Quando a Saudade Bate a Porta 1ª Parte

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****— Ola Kyara

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****— Ola Kyara. Como estas? — Disse, me aproximando de minha amiga com lagrimas nos olhos e lhe dando um abraço apertado. — É bom ver você depois de tanto tempo, acho que temos muito o que conversar, alias! Preciso de falar com todos, tenho um comunicado a fazer — Falei mais alto, chamando a atenção de todos ali presente. 

— Sebastião não é o pai biológico de Madalena, mas o irmão mais velho. *****


Tinha passado já algum tempo e sem me dar conta o dia que meu bebe iria nascer se aproximava. Desde que eu tinha informado meus tios, primos e restante família acerca de tudo que tinha descoberto muita coisa tinha acontecido; uma auditoria a empresa gerenciada pelos meus tios em sociedade com os Moreti e com Sebastião Saraiva e conseguiram atraves de camaras e de uma equipa especializada em informática, encontrar no computador do ultimo, embora tivesse sido apagada um rasto que os levou a descobrir lavagens de dinheiro feitos e desvios da empresa atraves de uma conta no estrageiro, como varias esquemas de chantagem a empresários de outras empresas para que se juntassem a ele contra a minha família.  

O plano  todo para destruir a empresa e matar meu pai e tios e jugar a culpa em Rogério Moretti como mandante estava guardado em um ficheiro com o nome viagem a Grecia, tudo muito bem esquematizado e planeado. Mesmo o envolvimento de sua "filha" irmã Madalena no plano de seduzir, engravidar e casar com Alexandro a ponto de chegar as contas da empresa.

Uma nova  investigação  sob o acidente que matou meu pai e meu tio foi aberta e de acordo com arquivos do passado, no dia do trágico voo tinha havido um temporal que provavelmente fez com que o avião tenha saído fora de rota e com a sabotagem a probabilidade de ter havido uma explosão a bordo e os troços do avião terem sido arrastados pelas fortes correntes desse dia no mar. Com novos dados novas rotas que o voo poderia ter seguido, descobriu - se  os destroços do avião praticamente intactos, cobertos por densa vegetação numa praia basicamente composta de pedras e rochas, numa ilha selvagem. 

Com a ansiedade de conseguir novidades da equipa de resgate que foi enviada a explorar as ilhas e ao receber a noticia jamais esperada por qualquer um de nós que tinham encontrado sobreviventes do acidente, que embora tenha passado quase 20 anos aparentavam estar bem, mas só depois de uma avaliação medica se saberia, comecei a sentir fortes contrações e entrei em trabalho de parto, sendo levada para o hospital por meu primo Miguel.

A acompanhar minhas contrações veio o medo e o pânico de ter que passar por tudo sozinha sem o pai do meu bebe ao pé de mim. Dois dias se passaram sem eu me dar conta e as contrações aumentavam cada vez mais, mas meio as dores que sentia saber que os únicos ocupantes do avião que tinham falecido tinham sido o piloto e o co - piloto, mas que tinha sido graças aos dois que fizeram uma aterragem de emergência no mar que os restantes dos passageiros conseguiram sair ilesos antes do avião explodir. Como a explosão tinha ocorrido na parte da frente do avião os dois não tiveram tempo de se salvar. Tinham sido os heróis.

Os restantes passageiros conseguiram sobreviver devido ao facto de se alimentarem de frutas que existiam na ilha, peixe e alguns animais que conseguiam caçar e já não tinham qualquer esperança de um dia serem resgatados

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Os restantes passageiros conseguiram sobreviver devido ao facto de se alimentarem de frutas que existiam na ilha, peixe e alguns animais que conseguiam caçar e já não tinham qualquer esperança de um dia serem resgatados.

Minha alegria era enorme, mas minhas contrações também, ate que minha bolsa rebentou e fui levada ao bloco de partos e novamente entrei em pânico e começei a chamar por meu namorado, meu noivo  e o único homem que tinha amado em toda a vida e como se tivéssemos em sitónia um com o outro, ele entrou no quarto trocando de lugar com meu primo Miguel que tinha sido o único que se ofereceu e mostrou coragem em me acompanhar nas longas horas de espera,  mesmo no momento em que se ouviu um choro miudinho tomar conta do ambiente.   

Eu não sabia se chorava ou se ria de alegria com ansiedade de saber o sexo do meu bebe e de saber que ele estava bem ou se da cara de susto, espanto e olhos arregalados de meu noivo Alexandro, esquecendo - me que ele não sabia que estava prestes a ser pai. Quando me acalmei e o olhei apenas disse: nosso bebe e vi lagrimas a correrem - lhe pela face, mas mal tinha prenunciado a ultima palavra quando uma dor forte me atingiu, fazendo - me dar um grito. O medico que me atendia me olhou muito espantado e meio pálido e  simplesmente afirmou:

— Parece que temos outro bebe!

— Como é que é? — Gritamos eu e Alexandro juntos. ouvindo de seguida un choro bastante agudo e escandaloso tomar conta do silencio que se vivia no momento dentro da sala de partos.

— É uma menina. — Afirmou o medico e nesse momento lagrimas de alegria caíram de meus olhos, minha princesinha. — Parabens são gémeos, um menino e uma menina. — Completou o medico.

— Sou pai? SOU PAI! — Alexandro gritou, com sorriso enorme no rosto. Ele me olhou e eu com um sorriso mais contido devido as dores que sentia pelo corpo e pelo cansaço que começava a se apoderar de mim, afirmei positivamente com a cabeça, adormecendo em  seguida.

 Ele me olhou e eu com um sorriso mais contido devido as dores que sentia pelo corpo e pelo cansaço que começava a se apoderar de mim, afirmei positivamente com a cabeça, adormecendo em  seguida

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 Quando acordei dei com o olhar daquele que nos últimos meses tinha tido uma enorme saudade e falta, principalmente estando a passar por uma fase tão delicada quanto a minha.

— Me perdoa. — Pedi, principalmente por ter duvidado de seu amor por mim e de não ter confiado nele. — Por não ter confiado em você e de não ter falado com você sobre tudo que aconteceu.

— Shiu! Isso não importa mais meu amor, você acabou por fazer de mim o homem mais feliz do mundo. — Alexandro disse com um sorriso de orelha a  orelha. — Casa comigo. — Disse.

— Como!?  —Questionei, pois temia estar sonhando e ter ouvido mal. 

— Sei que não é a altura ideal, nem o sitio certo e muito menos romântico, mas antes que fuja de mim mais uma vez, casa comigo.— Disse e eu não podia deixar de rir, afinal era cómico olhar para meu namorado e ver sua cara de piadão. Mas o momento logo, logo foi interrompido quando duas enfermeiras entraram no quarto, carregando cada uma um dos gémeos.    


Continua........

A Dor Da PerdaOnde histórias criam vida. Descubra agora