pedido: MariaNilzaSilva
conteúdo delicado.
s/n narrando:
As ondas banhando o litoral enquanto eu tentava manter minha respiração calma.
A mão de Marcel segurando a minha enquanto eu observava o céu tomar a cor alaranjada.
— Você deve contar ao seus pais. — Sua voz soando calma em meus ouvidos.
O olho por um momento antes de suspirar.
E se eles fossem como o diretor e não acreditassem em mim?
Essa era a maior de minhas dúvidas.
— Eles vão te ajudar, talvez até expulsem o Josh!
— Eu não sei Marcel.
— Você deve tentar, caso não acreditem, eu estarei aqui com você e te ajudarei.
— Eu apenas queria nao ter ido a aquele estúpido teste! — Bufo frustrada e alguns flashs do acontecido mais cedo adentram minha mente.
— Tudo acontece por um propósito. Talvez ele tenha feito isso com outras garotas que não tiveram a coragem de falar ao diretor, ao contrário de você.
— Mas isso não adiantou.
— Por enquanto. — E ali se encerrou o assunto.
✁
Após a nossa conversa Marcel me deixou em casa, se despedindo com um abraço desajeitado e deixando seu número de telefone, dizendo para ligar caso precisasse.
As lamparinas da varanda estavam todas acesas, com sua cor amarela iluminando bem pouco.
Seguro a maçaneta fria, tomando coragem para adentrar minha casa e dizer tudo o que se passou hoje.
Algumas caixas puderam ser vistas assim que abro a porta.
O sofa da sala em seu devido lugar, assim como alguns outros móveis.
Ouço um vozerio na cozinha e caminho em sua direção.
Meu pai em frente ao fogão enquanto minha mãe esta sentada a mesa, cortando algumas cenouras e pepinos.
Ambos sorriem para mim assim que vêem minha figura sob a porta, mas logo desmancham seus sorrisos ao observarem minha face.
Julgo pela expressão deles de que meu rosto esta inchado e meu solhos avermelhados.
Minha mãe corre em minha direção, abraçando meu corpo e logo o "revista", a procura de algum machucado aparente para tal expressão.
— Oh minha filha, o que aconteceu?
— Estavamos preocupados, achei que fosse chegar mais cedo! — Meu pai diz abraçando meu corpo e eu me aconchego no mesmo.
Algumas lágrimas escapam, assim como soluços.
Tento conter tudo isso mas é impossivel.
Meu pai continua a me abraçar, fazendo um carinho em meu cabelo, assim como quando eu era criança e me machucaba no play center.
Molho um pouco de sua camiseta antes de me afastar de seu corpo.
Minha mãe continha as lágrimas, mesmo sem saber o que havia acontecido.
Era sempre assim.
Todas as vezes em que ela me via chorar, me acompanhava, deixando suas lágrimas rolarem sem ao menos saber o motivo.
— Me...de..desculpe. — Sussurro entre soluços e minha mãe choca seu corpo contra o meu.
Meus braços estao fracos e logo soltam a mochila contra o chão.
Escondo meu rosto em seu pescoço, inalando seu cheiro doce.
Suas mãos alisavam minhas costas em movimentos circulares, numa tentativa de me acalmar.
— Estamos aqui meu bem. — A mesma sussurra baixo.
Sua voz chorosa em meu ouvido me quebra ainda mais.
Inspiro tentando recuperar o fôlego.
— S/n, o que aconteceu? — É a vez de meu pai sussurrar.
Afasto meu corpo e olho em seus olhos.
Minha mãe me conhecia tão bem, assim como meu pai e assim que os seus olhos encontraram os meus, sabiam que algo grave havia acontecido.
— Peço que acreditem em mim. — Digo assim que regulo minha respiração.
Um nó se formou em minha garganta e as palavras sumiam lentamente.
— Claro que iremos querida. — Minha mãe diz.
— Eu...e..eu fui assediada. — Meu tom baixo, quase inaudível fazem meus pais arregalarem os olhos.
Um olhando para o outro a procura de algo para falar.
— Quem fez isso?
— Josh Diaz.
— Ele fez algo a majs? Tentou te estrupar? Você disse ao diretor? — As milhares de perguntas invadindo minha mente me fizeram lembrar das duras palavras do diretor.
— Ele passou a mão pelo meu corpo, porém eu o chutei e corri para o campo da escola, falei ao diretor.... mas ele não acreditou mãe, ele não acha que alguém como o Josh pôde fazer algo desse nível!. — Suplico depressa, desejando que as palavras saíssem de meu corpo assim como toda aquela sensação ruim.
— Oh minha filha. — O choro descompassado de mjnha mãe e os soluços altos me fizeram chorar junto a ela.
Meu pai abracou meu corpo, um pouco antes de pegar seu celular furioso e fazer alguma ligação, logo saindo da cozinha.
Mjnha mãe continuou comigo, dizendo que iria ficar tudo bem e que ele iria pagar pelo que fez.
— Ja comuniquei a policia local, vai ficar tudo bem minha princesa. — O meu pai disse assim que voltou da sala.
Seu braços rodearam meu corpo, asskm como o de minha mãe, em um abraço reconfortante e apertado.
Hoje estava sendo um péssimo dia, mas me senti melhorao saber que meus pais acreditaram e confiaram em mim.
Ao fim da noite, liguei para Marcel, dizendo que ja estava melhor e contando tudo o que havia acontevido.
A cicatriz estava se fechando em meu peito e esperei que eu fosse a última vítima de Josh.
Tentei fechar meus olhos, numa tentaiva falha de adormecer, mas todas as vezes os abria rapidamente, me lembrando de seu sorriso sujo ao encostar em mim.
Havia sido uma noite complicada, mas sempre após uma tempestade, há um arco-íris e comigo nao foi diferente.
Meus pais eram o meu arco-íris e Marcel, o meu sol.
Sempre brilhante e intenso.
E sem medo e vergonha, enfrentei toda a situação, por mais dolorosa que foi.
Algumas situações são necessárias para o nosso crescimento e aprendizagem, por pior que seja e esta não foi diferente.
Durante dias recebi olhares julgadores de garotos do time de Josh e também de pena, mas isso me manteve forte e eu segui em frete.
Mesmo com um peso sobre mim.
votem e comentem por favor :)
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𝗖𝗢𝗙𝗙𝗘𝗘
Romance彡 𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀𝙎 ༄ ‧₊๑ - 𝘰𝘤 𝘹 𝘳𝘦𝘢𝘥𝘦𝘳 ╰► onde você vivera momentos com o Marcel Ruiz e seus personagens. ❪ nada desccrito aqui é real; 𝘽𝙊𝘼 𝙇𝙀𝙄𝙏𝙐𝙍𝘼 ! ꩜. ❫