltar a terra ou onde os pés me levarem e arrepender - me de um dia ter sonhado alto que poderia finalmente ser feliz e ter uma família. 


     Por hoje é tudo.

     O que terá acontecido e ira acontecer com Ana Sofia?

   Será que ela conseguira ser feliz? 

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Nota: Nomes de terras, pessoas, locais na maioria são fictícios e inventados por mim.

           As imagens dos avatares das personagens são como eu os imagino, embora nalguns casos a cor dos olhos ou algum aspecto físico possa alterar e não corresponder a imagem 

A Dor Da PerdaOnde histórias criam vida. Descubra agora