O baile

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Encantado com a bela moça, Cravo resolveu chamá-la para jantar. Rosa, conhecida na cidade por ser difícil de conquistar, recusou ao pedido, mas ele, lembrado por sua determinação, disse que iria todos os dias à casa da moça até ela aceitar o pedido.  Após uma semana de investidas e foras curtos e frios, Cravo, cada vez mais desafiado,  decide chamar a moça para o Baile de Primavera das Forças Armadas. Rosa, já cansada, mas também curiosa, decide aceitar o convite de Cravo. No entanto, sem nenhuma intenção, além de fazer o dito cujo parar de bater na sua porta todos os dias.

Naquela mesma noite, Cravo voltou para buscar a moça. Rosa, ao abrir a porta, foi recebida por um sorriso, por ele, segurando uma rosa, vestindo uma farda militar de gala. Ela, por sua vez, estava tão bela quanto a luz do luar, segundo o Tenente, com seus cabelos soltos, uma maquiagem leve, mas marcante, com uma boca avermelhada, seu colo estava todo decorado por um colar de pedrarias e vestia um vestido cor de sangue, que destacava seus olhos esmeralda. 

No baile, dançaram juntos, beberam juntos, riram juntos, até cravo perguntar a moça, já alegre e menos difícil, se ela não quer assistir ao luar no roseiral à frente do salão. Rosa inicialmente pensa em negar, mas ao olhar de novo para os olhos cor de avelã do rapaz, por alguma razão  que nem ela sabe explicar, acabou aceitando. No roseiral, enquanto Rosa cheirava as rosas, Cravo pegou uma rosa carmesim, que se destacava no meio de tantas outras e entregou para a jovem, que cheirou, agradeceu, enquanto olhava nos olhos dele, que se aproximou da moça e a beijou. Nesse mesmo momento, Rosa estava descobrindo, pela primeira vez, qual é a sensação de ser beijada.

O Cravo e a Rosa Onde histórias criam vida. Descubra agora