Capítulo 12: O Conflito Interno.

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Jungkook andava de um lado para o outro nervosamente, estava quase abrindo um buraco no chão de sua sala. As mãos inquietas, hora estavam em sua própria cintura, hora mexiam-se gesticulando, hora estava com a unha na boca. O cenho franzido em preocupação e receio, a falta de sorriso e o medo refletido em seus olhos eram fatos que faziam o Park querer protegê-lo a todo custo.

–Amor, se acalma.– Jimin se aproximou e o parou segurando seus ombros, ato que fez o Jeon ter que encará-lo nos olhos.

O policial transmitia-o calmaria e paz, seu cheiro, seus toques e até sua presença já ajudavam a fazer com que se sentisse mais seguro, porém ainda assim estava com medo.

–E se ele quiser se vingar?– Indagou, os olhos chegaram a brilhar com o acúmulo de lágrimas. Jimin descobriu odiar vê-lo desta forma.

–É por esse motivo que eu estou aqui, huh?!– Jeon sentia agora as mãos do policial em seu rosto, amava o jeitinho carinhoso e atencioso do mais velho.

– Eu não sei o que fazer agora...– Desabafou, estava querendo mesmo obter a resposta para suas dúvidas internas.

–Eu queria ir com calma, sabe?– Park começou a se explicar, ganhando total atenção do moreno.– Vai fazer um mês que nos conhecemos, ainda. Pensei que talvez você pudesse se sentir pressionado e que seria melhor deixar as coisas acontecendo em seu tempo e com mais calma...

–Onde quer chegar com isso?– Perguntou temeroso, parecia até o início de um término adolescente. O começo do fim, isso o apavorava.

–Acho que não está seguro agora, Jungkook. E eu não vou deixá-lo sozinho, de jeito nenhum, então quero que fique comigo lá em casa por alguns dias.

Jeon sentiu seu interior gelar, iam viver como um casal de verdade? Iam mesmo dormir e acordar juntos todos os dias, algo que não parecia nada ruim pois o Park conseguia fazer as suas noites mais seguras e prazerosas, e juntar as escovas de dentes? A verdade é que Jungkook gostou da ideia, mas não achava o ideal sair saltitando por aí, afinal não era apenas o seu bem estar que contava e embora Jaehyuk ficasse feliz também, ele ainda era inocente e poderia se iludir ainda mais.

O quão contraditório Jungkook poderia se sentir nesse momento? A expressão "quero, mas não quero" o definia.

O fato de conhecer pela primeira vez a casa do policial também o animou, seria como entrar na rotina dele, viver um pouco da vida dele e com ele. Porém ainda haviam as dúvidas pois não tinha certeza se, em um futuro próximo, estaria em um namoro sério com Jimin ou até em um noivado, então havia o risco de comprometer sua criança nisso. Se tudo desse errado, a pessoa que mais se machucaria seria seu filho.

Ao pesar os prós e contras na balança, Jungkook descobriu que o que mais lhe preocupava era seu filho e correr o risco de deixar, de alguma forma, Jaebeom saber da existência dele. Poderia continuar em sua casa e não alimentar a esperança dele em relação ao policial e a consequência poderia ser seu ex marido descobrindo que seu filho legítimo ainda está vivo e então haveria ainda mais conflito.

Entre todas as decisões que poderia tomar neste momento, não havia uma sequer que não comprometesse sua criança. Poderia deixá-lo em sua mãe, porém este seria um dos primeiros lugares que Jaebeom procuraria e para piorar, seu filho não estaria ao seu lado e o medo que sentia se tornaria ainda mais intenso desta forma, logo, essa opção estava fora de cogitação. Manter Jaehyuk longe de si, estava fora de cogitação e estar ao lado de Park Jimin, que é um policial treinado e competente, parecia o mais certo a se fazer no momento.

–Tudo bem, Ji. Acho que as coisas já estão acontecendo em seu próprio tempo e não podemos interferir em nada, se aconteceu assim, então é porque tinha que ser.– As palavras delicadas do Jeon pareciam consolar mais a si mesmo, algo que Jimin não deixou de notar.

Mr.Potato Nose • JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora