Sometimes the best intentions just ain't enough.

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— Para @ThaliBarton , a continuação que pediu do ponto de vista do Tony.

Tony grunhiu baixo ao sair do carro. Tinha de estar bem, os médicos do governo alegavam que ele iria ficar bem. Ele precisava ficar bem pelo bem de seus filhos.

O complexo estava frio aquele dia. Cinzento. Se sentia igual desde a batalha da Sibéria. Vazio.

Odiava esse sentimento. Não se sentia assim desde que Harley nasceu.

Harley. Peter. Morgan. Todos estavam ali, os buscara depois do fiasco no aeroporto, os manteria seguros a qualquer custo e não havia melhor local para isso que o Complexo dos Vingadores.

O que não esperava era o que se seguiu. Não espera o Soldado Invernal aparecer, não esperava que Steve — seu próprio marido — iria realmente escolher Barnes. Não esperava que o escudo do Capitão fosse ser encravado bem no meio de seu peito, onde o reator costumava ficar.

Tony trincou o maxilar e negou, seguindo para checar como Rhodes estava seguindo com a prótese. Era tudo o que podia fazer.

Seu melhor amigo foi gentil, mas não deixou de tocar no assunto. Não, quando ele deixaria? Especialmente depois que aquele velhote entregou a correspondência, o nome de Steve como remetente.

"Tony, sei que deve estar sendo difícil, mas as crianças precisam saber a verdade." A risada sem humor não foi o melhor dos indicativos.

"Saber da verdade? Você quer que elas saibam da verdade? Saibam que o dada delas, o dada que brincava de boneca com Morgan e ajudava Peter a nadar e, droga, ensinava como Harley poderia rabiscar suas invenções rapidamente, que esse mesmo dada tentou matar o pai deles?" Engole o nó em sua garganta "Você realmente quer que eu vire o vilão nessa história? Que destrua a imagem de Rogers mais do que ela vai ser destruída quando isso tudo vier a tona?" Negou "Eu simplesmente não posso fazer isso."

"Não pode ou não quer?" Stark não o encarou "Você ainda espera que ele volte, que peça perdão." Claro que James Rhodes, seu melhor amigo desde o MIT, leria seus verdadeiros sentimentos.

"Acho que quero me iludir pensando na única coisa boa da minha vida retornando." Os cantos de sua boca imitam um sorriso, logo caindo.

"Tony, você—"

"Papai!" Morgan grita, correndo até ele antes que pudesse evitar.

"Maguna, meu amor!" Carrega a garota independente de seus machucados.

Suas costelas gritaram, seu ombro e braço também. Quem se importava se fosse para ter sua garotinha nos braços?

Ele afundou o rosto no cabelo dela, achando conforto no cheiro de bebê da menina de quatro anos. Ela apertou os bracinhos ao redor de seu pescoço e Tony quase chorou pelo carinho, fechando os olhos e se deixando perder em memórias mais felizes.

"Peter e Harley disseram que o senhor ia demorar mais." Ela se afasta, Tony pigarreia, mostrando seu melhor sorriso, apesar do olho roxo. Morgan franze o cenho "Como o senhor se machucou, pai?"

"Ah, foi... foi numa briga boba com seus tios." Não iria mentir sobre isso, seus filhos mais velhos gostavam de assistir jornal com ela.

"Por que?" Lágrimas se formaram em seus olhinhos. Olhinhos tão parecidos com os dele, mas a intensidade... a intensidade certamente vinha do tempo com seu dada.

"Coisas de adulto. Você vai entender quando estiver mais velha." Assente, tentando acalenta-la "Cadê seus irmãos?" A coloca no chão, percebendo que ela relaxou.

"Peter está na sala, Harley está no quarto do dada." Isso não era um bom sinal.

"Ótimo. Você pode fazer um favor?" Se abaixa, fingindo contar um segredo "Você pode contar a Peter que vamos ter cookies depois do jantar? Mas é segredo, uma surpresa pro seu tio James." Os olhos dela se iluminam com alegria ao assentir "Pode? Obrigada, meu amor." Beija sua testa "Vamos, vou ver Harley."

When You Love Someone || StonyOnde histórias criam vida. Descubra agora