E eu não me importo, se eu não conseguir nada
Tudo que eu preciso é de você aqui agora
E eu sinto muito se eu te machuquei
Mas eu sei que tudo que eu quero é você
Los Angeles, Califórnia - EUA
20 de Fevereiro de 2014
05:20 P.M.
POV Ariel Griffin
- Vocês só podem estar de brincadeira comigo! É uma pegadinha, não é? Cadê a câmera? ISSO NÃO É POSSIVEL - Quando gritei, senti o choro subir na garganta, eu estava presa dentro de um pesadelo, era isso, apenas um sonho, acordaria logo
- Ariel... - Jace estendeu a mão em uma clara compaixão, como se entendesse a minha dor.
Contive a vontade de gargalhar na sua cara, ele estava me destruindo, acabando com a única esperança que ainda me fazia acordar todos os dias
- Sinto muito querida, o milagre não cobre um encontro com o Justin Bieber, mas se você assim desejar, podemos conseguir qualquer outro artista - Cristina a responsável pela papelada disponibilizada pelos gêmeos se pronunciou, não havia mais nada que eles pudessem fazer por mim. Aquela era a minha última chance de o encontrá-lo e agora tudo estava perdido
- O tratamento... - Ariana cortou a minha mãe antes mesmo que ela finalizasse sua frase
- Não, mãe - Maria a fuzilou, mas ao ver o meu estado percebeu que de nada adiantaria tentar algo naquele instante.
Encarei minha irmã, graças a ultima crise que tive, recomendações foram dadas para que eu evitasse fazer qualquer tipo de esforço, por isso, estava em cima de uma cadeira de rodas. Ana, percebendo que tudo o que poderia fazer por mim era me tirar daquele lugar, começou a me conduzir para fora da sala, ignoramos todos os chamados e prosseguimos em direção ao corredor.
Depois que descobri o AT/RT, como é conhecido popularmente, tenho lidado com dores horríveis, dores essas que muitas vezes só me fazem querer dormir e nunca mais acordar, dores que me levam ao limite.
E mesmo assim, passaria por todas essas dores novamente para não lidar com o fato de que nunca conhecerei o meu ídolo.
Se você não é fã, peço que não tente me entender, pois nem que queira muito, vai conseguir. Sim, eu amo alguém que nunca sequer falou comigo, eu o amo e digo com toda a certeza que há no meu ser, que suas músicas, me salvaram. Já é difícil ser Belieber por natureza, nosso ídolo possui o maior fandom da atualidade, ou seja, metade das adolescentes do Mundo todo querem conhece-lo, mas eu lidaria com toda essa concorrência se tivesse um pouco mais de tempo. Tempo. Era tudo o que eu mais queria e o que menos possuía. Senti o exato momento em que minha irmã colocou sua mão sob meu ombro, olhei para seus dedos, o esmalte roxo descascado me chamara atenção, antes disso tudo, Ana vivia de aparência, era líder de torcida, hoje em dia, nem na escola vai mais. Mamãe não insiste, ela entende o fato da Griffin menor querer passar todo o tempo possível comigo, e vamos constatar que para elas concordarem em alguma coisa, o negócio é realmente sério. Ambas viviam para mim, e por mais que sempre lhes dissesse que poderiam sair desse hospital, não sei se sobreviveria a essa merda sem as duas. Respirei fundo, sabia que acabaria por chorar uma hora ou outra mas esperava conseguir aguentar por mais um tempo.
Ao chegar no quarto, a morena estacionou a cadeira ao lado da cama, em seguida, ela se colocou a minha frente para me ajudar a descer e subir no colchão, estendi os braços e me apoiei nela, assim que subi no móvel, me acomodei, sentada com as pernas estiradas e o tronco do corpo sob a cabeceira
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Believe
Teen Fiction"Te conheci quando tinha apenas 14 anos, escutei dizerem que era só uma fase, aguentei todas as críticas de cabeça erguida e superei as noites em claro chorando pelo medo de talvez nunca te conhecer. Fazer o que, te amar jamais fora uma tarefa fácil...