A Dor Da Perda

Encantada

—  Uao você está linda! — Comentei, assistido - a corar, não tendo tempo de falar mais nada pois não tardou que o carro que nós levaria ao local do jantar chega - se, a noite estava só começando e Ana Sofia nem imaginava o que eu tinha reservado para esta noite.

       Embora me sentisse triste nesta época do ano pois sempre me lembrava no ultimo Natal e ultimo réveillon que passei tanto com minha mãe, meus avós e ate com minha tia, era a altura do ano que sentia mais saudade, dai enquanto os outros ao meu redor se divertiam eu sempre ficava meio nostálgica.

      Mas agora pela primeira tinha ficado verdadeiramente feliz com a reação daquele que eu amava e que eu acreditava fielmente que me amava na mesma intensidade e que minha decisão de me produzir um pouco mais do que o habitual tinha valido a pena.

    Alguns minutos depois de toda a euforia do momento caminhamos para fora do hotel, onde já nos esperava no encostamento uma limusine preta com aproximadamente 9 metros de comprimento e uma capacidade para 9 pessoas, com vidos escuros para privacidade total e conforto, o seu interior era bastante espaço, um interior em couro preto, com espelhos no tecto e sistema de luzes led, um bar completo com copos, um frigorífico, uma maquina de café, sistema wi - fi, sistema de som completo, TV com DVDs, USB, GPS, TDT, intercomunicador com o motorista, vidro duplo que faz a separação do motorista para os passageiros para privacidade total, suspensão pneumática para maior conforto  e ar condicionado. 

       Isso fez passar uma ideia maluca pela cabeça, só que como não era só eu e Alexandre que estávamos ali no interior daquele veiculo, logo pus essa ideia de lado, mas ao olhar para meu namorado que estava sentado a minha frente me olhando com olhos de cachorrinho abandonado, tive a leve impressão que ele teve a mesma ideia que eu, pois logo olhou em volta e me voltou a encarar com um sorriso de lado e me piscando o olho. Só me restou baixar a cabeça e fingir que nem cogitei em fazer sexo no interior do carro, muito menos sendo minha primeira vez, por isso logo senti minhas bochechas arderem de vergonha de ter tido tal pensamento.  

    Enquanto o carro se movia pela ruas da cidade eu podia ver através dos vidros como a mesma ficava bela com suas avenidas todas iluminadas e decoradas nesta época festiva. Apos mais ou menos meia hora, o que para mim pareceu uma interinidade chegamos ao Restaurante Tre Pupazzi que ficava perto do Vaticano.

   O Restaurante Tre Pupazzi do lado de fora parecia ter um ar simples e não de um restaurante de luxo ao qual meu namorado, família e amigos inclusivo estavam habituados. Como se adivinhasse meus pensamentos meu futuro sogro logo se deu ao trabalho de me explicar o que aparentemente me tinha feita Fraser a testa em confusão.

  — Ana Sofia querida eu imagino o que estará passando pela sua mente, eu sei que este restaurante parece simples, mas é um dos poucos onde se pode apreciar uma boa gastronomia. Alem de ser um Restaurante italiano tradicional e histórico onde você pode ser atendido em português, você também pode saborear as delícias da tradicional culinária Italiana/romana e como diferencial, todas as sextas e sábados também pode saborear a maravilhosa culinária portuguesa, tudo isso neste local histórico de Roma. Como eu e meu primo já conhecemos os donos um casal muito simpático; Carlo Massa um romano e Fátima Afonso uma portuguesa, eles tiveram o prazer de não só nós ceder o espaço para esta noite, como fizeram questão de nós receber. — Meu sogro estava entusiasmado a contar a historia por detrás do restaurante  e eu estava adorando ouvir.  — Imaginem que o Restaurante surgiu em 1950 e na época era uma Osteria, locais onde serviam somente o vinho e as pessoas podiam levar a sua comida.